quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Chanceler de Israel deturpa imagem de Lula em meme e coloca relações com o Brasil num nível insustentável

 

Chanceler de Israel deturpa imagem de Lula em meme e coloca relações com o Brasil num nível insustentável

Com provocações constantes, Israel pressiona o Brasil a romper relações; em entrevista, Lula reafirmou genocídio

Luiz Inácio Lula da Silva, meme, Israel Katz e a Faixa de Gaza
Luiz Inácio Lula da Silva, meme, Israel Katz e a Faixa de Gaza (Foto: ABR | Reuters | Reprodução)

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247 - O chanceler israelense, Israel Katz, resolveu atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao postar um meme na rede social X deturpando a imagem do chefe de Estado brasileiro, que voltou a condenar o genocídio cometido por forças israelenses na Faixa de Gaza, onde mais de 30 mil palestinos morreram desde o dia 7 de outubro do ano passado.

Para o chanceler, Lula "ofendeu a memória de 6 milhões de judeus assassinados no Holocausto. Não vamos esquecer, nem perdoar. Envergonhe-se e peça desculpas!", escreveu Katz em rede social. 

O presidente, no entanto, reafirmou que os ataques de Israel em Gaza são um genocídio. "O governo de Israel quer exterminar o espaço territorial palestino", disse Lula durante entrevista ao jornalista Kennedy Alencar nesta terça (27). 

O perfil Judeus Pela Democracia demonstrou apoio ao chefe de Estado brasileiro e afirmou que o chanceler de Israel teve uma postura "inconsequente" contra Lula. No mês passado, em agenda na Etiópia, o petista disse na Eitópia que "não existe em nenhum outro momento histórico" o genocídio na Faixa e Gaza. "Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", afirmou.

No sábado (17), o presidente afirmou que a solução definitiva para a guerra na Faixa de Gaza vai ocorrer "se avançarmos rapidamente na criação de um Estado palestino". "Ser humanista hoje implica condenar os ataques perpetrados pelo Hamas contra civis israelenses, e demandar a liberação imediata de todos os reféns. Ser humanista impõe igualmente o rechaço à resposta desproporcional de Israel, que vitimou quase 30 mil palestinos em Gaza – em sua ampla maioria mulheres e crianças – e provocou o deslocamento forçado de mais de 80% da população".