sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ECONOMIA - Bolsa cai 3,27%.

Bolsa volta a sentir efeito da aversão ao risco, e cai 3,27%


Jornal GGN - O índice oficial do mercado brasileiro perdeu força pelo segundo dia consecutivo, diante do aumento da aversão ao risco no mercado internacional diante das preocupações com o menor ritmo de recuperação da economia.
O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) terminou as operações de quinta-feira em queda de 3,27%, aos 54.298 pontos e com um volume negociado de R$ 10,599 bilhões.
Os mercados no exterior, principalmente nos Estados Unidos, chegaram a mostrar algum sinal de recuperação após a divulgação dos dados de auxílio-desemprego e declarações do presidente do escritório do Federal Reserve (o Banco Central norte-americano) em St. Louis, James Bullard, mas o clima de apreensão sobre o impacto da menor demanda global sobre a economia norte-americana acabou afetando as operações.
No Brasil, foram divulgadas nesta quarta-feira (15) novas pesquisas Datafolha e Ibope, mostrando que o candidato Aécio Neves (PSDB) e a presidente Dilma Rousseff (PT) continuam tecnicamente empatados na corrida presidencial. Embora o candidato de oposição apareça numericamente à frente nos dois levantamentos, o empate acontece por causa da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo em ambos.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, os mercados também foram afetados pelo avanço da rejeição sobre o tucano, preferido dos mercados financeiros por prometer uma política econômica mais ortodoxa, além das declarações do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga --já anunciado como ministro da Fazenda caso Aécio vença as eleições - de que, em um eventual governo tucano, o atual programa de intervenções no mercado de câmbio será encerrado imediatamente.
No câmbio, a cotação do dólar comercial subiu pelo terceiro pregão consecutivo, com valorização de 0,28%, cotado a R$ 2,465 na venda. Como tem acontecido nos últimos dias, as questões eleitorais tem tomado a atenção dos investidores no Brasil.
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também afetaram as operações. A autoridade monetária manteve seu programa de intervenções diárias, com a venda de 4 mil novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares), sendo 3,2 mil com vencimento em 1º de junho de 2015 e os outros 800 são para 1º de setembro do próximo ano.
O BC também realizou um leilão para rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 8 mil swaps, sendo 4,4 mil contratos para 3 de agosto de 2015 e 3,6 mil para 1º de outubro do próximo ano, em operação que movimentou o equivalente a US$ 393,9 milhões. Ao todo, o BC já rolou o equivalente a US$ 4,721 bilhões, ou cerca de 53% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões.
Na agenda de sexta-feira, os agentes acompanham a publicação do IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) no Brasil. No setor externo, destaque para os dados do setor de construção e o orçamento mensal nos Estados Unidos, além do volume de investimento direto na China.
 
(com Reuters)

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