Hitzlsperger, que assumiu a homossexualidade
Partiu
do zagueiro Alex, do Paris Saint Germain, a primeira crítica ao
ex-craque alemão Thomas Hitzlsperger, que assumiu a homossexualidade.
Alex, num daqueles surtos de burrice e intolerância, condenou o colega e
afirmou que “Deus criou Adão e Eva, e não Adão e Ivo”.
Alex não foi o único a se manifestar contra Hitzlsperger. Outros atletas fizeram comentários no mesmo teor.
O
encrenqueiro Joey Barton, ex-Olympique de Marselha, atualmente no
Queens Park Rangers, da segunda divisão inglesa, bateu sem dó nos
religiosos. Depois de dizer que o gesto de Hitzlsperger é "valente", ele
lamentou que jogadores tenham de esperar a aposentadoria para "sair do
armário".
"Mas
é compreensível quando fanáticos religiosos, vítimas de lavagem
cerebral, ainda acreditem num livro de ficção escrito há mais de 2 mil
anos”, declarou. “Para ser um extremista, você deve ser extremamente
burro, na minha opinião. Alex, do PSG, simplesmente confirma minha
teoria com seus comentários”.
O
futebol é um meio notoriamente preconceituoso e isso não é novidade.
Mas Barton, à sua maneira direta (ele já chamou Neymar de “craque do
YouTube”), acabou chamando a atenção para um problema enorme.
Um
grande número de jogadores brasileiros é evangélico. Há alguns anos, os
Atletas de Cristo fizeram barulho com suas rezas no vestiário e no meio
do campo. De certo modo, a igreja funcionava, para eles, como um jeito
de escapar da vida dissoluta advinda do enriquecimento rápido.
Hoje
se sabe que o enriquecimento continua rápido, a vida ainda é dissoluta
-- e as igrejas a que eles servem estão mais poderosas e influentes.
Assim
como o fundamentalismo religioso ganha mais espaço na política, sua
força cresce também no futebol. Será necessário mais do que um Joey
Barton e um Thomas Hitzsperger para tirar o esporte das trevas.
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