PMDB do Senado recebe mal carta de Temer e atribui vazamento a Moreira Franco

Por Tales Faria
Do Fato Online
A cúpula do PMDB do Senado só soube da carta de Michel Temer à presidente Dilma Rousseff na noite de ontem, depois que ela já havia vazado.
O líder do partido, Eunício Oliveira, estava em sua casa, em Brasília, reunido com os ministros do PMDB (exceto Henrique Eduardo Alves, do Turismo, que estava viajando), quando recebeu um WhatsApp de sua esposa. A mensagem informava que uma "carta apócrifa" atribuída ao vice-presidente Michel Temer, e que seria endereçada à presidente Dilma Rousseff, estava circulando na internet.
No mesmo momento, a notícia chegou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que participava de um jantar na casa do ex-presidente José Sarney, também em Brasília, com a presença do senador Romero Jucá (PMDB/RR) entre outros. O grupo também se disse surpreso com a carta.
Os peemedebistas dos dois jantares marcaram então um novo encontro na residência oficial do presidente do Senado, por volta da meia-noite, para uma análise mais aprofundada do texto.
A conclusão generalizada foi que Michel Temer agiu sem consultar o partido e que o texto não parecia ser dele.
Michel foi consultado por telefone. Ele estava no Palácio do Jaburu, com os aliados mais próximos dentro do PMDB, como os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. O vice-presidente confirmou a veracidade da carta, mas disse que o vazamento não partiu dele.
Os senadores do partido, no entanto, não acreditaram. Até hoje, nas conversas reservadas, continuam atribuindo a Moreira Franco, que está presidindo a Fundação Ulysses Guimarães, tanto o vazamento como o texto.
Os peemedebistas do Senado têm se mostrado, nas conversas reservadas, irritados não só com a decisão de fazer e vazar a carta, como também com seu conteúdo. Para eles, Michel demonstrou que, durante esse tempo todo, cuidou mais de suas próprias indicações para os ministérios, de seus próprios interesses no governo, do que do partido como um todo.
"A maioria do partido queria o rompimento. Nos sacrificamos para que ele fosse o vice na chapa. E agora ficamos sabendo que não servia para nada?", reclama, reservadamente, um senador de grande influência na bancada.
"O Senado está todo combinado contra essa carta. Vamos ignorá-la. Foi coisa do vice com a presidente, não tem significado partidário", disse outro senador com participação ativa nas escolhas dos ministros de Dilma Rousseff.

Por Tales Faria
Do Fato Online
A cúpula do PMDB do Senado só soube da carta de Michel Temer à presidente Dilma Rousseff na noite de ontem, depois que ela já havia vazado.
O líder do partido, Eunício Oliveira, estava em sua casa, em Brasília, reunido com os ministros do PMDB (exceto Henrique Eduardo Alves, do Turismo, que estava viajando), quando recebeu um WhatsApp de sua esposa. A mensagem informava que uma "carta apócrifa" atribuída ao vice-presidente Michel Temer, e que seria endereçada à presidente Dilma Rousseff, estava circulando na internet.
No mesmo momento, a notícia chegou ao presidente do Senado, Renan Calheiros, que participava de um jantar na casa do ex-presidente José Sarney, também em Brasília, com a presença do senador Romero Jucá (PMDB/RR) entre outros. O grupo também se disse surpreso com a carta.
Os peemedebistas dos dois jantares marcaram então um novo encontro na residência oficial do presidente do Senado, por volta da meia-noite, para uma análise mais aprofundada do texto.
A conclusão generalizada foi que Michel Temer agiu sem consultar o partido e que o texto não parecia ser dele.
Michel foi consultado por telefone. Ele estava no Palácio do Jaburu, com os aliados mais próximos dentro do PMDB, como os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. O vice-presidente confirmou a veracidade da carta, mas disse que o vazamento não partiu dele.
Os senadores do partido, no entanto, não acreditaram. Até hoje, nas conversas reservadas, continuam atribuindo a Moreira Franco, que está presidindo a Fundação Ulysses Guimarães, tanto o vazamento como o texto.
Os peemedebistas do Senado têm se mostrado, nas conversas reservadas, irritados não só com a decisão de fazer e vazar a carta, como também com seu conteúdo. Para eles, Michel demonstrou que, durante esse tempo todo, cuidou mais de suas próprias indicações para os ministérios, de seus próprios interesses no governo, do que do partido como um todo.
"A maioria do partido queria o rompimento. Nos sacrificamos para que ele fosse o vice na chapa. E agora ficamos sabendo que não servia para nada?", reclama, reservadamente, um senador de grande influência na bancada.
"O Senado está todo combinado contra essa carta. Vamos ignorá-la. Foi coisa do vice com a presidente, não tem significado partidário", disse outro senador com participação ativa nas escolhas dos ministros de Dilma Rousseff.
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