segunda-feira, 18 de agosto de 2014

POLÍTICA - Pesquisas, antes e depois.

Pesquisas, antes e depois


Globo vive o drama: Dilma ou Marina?

A Globo conseguiu o que queria: fortaleceu a possibilidade de segundo turno (aparentemente, algo quase certo). Mas ficou com um drama: como o candidato obviamente preferido nesse quadro provavelmente ficará fora do segundo turno, quem é que a Globo apoiará – os “vermelhos” de Dilma ou os “verde-pentecostais” de Marina? Para os tucanos esse não será uma drama tão grande: preferem Dilma a Marina. Não por seus belos olhos ou pelo jeito simpático de ser. A razão “elementar-meu-caro-Watson” é que em 2018 não haverá reeleição e os tucanos poderão ter mais chances (difíceis, anyway). Como disse aqui, no post da semana passada, “tanto Aécio quanto o Não-Voto é que serão os grandes perdedores” e, como sigla, o PSDB no futuro próximo dependerá unicamente de São Paulo. Mas fará o que puder para continuar como alternativa ao PT. Posso estar enganado, mas acredito que brevemente a Globo começará a reduzir o “efeito comoção”, para tentar repor Aécio no segundo turno.

O Rio –  graças ao antes e depois de Marina – vive aquele dias difíceis
O último Datafolha para Governador do Rio praticamente indicou Pezão vitorioso. Isso porque, no primeiro turno, aponta Garotinho com 25% (oscilando 1 ponto para cima, em relação à pesquisa de julho), Crivella caindo 6 pontos, Pezão subindo 2 e Lindberg estável. Acontece que a simulação de segundo turno foi feita apenas com Garotinho e Crivella – e esse último, que estava em queda de 6 pontos, derrota Garotinho com 12 pontos de diferença! Em uma simulação de Pezão versus Garotinho a possibilidade de vitória do atual Governador, que só será mais conhecido (e menos rejeitado, portanto) após o Horário Eleitoral, será bem maior.
Mas a questão principal é o “efeito Marina”. Como atuará no Rio de Janeiro? Esse é um grande dilema para o PT. A lógica puramente local aponta para uma integração ainda maior de Lindberg com Romário e agora com Marina, que na última eleição teve no estado do Rio de Janeiro 2.693.130 votos, quase 14% dos seus 19.636.359 votos em todo o Brasil (enquanto Dilma, com 3.739.632, teve no estado menos de 8% dos seus votos). Mas a lógica nacional impede ainda mais Lindberg de se aproximar de Marina. Se os votos do Rio forem significativos para Marina provocar um segundo turno das eleições presidenciais, Lindberg (que anda bem estremecido com Dilma, graças ao apoio que ela dá também a Pezão) será execrado para sempre.
A próxima pesquisa nos estados após a “comoção Marina” será aguardada com muita tensão pré-eleitoral.

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