BRASÍLIA - Inverteu-se a equação: os três favoritos viraram azarões. Não venceram no primeiro turno e iniciam as campanhas do segundo em posição delicada. Pelo contrário, aqueles em que poucos acreditavam surgem hoje em ascensão. E tanto faz o que dirão as pesquisas, já neste fim de semana, porque acima e além delas está o ar que a gente respira.
A referência vai para Eduardo Paes, no Rio, Márcio Lacerda, em Belo Horizonte, e Marta Suplicy, em São Paulo. Obviamente também para Fernando Gabeira, Leonardo Quintão e Gilberto Kassab.
Ninguém sabe o resultado final, qualquer dos seis candidatos citados poderá vencer, mas a verdade é que a primeira votação desmentiu os institutos de pesquisa e os interesses de seus financiadores. A segunda deve ser observada com muita cautela.
Em São Paulo, dona Marta começou o segundo tempo escorregando ao dizer, com relação a Kassab, "que quem não tem imagem própria tem que se associar a alguém". Falava do apoio explícito do governador José Serra ao atual prefeito, esquecida de que circulou pelas ruas de São Paulo com o presidente Lula a tiracolo. Estará dispensando a presença do companheiro maior, que por sinal não lhe acrescentou um voto sequer?
Em Belo Horizonte, Márcio Lacerda foi flagrado em close com todas as suas rugas, dedo em riste, dando lições a Leonardo Quintão, num encontro casual. A imagem não o favoreceu, dada a juventude e a humildade, verdadeira ou não, do adversário.
Quanto a Eduardo Paes, não tinha nada que criticar Gabeira por deixar-se fotografar de sunga e toalha, saindo da piscina onde nada todos os dias, com campanha ou sem campanha. O desengonçado atleta ganhou pontos por mostrar-se como é, sem medo de assustar velhinhas carolas.
Em suma, dentro do triângulo longe de ser das Bermudas, por ser da presunção, tudo pode acontecer. Mas que três candidatos encontram-se subindo, e três descendo, não haverá que contestar.
Fonte: Tribuna da Imprensa.
Em compensação, o Gabeira se deu mal ao chamar a vereadora do PSDB, mais votada do Rio de Janeiro, de "suburbana". Dançou feio! E não vale a desculpa de "invasão da privacidade": se não pensasse assim não o diria. Bem feito pra ele.
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