Conselhos de participação popular, o pretexto para o pânico dos reacionários
A campanha eleitoral esquenta, as pesquisas eleitorais não dão nenhuma segurança aos adversários do PT – até porque eles sabem quanta manipulação está sendo feita na forma com que elas estão sendo noticiadas para favorecer a oposição – e os conservadores estão entrando em polvorosa, desesperados.
Estão tomados por um um pânico que nestes dias se expressa com o alarmismo que fazem em torno da Copa do Mundo, a torcida para que não dê certo – e não se conformam que vai dar – e nos últimos dias, em torno do decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff que institui os conselhos de participação popular pelos quais a população será ouvida no caso de algumas decisões a serem tomadas por órgãos do governo.
Os conselhos populares se tornaram o cavalo de batalha da direita no momento. O DEM entrou com projeto na Câmara para revogá-lo e frustrou-se porque a presidência da Casa recusou-se a colocar a proposta em pauta. Jornalões e revistas, então, choram e sangram, apelam pra tudo, ressuscitaram a mais reacionária das linguagens para tratar do tema.
Mais que depressa acharam juristas de ocasião que afirmam que os Conselhos de Participação Popular são inconstitucionais, tem revista bradando em editoriais que os conselhos são instrumentos da “democracia bolivariana do PT” (?) e teve outra, a velha, conhecida e reacionaríssima Veja de sempre, que dá à sua reportagem (três páginas) o título de “Um decreto nos moldes bolivarianos”. Ao editorial, ou Carta ao Leitor, dá o título de “Todo poder aos sovietes”. A revista diz que a presidenta Dilma Rousseff “assinou um decreto bolchevique”.
Vão ainda mais longe, muito mais longe, tem editorial bradando que, se o decreto passar, o MST poderá exigir assento no Alto-Comando do Exército e as Ligas Camponesas (ressuscitam as Ligas Camponesas, movimento liderado pelo ex-deputado Francisco Julião, pró-reforma agrária no Nordeste no início dos anos 60) vão opinar nas pesquisas da Embrapa
Os mais veteranos se lembram, o que estão ressuscitando é a mais típica linguagem da Gerra Fria e até de antes dela, de mais de meio século atrás, dos anos 50 e 60, linguagem do pré-64, termos e movimentos com que justificaram a deflagração há 50 anos o golpe cívico-militar que sustentou a ditadura de 21 anos no país (1964-1985). Menos, pessoal, menos…
Na esteira disso tudo, e também para não destoar da campanha eleitoral, o Estadão demonstra preocupação diária e específica com o PT, principalmente em editoriais. Todos os dias. No editorial de hoje eles definem o ex-presidente Lula como megalomaníaco, citam-no nove vezes e criticam tudo o que ele tem dito – claro que todo mundo sabe que o que gostariam mesmo é que o ex-presidente não continuasse fazendo política nem mantivesse o prestígio que tem.
A campanha eleitoral esquenta, as pesquisas eleitorais não dão nenhuma segurança aos adversários do PT – até porque eles sabem quanta manipulação está sendo feita na forma com que elas estão sendo noticiadas para favorecer a oposição – e os conservadores estão entrando em polvorosa, desesperados.
Estão tomados por um um pânico que nestes dias se expressa com o alarmismo que fazem em torno da Copa do Mundo, a torcida para que não dê certo – e não se conformam que vai dar – e nos últimos dias, em torno do decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff que institui os conselhos de participação popular pelos quais a população será ouvida no caso de algumas decisões a serem tomadas por órgãos do governo.
Os conselhos populares se tornaram o cavalo de batalha da direita no momento. O DEM entrou com projeto na Câmara para revogá-lo e frustrou-se porque a presidência da Casa recusou-se a colocar a proposta em pauta. Jornalões e revistas, então, choram e sangram, apelam pra tudo, ressuscitaram a mais reacionária das linguagens para tratar do tema.
Mais que depressa acharam juristas de ocasião que afirmam que os Conselhos de Participação Popular são inconstitucionais, tem revista bradando em editoriais que os conselhos são instrumentos da “democracia bolivariana do PT” (?) e teve outra, a velha, conhecida e reacionaríssima Veja de sempre, que dá à sua reportagem (três páginas) o título de “Um decreto nos moldes bolivarianos”. Ao editorial, ou Carta ao Leitor, dá o título de “Todo poder aos sovietes”. A revista diz que a presidenta Dilma Rousseff “assinou um decreto bolchevique”.
Vão ainda mais longe, muito mais longe, tem editorial bradando que, se o decreto passar, o MST poderá exigir assento no Alto-Comando do Exército e as Ligas Camponesas (ressuscitam as Ligas Camponesas, movimento liderado pelo ex-deputado Francisco Julião, pró-reforma agrária no Nordeste no início dos anos 60) vão opinar nas pesquisas da Embrapa
Os mais veteranos se lembram, o que estão ressuscitando é a mais típica linguagem da Gerra Fria e até de antes dela, de mais de meio século atrás, dos anos 50 e 60, linguagem do pré-64, termos e movimentos com que justificaram a deflagração há 50 anos o golpe cívico-militar que sustentou a ditadura de 21 anos no país (1964-1985). Menos, pessoal, menos…
Na esteira disso tudo, e também para não destoar da campanha eleitoral, o Estadão demonstra preocupação diária e específica com o PT, principalmente em editoriais. Todos os dias. No editorial de hoje eles definem o ex-presidente Lula como megalomaníaco, citam-no nove vezes e criticam tudo o que ele tem dito – claro que todo mundo sabe que o que gostariam mesmo é que o ex-presidente não continuasse fazendo política nem mantivesse o prestígio que tem.
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