Militantes do PT são detidos em Brasília por chamar genocida de genocida, e enquadrados em lei da ditadura militar
Da Redação
Militantes do PT foram detidos nesta (18/03) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, quando estendiam uma faixa de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido/RJ).
A faixa é esta do vídeo ao final, gravado ontem.
Entre os militantes presos, estão Rodrigo Pilha e Rogério Martins.
Eles foram levados para a Polícia Federal e enquadrados na Lei de Segurança Nacional, um restolho da ditadura.
Os deputados federais Alencar Santana Braga (PT-SP), Natália Bonavides (PT-RN), Paulo Pimenta (PT-RS) e Erika Kokay (PT-DF) foram até a sede da PF.
Mais cedo, uma liminar suspendeu o inquérito aberto contra o influenciador digital Felipe Neto por fazer o mesmo.
Neto montou uma equipe de advogados para defender aqueles que chamarem Bolsonaro de genocida e forem processados.
A denúncia-crime foi apresentada pelo filho vereador do presidente da República, Carlos Bolsonaro, ao delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Internet (DRCI) Pablo Dacosta Sartori, do Rio de Janeiro, que tem um histórico de atuação favorável ao clã Bolsonaro.
O delegado disse que o depoimento de Felipe Neto definiria se ele seria enquadrado por injúria ou na Lei de Segurança Nacional, o que não é atribuição da Polícia Civil.
Ontem, manifestantes pró-Bolsonaro fecharam a BR-153, em Goiânia, em protesto contra medidas de isolamento social e mantiveram parado no trânsito um caminhão que levava cilindros de oxigênio para a cidade de Bela Vista.
O caminhão ficou no trânsito três horas e só chegou ao destino quando faltavam oito minutos para se esgotar o estoque de oxigênio que mantinha vivos 11 pacientes.
Não há informações de que os manifestantes tenham sido identificados, muito menos presos, muito menos enquadrados na Lei de Segurança Nacional.
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