domingo, 14 de setembro de 2008

BOLÍVIA - Espalhem esta nota.

Este é o apelo do Eduardo Guimarães que no seu Blog Cidadania.com desmascara a mídia golpista que, como todo mundo sabe, é contrária ao governo Evo Morales.
Carlos Dória.

Atualizado às 21:50 hs. de 14 de setembro de 2008
Publicado originalmente às 16:58 hs do mesmo dia

Diferentemente do que está sendo alardeado pela imprensa brasileira, o presidente da Bolívia, Evo Morales, não mandou prender o governador do “departamento” de Pando só porque este está desafiando o estado de sítio decretado pelo governo central naquele “departamento”. Leopoldo Fernández será preso – espero – porque contratou pistoleiros para emboscarem e matarem dezenas de camponeses apoiadores do governo constitucional da Bolívia que marchavam em protesto contra os atentados praticados a soldo dos governadores de oposição, que estão pagando cerca de 50 reais por dia para que índios mercenários ataquem a maioria pobre e indígena do povo boliviano, maioria que acaba de reeleger Morales por ampla margem. Enquanto isso, esses mesmos governadores ameaçam interromper o diálogo que acabam de iniciar com o governo central “se ocorrerem mais mortes”. Quem diz isso é quem está mandando matar. E a imprensa, em vez de denunciar, ajuda a difundir essa mentira.

Tarde demais

Às 17:34 hs, a Folha On Line publicou a matéria abaixo, depois de todos os grandes portais de internet da mídia golpista passarem o dia escondendo o que esta matéria divulga com enorme atraso e de forma cifrada.

Leopoldo Fernández

O opositor Leopoldo Fernández pediu neste domingo à população local para aceitar o estado de sítio imposto pelo governo. Ele afirmou que não admitirá ser detido, porque considera isso um abuso.

"Pedimos à população, embora repudiando e rejeitando uma decisão desta natureza, que se aceite algo que dói muito, [porque] é preciso fazer os esforços para evitar maiores confrontos", disse Fernández à Efe.

O governador regional disse que permanece em Cobija, a capital de Pando, em sua casa, e convidou o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, que está na região, a ir ao local para dialogar.

Segundo Fernández, em Cobija reina uma tranqüilidade relativa e tensa depois da incursão realizada esta madrugada pelas Forças Armadas para fazer cumprir o estado de sítio decretado pelo governo de Evo Morales.

"Eu não deixei Cobija, estive trabalhando, vendo como podemos fazer para contribuir para ver como estas decisões desatinadas do governo não nos tragam maiores problemas", disse Fernández.

Ele disse que a incursão militar desta madrugada não teve maiores conseqüências, como se temia, salvo incidentes isolados, e reconheceu que não houve maiores abusos dos militares.

O governo acusa Fernández de ser o responsável pelo "massacre" contra camponeses em um conflito que terminou com pelo menos 30 mortos, embora só 17 tenham sido registrados formalmente, porque o resto dos corpos ainda não foi resgatado dos montes e do rio próximos à zona do conflito. Fernández revidou e responsabilizou o governo pelas mortes.

"O governo está mostrando ao mundo inteiro um genocídio, um massacre, e eu me pergunto por que então não formou uma comissão para fazer uma investigação que estabeleça responsabilidades e se punam culpados", disse Fernández.

Ele qualificou de "um filme" as afirmações do governo de que sicários e narcotraficantes peruanos e brasileiros teriam sido contratados para atuar nos choques, mas reconheceu que há algumas pessoas armadas com as quais não tem ligação alguma.

Fernández anunciou que pediu hoje a representantes das Nações Unidas, da Defensoria pública e da Igreja que tentem uma mediação para que chegue a Cobija uma comissão de investigação, além de imprensa nacional e internacional.

Quintana anunciou sábado à noite que deterá Fernández sob a acusação de desacato ao estado de sítio e porque, em sua opinião, ele organizou os grupos que atacaram os camponeses na última quinta-feira (11).

O jornal boliviano "La Razón" acusou Fernández de também dificultar a questão humanitária e colocar barreiras para a chegada de ajuda ao departamento.

Dos leitores

A Folha é inacreditavel, deu uma página inteira só de declarações do Fernandez e uma linha para o ministro da defesa boliviano.

Mateus nascimento | BH MG | estudante | 14/09/2008 19:06

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