quinta-feira, 10 de junho de 2021

O Bretas nunca me enganou.

 

Logo mais, às 22 horas, Freixo, Molon e Caetano darão uma entrevista coletiva para pedir desculpas ao Brasil por terem ido às ruas ajudar a projetar um criminoso vestido de preto, que de tão macabro gostava de posar de fuzil numa mão e Bíblia na outra, e que agora, depois de descoberto, virou capa da Veja, jogado as feras nas bancas de jornal país afora. Estamos falando de um sujeito que, ao lado de Sérgio Moro, é uma das figuras públicas mais perigosas e execráveis que esse país já viu. É nada mais nada menos que isso que essa esquerdinha aí de merda apoiou - e não foi uma ou duas vezes não - em plena vigência do Golpe de Estado no Brasil; contribuindo para ascensão de seu aliado, Jair Bolsonaro, ao poder.
Claro que trata-se de uma provocação. Não haverá coletiva nenhuma, muito menos nem autocrítica. Afinal, essa gente não erra, é perfeita, quem erra é o PT de Lula e Dilma, esse erra tanto na boca deles que, durante a sua gestão, mereceu mais críticas que fazem hoje à milicia que controla o país matando sem dó povo brasileiro.
Tudo isso só pra dizer o seguinte: sou radicalmente contra a tão propalada "união da esquerda".
Eu quero é união com quem projeta a gente pra cima. Eu quero é a união que Lula sabe fazer com os partidos que tiver que fazer e que pode nos salvar dessa desgraça. Tudo o que eu não quero é união da esquerda, ou melhor, com essa esquerda, por dois motivos:
1- Primeiro, que quando mais precisávamos deles eles estavam nas ruas e nas redes batendo sem dó na Dilma. Quando Dilma, por um triz levou 2014, nem bem Aécio botou o pé na "estrada da morte" na qual todos marchamos hoje, lá estavam eles usando o mesmo slogan do salafrário - "estelionato eleitoral" -pra ir enfraquecendo a presidenta, tirando aos poucos o sangue de Dilma até o momento de Cunha e seus asseclas lhe darem o bote final.
Quando o golpe estava pra ser dado, a entrada dessa exquerda aí nas ruas foi decisiva pra nos dividir, enfiando uma porrada de pautas que NADA TINHAM a ver com o golpe no voto popular. No dia seguinte à sua deposição criminosa, eles já mostravam as suas garras seja escancarando no "Nem Dilma, nem Temer", seja comemorando o golpe das 'Diretas Já' que eles trouxeram antes mesmo da sentença final, na desfaçatez daquela faixa amarela inacreditável que já pedia "Eleições Gerais" com Dilma ainda sentada na cadeira que o povo a colocou!
Por fim, em 2018, quando precisávamos de toda a união desse mundo pra impedir a ascensão nazi-miliciana, todos viram a palhaçada que foi. Agora, como já falei aqui, esse 'rabinho encolhido' deles a gente sabe muito bem porque é: diante da imensidão de Lula, esses anõezinhos agitadores lambe-botas de lavajatista bandido, que adoram se enfeitar todo pra Globo e pra Folha de SP, sabem muito bem de que tamanho são. Por uma questão de sobrevivência, aceitam ficar na sombra fingindo serem o que jamais foram, conforme a História recente desse país mostra praqueles que tem coragem e caráter pra enxergar.
2- Segundo, porque isso seria o nosso fim. Ainda que essa gente não fosse o que são. Ainda que não fossem traíras, coxinhas, ainda que não tivessem apoiado Lava-Jato, que não fossem tão umbilicalmente ligados às Organizações Globo, ainda que não fossem afugentadores contumazes do povo pobre e trabalhador, ainda assim, essa dita esquerda aí, simplesmente não dá voto. Os caras são fracos pra cacete de voto!
Portanto, esse papo de "união da esquerda", provo aqui por 'a + b' que é 100% uma roubada, ou seja: não passa de uma miragem. Esse assunto já deveria ter se encerrado, mas é preciso trazê-lo à tona de novo, pois todos estão vendo aí o novo golpe começando a ganhar corpo lentamente na praça, nos programinhas decolados de entrevistas com Luciano Huk e Marina Silva, nos sites moderninhos herdeiros de 2013 que dão voz aos poemas do Gabeira, na turma do "caminho do meio", e nesses artigos de articulistas ambíguos de El País, Folha, Globo, etc. O golpe da falsa simetria Lula-Bolsonaro, finalmente, começa a vir mais forte.
Mais do que nunca, não precisamos de nada dessa gente. Precisamos, agora, é confiar em Lula. Deixar ele fazer os movimentos que tem feito com muita sagacidade que a coisa daqui pra frente vai ser briga de cachorro grande. A mesma direita que hoje se indigna com Bolsonaro, ao se ver sem saída, pode muito bem cair no seu colo de novo; assim como a mesma esquerda que se diz horrorizada, já ensaia o movimento de subida no muro ou no cangote de um enganador ai qualquer tipo Ciro 2018.
Colocar a nossa chance de sobrevivência num país controlado por bandidos pela via eleitoral já é algo extremamente temerário. Agora, se é assim mesmo que marcharemos então é muito bom a gente acordar pra realidade e ver que diante dessa terra semi-arrasada, só teremos chance mesmo com Lula e sua enorme capacidade de não deixar o outro lado vir com tudo pra foder a vida do povo brasileiro mais uma vez. Se tivermos isso em mente e colocarmos todo nosso coração nessa empreitada, inevitavelmente os mais vivos baixarão a sua bola pra ficar pianinho do nosso lado e o que sobrar será algo tão desprezível quanto a parte desprezível da direita pedante que vivem de mãos dadas; aí sim a gente vai estar grande e fortalecido pra disputar lá nas cabeças com a certeza da vitória.

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