A posição do governo brasileiro com relação às novas bases americanas na Colômbia (na fronteira com a nossa Amazônia) e na região (Américas do Sul e Central) é correta sob todos os pontos de vista - político, diplomático e do direito internacional.
Não há nenhuma ameaça aos Estados Unidos por parte dos governos da região. Aliás, não há no mundo. Mesmo a questão do terrorismo não se resolve militarmente, como demonstraram as invasões (e guerras) do Afeganistão e do Iraque.
A instalação dessas bases é uma questão que deve e tem que envolver a comunidade internacional e a ONU - Organização das Nações Unidas. O direito internacional e a Carta das Nações Unidas exigem o respeito à autodeterminação e soberania dos povos e países e a não ingerência em seus assuntos internos.
Se a própria Colômbia durante 30 anos não resolveu a questão das guerrilhas e do narcotráfico, nem com o Plano Colômbia, não há como apresentá-la como justificativa para as novas bases.
Lembrem-se que partes importantes da Colômbia, de seu território e economia, são controladas - ou foram - pela guerrilha e pelo narcotráfico e que este não tem relações apenas com a guerrilha, mas com o governo Álvaro Uribe como ficou amplamente provado inclusive na Justiça. A questão é, portanto, mais complexa e não se resolve com ampliação da presença militar norte-americana.
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