quarta-feira, 3 de setembro de 2014

POLÍTICA - Marina supera Dilma no Rio e São Paulo.

Ninguém segura Furacão Marina rumo à vitória


eleições Ninguém segura Furacão Marina rumo à vitória
Sei que é sempre arriscado fazer análises ou previsões numa campanha eleitoral tão cheia de reviravoltas como esta de 2014, mas os novos números do Ibope de São Paulo e Rio divulgados na noite desta terça-feira me arriscam a dizer o que escrevi no título: se não houver nenhum outro acidente de percurso, o Furacão Marina segue célere rumo à vitória, ninguém segura mais. E, pelo jeito, pode ser já no primeiro turno.
Quem batizou este fenômeno, modéstia à parte, fui eu mesmo aqui no Balaio, no texto que escrevi dia 26 de agosto, terça-feira da semana passada: "Furacão Marina atropela Aécio e já ameaça Dilma". Depois, esta expressão foi adotada por outras publicações da grande imprensa, e a cada rodada de pesquisas confirma-se que não se tratava apenas de uma onda nem vento passageiro, mas de algo que só os historiadores do futuro poderão explicar melhor daqui a muitos anos.
Sem entrar no mérito se isto será bom ou ruim para o país, o fato é os últimos números revelados pelo Ibope mostram que o furacão continua ativo, levando de cambulhada os principais concorrentes.
Os números do Rio, terceiro maior colégio eleitoral do país, são emblemáticos, como diria o Mino Carta: Marina simplesmente inverteu as curvas da pesquisa, antes liderada por Dilma Rousseff. Apenas cinco dias após a publicação do  levantamento anterior, na semana passada, a candidata do PSB disparou de 30% para 38%, passando à frente da presidente, que caiu 6 pontos, ficando com 32%.
Em São Paulo, o maior colégio, Marina também deu um salto: foi de 35% para 39%, só um ponto abaixo da soma de Dilma (23%) e Aécio (17%). Este é mais um sinal de que o voto útil pró-Marina está fazendo uma varredura nos votos anti-PT.
Aqui há de se registrar que se trata do principal reduto tucano no país, de onde o candidato do PSDB planejava tirar a vantagem, com milhões de votos a mais do que Dilma, então sua principal adversária, tinha em outras regiões de país. De repente, Marina pulou na frente e deixou ambos a ver navios.
Por isso mesmo, ainda na terça-feira, as campanhas de Aécio e Dilma saíram num feroz ataque orquestrado contra Marina Silva, mas tenho minhas dúvidas se isso ainda pode funcionar, a um mês das eleições, ou se terá um efeito reverso, já que, querendo ou não, a candidata, que sucedeu Eduardo Campos há apenas três semanas, transformou-se em mítica salvadora da pátria enviada à terra por alguma entidade divina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário