Filha de Bolsonaro entrará no Colégio Militar de Brasília ‘pela janela’, sugere jornalista

23/10/2021  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
Filha de Bolsonaro entrará no Colégio Militar de Brasília ‘pela janela’, sugere jornalista

 O presidente da República, Jair Bolsonaro, e sua filha, Laura Bolsonaro, durante viagem a Guarujá, em 2020 – imagem reprodução YouTube / ao fundo, alunas do Colégio Militar de Brasília em formação no pátio interno da instituição de ensino – imagem do CMB| sobreposição de imagens


PROGRESSISTAS POR UM BRASIL SOBERANO

Laura Bolsonaro ganhou matrícula e, sem enfrentar processo seletivo, cursará o 6º ano, escreve Guilherme Amado

“Laura Bolsonaro, filha de Jair Bolsonaro, de 11 anos, está perto de conseguir uma vaga no Colégio Militar de Brasília sem passar pelo processo seletivo rotineiro, escreve Guilherme Amado, no portal Metrópoles, dando entender que a filha do presidente entrará ‘pela janela’. A menina ganhou matrícula e cursará o 6º ano.

Amado informa que na última semana, funcionários do Colégio foram avisados de que Laura deverá cursar o 6º ano do ensino fundamental na escola. O jornalista lembra que, em 24 de agosto, Bolsonaro disse que desejava que a filha fosse matriculada no CMB:

A minha [Laura] deve ir ano que vem pra láA imprensa já está batendo. Ela tem direito por lei, até por questão de segurança”, disse. Bolsonaro

No ano passado, Carla Zambelli, a deputada bolsonarista mais vista ao lado do presidente, alegou questões de segurança e o Exército aprovou vaga para seu filho estudar no CMB entrando ‘pela janela’, lembra também Amado.

De acordo com o site Glassdor, o salário mensal de um aluno no Exército Brasileiro varia de R$ 1.088 a R$ 1.873, segundo estimativa de 45 relatórios, ou métodos estatísticos, de salários publicados por funcionários com o cargo de aluno na instituição. O bônus e remuneração adicional é de R$ 1.349 por mês, em média.

portal da Câmara dos Deputados exibe o regulamento para ingresso no Colégio Militar, a que Bolsonaro se refere. Trata-se do decreto nº 3.809, de 13 de Março de 1939, assinado pelo então presidente do Brasil Getúlio Vargas.

De capítulo único, o texto diz, em seu primeiro parágrafo do artigo 1º, que “o Colégio Militar é, preferentemente, destinado aos órfãos e filhos de militares“. E no parágrafo segundo, que “poderão, entretanto, nele ter ingresso os filhos de civis, brasileiros natos, desde que o número de vagas não tenha sido preenchido com os candidatos do § 1º deste artigo“.

A concorrência civil para ingresso no Colégio Militar costuma superar a da maioria dos cursos da UnB (Universidade de Brasília), com uma média de 48 candidatos por vaga, no caso de concurso para o 6° ano.