“É preciso prender Deltan, o cretino”, diz deputado sobre inclusão do PT em delação para “fins políticos”

17/10/2021  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
“É preciso prender Deltan, o cretino”, diz deputado sobre inclusão do PT em delação para “fins políticos”

 O procurador do MPF, Deltan Dallagnol, em foto de 16/03/2019, por Geraldo Bubniak / Agência O Globo | Sob seu comando, de acordo com o DCM, os procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato “propuseram cláusulas extras, criaram uma nova versão e negociaram os termos da delação premiada do ex-executivo da Petrobras Pedro Barusco, no início do ano de 2015, a fim de incluir o PT entre as figuras delatadas, com a intenção manifesta de atingir fins políticos e “derrubar a República”.


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

“Chefe de quadrilha”, “mafioso”, “hipócrita”, “falso cristão” e “traidor da pátria”, afirmam parlamentares referindo-se ao procurador após notícia de que ele manipulou trecho do depoimento de Pedro Barusco à Lava Jato, para prejudicar Dilma e Lula, e depois ainda exclamou “Abaixo a República, kkk”

É preciso prender ⁦Deltan Dallagnol, o cretino“, afirmou em seu perfil oficial no microblog Twitter o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) após o portal DCM apontar que o procurador “escreveu parte da delação de Barusco [Pedro; ex-gerente de serviços da Petrobras] e incluiu PT por “fins políticos”. O parlamentar acrescentou que, “para isto, o CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público – também encarregado de supervisionar o cumprimento dos deveres funcionais dos membros do MP nacional] precisa abrir investigação contra ele e não proteger seus crimes!

Perder o cargo, é medida indispensável para salvar o que resta de credibilidade do MPF“, responde o perfil @achagas407 ao deputado, acrescentando que Dallagnol deveria “responder criminalmente por todos seu atos. Atos criminosos exigem, apuração, condenação e cumprimento de pena“.

Já o deputado federal e jornalista Paulo Pimenta (PT-RS) disse, na mesma rede social, que “Dallagnol se comportou todo o tempo como chefe de quadrilha, nunca como um procurador da república. O parlamentar acrescenta: “O que foi revelado hoje [ontem (16)] é um escárnio: “Abaixo a república… KKK”, disse Dallagnol após escrever a delação de Barusco e incluir o PT por fins políticos”.

Em resposta ao político gaúcho, o perfil @silvanoogrande avalia que “a justiça que considerou o juizeco [termo pejorativo para a palavra juiz usado por populares não simpatizantes de Sergio Moro] suspeito, deveria ter punido a todos“. De acordo com o seguidor de Pimenta, além de Dallagnol e o ex-juiz de Curitiba, “os três do TRF-4 [os desembargadores João Pedro Gebran Neto (relator do processo de Moro contra Lula), Leandro Paulsen e Victor dos Santos Laus]” também deveriam ser responsabilizados.

O seguidor do parlamentar se referiu ao julgamento realizado em 24 de janeiro de 2018, da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, quando votaram em favor de manter a condenação que Moro impôs a Lula, além de ampliarem a pena de prisão do ex-presidente, no caso do famigerado ‘triplex do Guarujá‘.

Na ocasião, especulou-se que não houve tempo hábil para a leitura de todas as páginas do processo e, por este motivo, que a decisão já estava ‘acertada’. “Por isso que Marco Aurélio falava que a conta não fechava, no dia do julgamento no pleno do STF“, acrescentou @silvanoogrande.

O deputado federal Alencar Santana (PT-SP) expressou, minutos após a matéria entrar no ar, que “a ficha corrida do mafioso [Deltan Dallagnol] só não é maior que a hipocrisia dele“, um “falso cristão que tem lugar cativo no Nono Círculo do inferno, destinado aos traidores da pátria“.

Santana afirmou que a matéria do DCM é um furo do jornalista Vinícius Segalla. Em resposta, o perfil @nicefacundo disse que “o novo DOI-CODI foi nos porões de Curitiba“, referindo-se ao Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna – órgão de inteligência que foi subordinado ao Exército para repressão durante a ditadura pós-golpe militar de 1964. “É de conhecimento de todos que os militares escreviam os depoimentos dos torturados e os mandava assinar sob tortura“, afirmou.