segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Quando a gente chama a imprensa corporativa de PIG, o pessoal acha que é implicância.

Carlos Dória

O que chamamos de PIG, quer dizer, Partido da Imprensa Golpista. Aquela que nunca aceitou que um torneiro mecânico pudesse ser Presidente do nosso país. Aquela que omite deliberadamente as coisas boas do governo e destaca sempre o que tem de negativo. Hoje mesmo o Presidente Lula estará recebendo na Espanha, das mãos do Rei Juan Carlos, o prêmio" Dom Quixote de La Mancha". Você viu isso em algum lugar? O PIG sempre escondeu que o falado mensalão surgiu com os mesmos personagens, em 1998, em Minas Gerais, na tentativa de eleição do Senador Azeredo, o verdadeiro pai do dito- cuja. Foi e continua sendo o velho "caixa 2". Num caso recentíssimo, esconde o escândalo do caso Alston, em São Paulo, e que envolve tucanos de alta plumagem, escândalo esse que só conseguimos informações lendo a imprensa estrangeira. Isto porque os Ministérios Públicos da Suiça, França e EUA estão investigando o caso.Mas o PIG não está passando impune pelo seu comportamento partidário. Está perdendo credibilidade, que o diga a revista Veja, com seus inúmeros factóides. Estatisticas que circularam na Internet, deram a dimensão da perda de leitores, que estão fugindo para a mídia alternativa, na qual se destaca a Internet. Neste espaço, que permite a interatividade entre o leitor e quem escreve, as verdades absolutas, ou o pensamento único como muita gente gosta de dizer, divulgadas por exemplo pelo JN, podem ser confrontadas e se for o caso, desmascaradas. Essa mídia corporativa ainda não entendeu porque seus "formadores de opinião" deixaram de influenciar as pessoas, e ficam surpresas com isso. Não entendem que um Presidente, que é sistematicamente criticado ou melhor dizendo, massacrado por ela, consiga se reeleger e obtenha, na metade do seu governo, 80% de aprovação.Por isso, mais uma vez,não posso me omitir quanto a responsabilidade do jornal "O Globo" com o que escreve, isto é, responsabilidade com seus leitores, que não são todos "Hommer Simpson", como uma vez o William Boner qualificou certa vez, os ouvintes do JN. Todos sabemos que existe uma maioria silenciosa que se deixar pautar pelas matérias que essa emissora divulga.Depois ficam surpresas que as coisas que ouviram não é bem assim.
Na edição de ontem, o jornal dos Marinho fugiu, mais uma vez, à responsabilidade não só com seu público, como também com o país.
Num momento como este que estamos passando, quando uma crise financeira das proporções inimaginadas vem atingindo o centro do capitalismo mundial e que vai se espraiar pela periferia deste capitalismo, O Globo coloca uma manchete alarmista e sensacionalista: "Governo pode cortar gastos e adiar programas sociais". Quando vamos ler a matéria, podemos verificar logo no início, que o texto desmente a chamada de primeira página.

"O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não tem dúvida: se a crise atingir a arrecadação, o governo vai cortar gastos. Apenas PAC e programas sociais já implantados serão preservados. 'Vamos preservar o que for essencial. Se precisar enfiar a faca para equilibrar o orçamento, nós vamos fazer', disse Paulo Bernardo a Sergio Fadul e Geralda Doca", afirma o texto de O Globo.

Como podemos perceber, há uma série de "se", de condicionantes para os cortes que o jornal puxa para o título e o ministro deixa muito claro que o PAC, maior programa de investimentos do governo será preservado. Será que o objetivo disso é repetir o que a FSP fez no início do ano, quando insuflou uma epidemia de febre amarela, dizendo "todos os brasileiros têm que se vacinar"? A respeito disso, o Movimento dos Sem Mídia, entrou com uma ação, que está tramitando na justiça, não só contra a Folha, mas também contra outros órgãos da imprensa que repercutiram tal isanidade, que levou pessoas à morte.

Além disso, o objetivo parece ser levar pânico à sociedade e desgastar, desqualificar mais uma vez o governo Lula. Mas como dizia o Ibrahim Sued, "os cachorros ladram e a caravana passa".

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