domingo, 13 de julho de 2008

PETRÓLEO - Mexicanos contra a privatização da PEMEX.

Organizam referendo petroleiro em capital mexicana

Tania Peña

México, 12 jul (Prensa Latina) O opositor Partido da Revolução Democrática (PRD) do México avança nesta capital nos preparativos do referendo popular sobre a petroleira estatal PEMEX, previsto para o próximo 27 de julho.

De acordo com o anunciado, neste sábado estarão prontas as duas perguntas que a população deve responder e que foram elaboradas por um comitê de especialistas, integrado por professores de diferentes entidades universitárias.

Essas perguntas serão as mesmas nos estados de Zacatecas, Michoacán, Guerrero, Baja Califórnia Sul, Chiapas e em 14 municípios do Estado do México, em duas etapas posteriores.

Nesta semana o secretário de governo do Distrito Federal, José Avila, verificou com representantes da administração o processo de instalação das mesas receptoras que serão situadas em 40 distritos eleitorais das 16 delegações capitalinas.

Avila informou que em umas 48 horas ficará também pronta a convocação à cidadania para que se possam inscrever todos os interessados em dar sua opinião sobre o destino do petróleo mexicano.

Enquanto isso, a bancada senatorial do governamental Partido Ação Nacional mostrou sua rejeição à consulta popular impulsionada pela Frente Ampla Progressista que integram o PRD e os partidos do Trabalho e Convergência.

Na quarta-feira passada o panista Rubén Camarillo explicitou no Legislativo sua oposição ao referendo, ao alegar que os perredistas perderam autoridade moral para essa convocação por não terem decidido ainda sobre a eleição de seu dirigente nacional, realizada em março passado.

Argumento que recebeu a resposta do coordenador da bancada do PRD na Câmara alta, Camacho Solís, que disse que os ataques dos panistas respondem ao temor que o previsível resultado do plebiscito petroleiro gera.

Solís perguntoue por que se desestima tanto a vontade popular e insistiu que o Senado deve ser o primeiro em apoiar um referendo em correspondência com o que se supõe que deva ser uma prática parlamentar orientada para benefício da sociedade.

Ainda que o Executivo mexicano insista na conveniência da reforma da indústria petroleira nacional, tanto os perredistas como uma parte importante do movimento camponês e da comunidade científica e intelectual desaconselham a sua implementação.

A reforma governamental vai na contra-mão da tendência internacional que tenta desprivatizar o setor energético, destacou Alfredo Jalife Rahme, professor de pós-graduação da Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Nacional Autônoma do México.
Fonte: Prensa Latina.

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