
A importância dos BRICs, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia e China, pode ser medida por alguns dados sobre esses países, cujo crescimento vai determinar se teremos ou não recessão no mundo, e não o crescimento dos Estados Unidos e da Europa. De 2006 a 2012, China e Índia construíram 800 novas plantas de energia, o problema é que são movidas a carvão, altamente poluente. Só a China consome hoje 59% do cobre do mundo, 63% do zinco e 58% do alumínio. O tamanho da economia chinesa tem duplicado, a cada oito anos, desde 1978. Para se ter uma idéia, em 89, a China exportou US$ 18 bilhões e, em 2006, quase um trilhão de dólares. Hoje exporta num dia o que exportava num ano, se compararmos com 78. No ano de 2005, a China construiu cinco vezes mais do que os Estados Unidos.
A Rússia duplicou seu consumo de alumínio e quadruplicou o de cobre, o mesmo acontecendo com a Índia, que duplicou o consumo das duas matérias-prima. A verdade é que o mundo está crescendo. No período 2006/07, 124 países cresceram a 4% e, desses, 30 são países africanos, uma excelente notícia.
Segundo o Banco Mundial, o número de pessoas que vivem com menos de um dólar por dia está caindo. Essa parcela da população representava 40% em 81; caiu para 18% em 94, e será de 12% em 2015. Como vemos a saída é o crescimento, que não vem, como não veio nesses países, sem tensões inflacionárias e sem a participação decisiva do Estado. O Brasil não pode perder essa oportunidade única de crescer com o mundo.
Mais alguns dados para provar que o crescimento do mundo mudou de endereço. No ano passado, os países emergentes foram responsáveis por 75% do crescimento global, pela metade das inversões em infra-estrutura, no valor de US$ 1,2 trilhão em estradas, ferrovias, energia, telecomunicações, o dobro dos países desenvolvidos e 6% do PIB dos emergentes.
Hoje quase 90% das encomendas de aviões de passageiros são feitas por esses países, particularmente pelos asiáticos. Nos próximos 10 anos esses países investirão US$ 22 trilhões – US$ 300 bilhões do Brasil e US$ 500 bilhões da Índia. Nada menos que 75% das reservas de moedas estrangeiras estão com esses países, sendo que só a China tem 1 trilhão e meio de reservas em moedas estrangeiras. Em 2040, o PIB dos BRICs será maior que o dos desenvolvidos. Não tem erro, os dados são do Banco Mundial, do Morgan Stanley e da Goldman Sachs.
Fonte: Blog do Zé Direceu.
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