Adesão do ‘Centrão’ e ‘donos do dinheiro’ a LULA é prevista, ao se confirmar favoritismo

03/02/2022  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
Adesão do ‘Centrão’ e ‘donos do dinheiro’ a LULA é prevista, ao se confirmar favoritismo

Características da política e da economia destroçadas do Brasil talvez induzam certa precipitação ou conformismo” de “quase o Congresso inteiro” e do “mercado”, escreve colunista na Folha

Características da política e da economia destroçadas do Brasil talvez induzam certa precipitação ou conformismo” do ‘Centrão‘, “quase o Congresso inteiro” e os dos ‘donos do dinheiro‘, o “mercado”, que agora “dão sinais de que Lula da Silva (PT) pode ser também para eles a alternativa incontornável“, escreve o jornalista Vinicius Torres Freire em artigo na Folha de S. Paulo.

No texto, Freire diz que adeptos da debandada pró-LULA já são vistos “no PSD, no MDB, no Republicanos (Igreja Universal), no PSCTantos que esses partidos podem ser incapazes de “fechar questão” em favor de tal ou qual candidatura. É esse o caso mesmo do PP, dos regentes do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil, e Arthur Lira, presidente da Câmara. No PP, a conversa é liberar “acordos regionais” (aderir a Lula ou ficar “neutro” até saber em qual barco pular)”.

O jornalista lembra que uma característica do Centrão é a “adesão a vitoriosos“, no caso, LULA, que já alcançou até 48% das intenções de votos nas pesquisas. “Como LULA é particularmente forte no Nordeste, o regionalismo de conveniência contribui para os “rachas”. O Nordeste tem quase 30% das cadeiras da Câmara. Dado que Bolsonaro tem por ora apenas um quarto dos votos e aversão maior em grandes cidades, o racha dos governistas deve ser significativo também no Sudeste (quase 35% da Câmara)“.

A depender da distância em que estiver de Bolsonaro lá por abril, Lula ainda pode ser objeto de campanha de trituração —a depender também de sua viagem ao centro, da quantidade de mingau que comerá pelas bordas (até do PSDB ou do PDT de Ciro Gomes) e da “conciliação nacional” que vai propor“, escreve o colunista da Folha sobre o xadrez político como ele é.

Quanto àqueles que sempre fizeram questão de ser identificados como os opositores crônicos do ex-presidente, Freire escreve que “‘conciliação’ é a palavra em que parte do “mercado”, elite da finança, presta atenção“. E sobre uma “conversa que se ouve”, o jornalista diz que para o segmento tudo é “pior com Bolsonaro” e que a “Terceira Via não existe”. O colunista ainda diz que Alckmin como vice é visto pelo setor como “sinal de boa vontade“.

Um acordo maior no Congresso e um programa econômico convencional, para início dos trabalhos, ao menos, é uma possibilidade que acalmaria qualquer dono de dinheiro e diminuiria as chances de um governo ‘LULA 3’ naufragar já em 2023 —ninguém aguenta mais ruína econômica persistente, fora os golpistas. A gente já vê aqui e ali gente do “mercado” ou seus porta-vozes dizerem tal coisa em público”, escreve Freitas.

E o colunista da Folha pontua lembrando que “na reabertura do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, disse na fuça de Bolsonaro que não vai tolerar propaganda de mentiras em massa por celular, ameaças à legitimidade da votação e investidas autoritárias. O clima não está bom para Bolsonaro, embora os primeiros acordos informais da política sejam fechados apenas lá por volta de abril. Acerto firme, apenas em setembro, se a eleição estiver com uma cara definida, dizem cabeças e chefes da política“.

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