quarta-feira, 16 de setembro de 2015

POLÍTICA - Só os bancos apoiam o pacote.

os bancos apoiam o pacote: e qual é a saída?

  
 Só os bancos apoiam o pacote: e qual é a saída?
Brasil

"Eu odeio quando as pessoas dizem que eu sou Poliana, que meus artigos são textos de autoajuda. Eu sou corajoso porque estou com medo. Estou procurando saídas porque está difícil encontrá-las. E todas as vezes que o Brasil se viu nessas circunstâncias, ele encontrou saída", escreveu o publicitário Nizan Guanaes, com o título "Eu sou ` investiment grade´", em sua coluna desta terça-feira, na Folha.
Gostaria de pensar como meu amigo Nizan, o inderrubável, mas não é fácil. Outro dia mesmo, no Jornal da Record News, o Heródoto Barbeiro me lascou esta pergunta que todo mundo está se fazendo neste momento: "E qual é a saída?"
Ficou ainda mais difícil encontrar a resposta após ler todas as repercussões sobre o novo pacote fiscal anunciado por dois cansados e constrangidos ministros, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, ao final da maratona de três dias de reuniões com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.
Deu quase unanimidade contra as medidas propostas pelo governo para o enfrentamento da crise econômica que levou o País a perder o selo de bom pagador na semana passada. Dos empresários aos movimentos sociais, que já organizam protestos, passando pelo funcionalismo público, que ameaça com uma greve geral, aos partidos de oposição, que anunciam "dias de caos" para a próxima semana, todo mundo criticou os cortes de despesas e os aumentos de impostos _ até parlamentares do PT, o partido do governo.
Houve uma única exceção a favor: a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e o sistema financeiro em geral. Os setores produtivos se uniram contra a recriação da CPMF com a alíquota de 0,2% sobre todas as operações financeiras.
Para conquistar o apoio dos 19 governadores reunidos na mesma noite num jantar no Alvorada, a presidente acenou com o aumento da alíquota para 0,38%, com parte sendo repassada para Estados e municípios. Se por acaso o novo imposto for aprovado no Congresso Nacional, hipótese em que hoje praticamente ninguém acredita, assim mesmo as medidas só entrariam em vigor no próximo ano. O nosso grande desafio, porém, é chegar ao final deste interminável ano de 2015, e ainda faltam mais de três meses para o Natal.
"E tinha outro jeito?" pergunta-me o genro Bráulio Mantovani, respeitado cineasta, que também anda muito preocupado com o agravamento das várias crises simultâneas e cumulativas que estamos vivendo. Não sei, não sou economista nem político. Só sei que as soluções anunciadas por Levy e Barbosa não serviram para acalmar os ânimos e melhorar o astral, ao contrário. Este é o cenário da ópera no "day after". Temos cada vez mais perguntas a nos fazer e menos respostas a dar.
Vamos ver o que acontece daqui para a frente.  Alguém tem uma vaga ideia?
Vida que segue.

Nenhum comentário:

Postar um comentário