sábado, 13 de setembro de 2008

BOLÍVIA - Não ao separatismo: Solidariedade ao Povo Boliviano.

Copiado do Blog Christiane Granha 13103.

Não ao separatismo: Solidariedade ao Povo Boliviano


Nossa posição:

Solidariedade a Evo Morales na Bolívia e Repúdio a Bush nos EUA.

Face ao terrorismo golpista e separatista contra o legítimo governo de Evo Morales (67% no Referendo) e a intocável soberania e unidade da Bolívia, estendemos a mão fraterna ao povo e ao governo do vizinho país! Apoiamos a expulsão dos embaixadores-conspiradores dos EUA na Bolívia e na Venezuela, e conclamamos todas as forças e representantes da democracia a fazerem o mesmo.
Em defesa da Soberania Nacional na Bolívia e em todo continente! “Mano dura” com a secessão!

Posicionamento do Partido dos Trabalhadores:
" O Partido dos Trabalhadores reitera sua solidariedade ao governo Evo Morales, frente aos atentados praticados por um setor fascista e racista da oposição de direita. Em recente referendo revocatório, o governo Evo Morales recebeu o apoio de 67% da população. Legitimado pelo voto popular, o presidente boliviano convidou as lideranças da oposição para o diálogo.
Setores da oposição recusam dialogar com o presidente e desencadearam uma violenta campanha de desestabilização, invadindo repartições do Estado, atacando funcionários do governo e apoiadores do presidente, realizando bloqueio de vias públicas, atentados terroristas e prejudicando o fluxo de gás para os países vizinhos.
O discurso deste setor da oposição é racista e fascista, denotando claro preconceito contra o presidente Evo Morales, a quem chamam de "aquele índio", demonstrando não aceitar até hoje que a maioria da população boliviana tenha escolhido um indígena para presidir seu país. Referem-se publicamente ao presidente como "macaco". Não escondem que seu objetivo é derrubar o presidente.
O comportamento deste setor da oposição boliviana é claramente separatista e golpista e, segundo o governo boliviano, tal comportamento recebia o respaldo da Embaixada norte-americana. Parece claro o objetivo de provocar o governo a reprimir os manifestantes de direita, buscando assim dividir as Forças Armadas e criar o pretexto para uma guerra civil.
O governo Evo Morales tem reiterado seu objetivo de resolver democraticamente os conflitos, sem apelar à repressão militar, recurso tradicionalmente utilizado pelos governos de direita na América Latina. Mas também deixou claro que tem obrigações constitucionais a cumprir, inclusive em defesa de cidadãos bolivianos que têm sua vida ameaçada pelo terrorismo fascista.
O Partido dos Trabalhadores, assim como os movimentos sociais, partidos e governos progressistas e de esquerda, em todo mundo, manifesta seu apoio e solidariedade ao governo Evo Morales, escolhido e referendado pela maioria do povo boliviano."
Ricardo Berzoini, presidente nacional do PT
Valter Pomar, secretário de relações internacionais do PT

Federação Unica dos Petroleiros:

"Os recentes atentados terroristas orquestrados pelas oligarquias bolivianas contra o governo popular democrático de Evo Morales confirmam que as elites são capazes de tudo para manter seus privilégios, inclusive ocupar e destruir patrimônios públicos, campos de petróleo e gasodutos, como fizeram nos últimos dias.
Inconformadas com as reformas sociais realizadas pelo governo da Bolívia, que têm como base as políticas de nacionalização dos recursos naturais, as oligarquias do Departamento de Santa Cruz (região oriental do país, cujas elites sempre se beneficiaram com os recursos do petróleo) vêm liderando um movimento separatista, totalmente ilegal e com cunhos fascistas, no intuito de tentar dividir o país para enfraquecer Evo Morales. Se negam a reconhecer a nova Constituição da Bolívia e não admitem o apoio expressivo da população ao governo de um indígena e, ainda por cima, ex-sindicalista. Além do racismo e das diferenças ideológicas que têm com o presidente Evo Morales, as oligarquias bolivianas, historicamente submissas às multinacionais e aos interesses dos Estados Unidos e Europa, não admitem que parte das riquezas geradas pelo petróleo, gás natural e minérios seja destinada em benefício da população. Esta é grande disputa que está por trás dos distúrbios dos últimos dias, que o governo boliviano muito apropriadamente denunciou como tentativa de golpe de Estado.
Os grupos de manifestantes (a maioria estudantes e jovens brancos de classe média), a serviço das elites de Santa Cruz, ocuparam um campo petrolífero e uma estação de gás natural, provocando a explosão de um gasoduto. A “reivindicação” deles é que Evo Morales devolva aos departamentos governados pelas oligarquias os milhões de dólares em royalties que foram realocados para a área de previdência social. Para defender seus interesses e privilégios, a elite boliviana não mediu conseqüências: causou prejuízos imensos à população boliviana e interrompeu parte do gás que é fornecido ao Brasil e à Argentina. Um verdadeiro atentado terrorista e golpista! Nem durante os três anos da Guerra do Gás - quando o povo boliviano foi às ruas pela nacionalização do petróleo e gás – que resultou no assassinato de 30 manifestantes e na derrubada de três governos, a população da Bolívia colocou em momento algum em risco a distribuição do gás e a segurança operacional dos campos de petróleo e gasodutos. Também durante o processo de nacionalização das reservas bolivianas, Evo Morales manteve o fornecimento de gás para o Brasil, apesar de toda pressão da nossa mídia e empresários para que o país interviesse militarmente na Bolívia.
O que assistimos, portanto, é o radicalismo das oligarquias bolivianas para fazer valer seus privilégios. Uma realidade que não é diferente no Brasil, onde as elites também tentam de tudo para manter a legislação do setor petróleo a serviço de seus interesses. Que o exemplo boliviano nos sirva de lição para fortalecermos ainda mais a luta para que o Estado brasileiro retome o controle sobre nossas reservas de petróleo e gás, destinando ao povo as riquezas do Pré-Sal
Por João Antonio de Moraes, coordenador geral da FUP

obs.: grifos nossos
Postado por Christiane Granha.

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