segunda-feira, 1 de julho de 2013

REVOLUÇÃO NO MUNDO DA ENERGIA.

"Revolução" pode ajudar petróleo a cair a US$ 70 o barril no fim da década

A "revolução do xisto" terá um papel importante na redução do déficit americano nas suas contas externas, ao diminuir a necessidade de importações, podendo contribuir também para uma queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
Para o analista de commodities Eric Lee, do Citigroup Global Markets, as cotações do Brent vão oscilar entre US$ 70 e US$ 90 no fim da década, um intervalo consideravelmente inferior aos US$ 90 a US$ 120 observados desde o ano de 2011.
Segundo ele, o que se passa nos EUA, onde a produção do petróleo sobe com força, terá uma influência significativa nesse processo, o que representará um desafio aos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O Citi vê ainda um cenário em que há "oportunidades claras" de substituição de derivados de petróleo por gás natural como combustível em veículos, trens, caminhões e navios. Se concretizado, isso ajudará a reduzir a demanda por petróleo.
Lee espera uma queda do déficit em conta corrente americano, hoje na casa de 3% do PIB. Em 2020, o número pode estar na casa de 2,4% do PIB, estima o Citi.
Segundo o banco, a melhora do déficit em conta corrente ocorrerá não apenas pela redução direta das importações de petróleo e gás e do aumento das exportações desse produtos, mas também pela queda dos preços de petróleo e da alta das vendas externas de bens de maior valor agregado em setores como o petroquímico e o de metais, beneficiados pela oferta de energia mais barata. O dólar teria uma valorização real (ajustado pela inflação) de 1,6% a 5,4% até o fim da década.
O Citi considera que a possibilidade de independência energética de toda a América do Norte antes de 2020 é extremamente elevada, existindo até mesmo uma perspectiva real de autossuficiência dos EUA no começo da próxima década, diz Lee.
Fonte: Valor Econômico

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