O fiasco tecnológico das prévias tucanas não foi apenas “enrascada”, mas uma demonstração de incompetência que fomenta velhas guerras internas. As graves fraturas do partido ficaram ainda mais expostas, com direito a troca de acusações públicas entre os governadores João Doria e Eduardo Leite. O gaúcho levantou a hipótese do adversário estar comprando votos. Apoiadores do governador de São Paulo rebateram, acusaram a campanha de Leite de querer ganhar no “tapetão”. O vencedor terá dificuldades de trazer o derrotado e seus aliados para uma campanha nacional unificada. E seja qual for o nome na urna, registre-se, uma candidatura presidencial tucana tem poucas chances de prosperar. A mais recente pesquisa eleitoral divulgada, do Ipespe, segue indicando o franco favoritismo de Lula. O petista mantém 42% das intenções de voto e vence qualquer candidato no 2º turno. Bolsonaro oscilou para baixo, somando agora com 25%. Doria e Leite, por sua vez, animam menos de 2% dos eleitores. O mesmo vale para Luiz Henrique Mandetta e Rodrigo Pacheco, também postulantes à terceira via. Enquanto o presidente do Senado fez um discurso morno em evento recente do PSD, o ex-ministro da Saúde e seu União Brasil, o ‘partidão’ da direita a ser criado com a fusão entre o PSL e o DEM, já admite abrir mão de sua candidatura. Entre mortos e feridos, os que se salvaram ensaiam uma banda para o lado de Sergio Moro, que surge na mesma pesquisa em terceiro lugar, com 11%, tecnicamente empatado com Ciro Gomes, que marca 9%. O ex-juiz, aliás, vem erguendo seu pelotão com soldados caídos do bolsonarismo. Na quinta, o ex-juiz celebrou a filiação do general Santos Cruz ao Podemos. Aposta nele para dividir o apoio dos militares. Até aqui, a concertação morista atrapalha os planos da velha direita. Terá forças para tirar o ex-capitão do segundo turno? |
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