sábado, 10 de novembro de 2012

EUA - A morte que vem de longe.

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Aviões-robôs tornaram o ato de matar fácil demais (Reprodução/eyevine)

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A morte que vem de longe

Os EUA usam aviões-robôs com muita frequência e de modo secreto, à margem das regras declaradas


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Aviões-robôs decididamente não tem nada a ver com harmonia, mas depois do Iraque e do Afeganistão, os americanos não querem desperdiçar sangue e dinheiro em grandes insurreições terrestres. De modo que os ataques de aviões-robôs devem permanecer como ação central dos esforços de contraterrorismo por muitos anos e é possível que aumentem em alcance e escala. A enorme expansão do escopo das operações de aviões-robôs tem sido politicamente útil para Obama. A brutalidade da campanha, além da morte de Osama Bin Laden, invalidou as acusações dos republicanos de que ele é fraco em termos de segurança nacional.


Seria surpreendente se alguns aspectos do programa de aviões-robôs não inquietassem as sensibilidades do presidente. Ater-se aos princípios americanos é uma preocupação. Outra é o fornecimento de um molde para outros países. China e Rússia possuem tecnologias similares, mas ideias diferentes a respeito do que constitui terrorismo.
Kurt Volker, um ex-funcionário público americano próximo ao senador McCain, enxerga um problema maior: os aviões-robôs tornaram o ato de matar fácil demais. Em um artigo recente ele perguntou: “O que nós queremos ser como nação? Um país com uma lista de homicídios permanente? Um país em que pessoas vão para o escritório, disparam alguns tiros letais e chegam em casa a tempo do jantar? Um país que treina trabalhadores em centros de operação de alta tecnologia para matar seres humanos do outro lado do planeta porque alguma agência governamental determinou que aqueles indivíduos são terroristas?” O debate em torno dos aviões-robôs está apenas começando.

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