Não faz sentido vender campos de petróleo em produção
Autor: Fernando Siqueira
Por
Fernando Siqueira (*) – Os jornais anunciam que a Petrobrás decidiu ser
mais agressiva e oferecer os campos de Baúna e Golfinho, em produção,
do pré-sal. É inaceitável essa atitude, principalmente estando os ativos
desvalorizados em função do preço baixo, temporário, do petróleo. Os
dois campos produzem juntos 76 mil barris por dia, não são campos a
serem explorados, mas campos já produzindo!
Nenhum país soberano comete esse tipo de desatino.
Há muitas opções para a Petrobrás obter
recursos, principalmente tendo uma reserva de petróleo já descoberto de
100 mil barris como garantia. Ela pode conseguir recursos no banco de
desenvolvimento dos Brics, pode conseguir recursos com a China ou cobrar
do governo os R$ 80 bilhões do prejuízo causado pela política de preços
dos combustíveis.
Outra saída seria adotar o projeto
Requião, que é uma excelente idéia: a Petrobrás emite debêntures com
rentabilidade atrativa e os bancos públicos compram essas debêntures,
obtendo uma rentabilidade garantida.
Ou seja, o governo não despende um centavo para ajudar a Petrobrás e ainda gera ativos para seus bancos.
Fernando Siqueira é vice-presidente da AEPET e conselheiro eleito da Petros.

Nenhum comentário:
Postar um comentário