Deu no blog do Nassif: em e-mail, jornalismo da Globo oficializa proteção a FHC
O jornalista Luís Nassif contou nesta 2ª feira (ontem) em seu blog que a diretora da Central de Jornalismo da Rede Globo, Silvia Faria, enviou domingo pp e-mail aos chefes de núcleo de jornalismo da emissora com uma orientação taxativa: está proibido dar notícia que estabeleça qualquer tipo de associação entre o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e a Operação Lava Jato, de investigação na Petrobras.
O e-mail de Sílvia tem o título “Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre a Lava Jato” e é uma ordem dela a seus subordinados: “revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.
Em seu blog, ontem, Nassif revela que a orientação da diretora da emissora para blindar FHC ocorreu pelo fato de a emissora ter procurado o ex-presidente tucano para repercutir as declarações de um ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, que em depoimento à Operação Lava Jato admitiu que recebia propina, via estatal, desde 1997 – portanto, desde o penúltimo ano do 1º governo de FHC.
Fato é gravíssimo, revela manipulação incontestável da cobertura jornalística
O ex-presidente FHC negou tudo e respondeu à emissora não existir qualquer alusão ao seu governo no depoimento de Barusco. Seu desmentido foi levado ao ar, com destaque, no Jornal Nacional de sábado. Mesmo assim a direção do jornalismo da emissora proibiu, na prática censurou qualquer menção ao ex-chefe do governo tucano no noticiário sobre a Operação Lava Jato.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) falou sobre o episódio à imprensa, quando considerou que o conteúdo explícito da mensagem torna evidente um fato de dimensão “gravíssima” que precisa ser denunciado, por se tratar de uma revelação incontestável da manipulação da cobertura jornalística da Globo.
“É também a utilização – alertou Pimenta – de uma concessão pública como ferramenta da disputa política no País, já que promove uma cobertura que, claramente, escolhe alguns alvos e protege um segmento específico da política nacional, sempre que esse segmento se envolve em algum escândalo”.
O jornalista Luís Nassif contou nesta 2ª feira (ontem) em seu blog que a diretora da Central de Jornalismo da Rede Globo, Silvia Faria, enviou domingo pp e-mail aos chefes de núcleo de jornalismo da emissora com uma orientação taxativa: está proibido dar notícia que estabeleça qualquer tipo de associação entre o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso e a Operação Lava Jato, de investigação na Petrobras.
O e-mail de Sílvia tem o título “Tirar trecho que menciona FHC nos VTs sobre a Lava Jato” e é uma ordem dela a seus subordinados: “revisem os vts com atenção! Não vamos deixar ir ao ar nenhum com citação ao Fernando Henrique”.
Em seu blog, ontem, Nassif revela que a orientação da diretora da emissora para blindar FHC ocorreu pelo fato de a emissora ter procurado o ex-presidente tucano para repercutir as declarações de um ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, que em depoimento à Operação Lava Jato admitiu que recebia propina, via estatal, desde 1997 – portanto, desde o penúltimo ano do 1º governo de FHC.
Fato é gravíssimo, revela manipulação incontestável da cobertura jornalística
O ex-presidente FHC negou tudo e respondeu à emissora não existir qualquer alusão ao seu governo no depoimento de Barusco. Seu desmentido foi levado ao ar, com destaque, no Jornal Nacional de sábado. Mesmo assim a direção do jornalismo da emissora proibiu, na prática censurou qualquer menção ao ex-chefe do governo tucano no noticiário sobre a Operação Lava Jato.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) falou sobre o episódio à imprensa, quando considerou que o conteúdo explícito da mensagem torna evidente um fato de dimensão “gravíssima” que precisa ser denunciado, por se tratar de uma revelação incontestável da manipulação da cobertura jornalística da Globo.
“É também a utilização – alertou Pimenta – de uma concessão pública como ferramenta da disputa política no País, já que promove uma cobertura que, claramente, escolhe alguns alvos e protege um segmento específico da política nacional, sempre que esse segmento se envolve em algum escândalo”.
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