O juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 13ª Vara Federal em Brasília, concedeu liminar favorável ao Sindicato das Indústrias de Defensivos Agrícolas (SINDAG), suspendendo, sem mais nem menos, o programa de reavaliação toxilógica de agrotóxicos desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A Justiça Federal alega "falta de transparência da Anvisa", conforme informa reportagem da Folha de S.Paulo de hoje. .
Neste ano, o programa avaliaria os ingredientes de nada menos que 99 agrotóxicos. Em análise anterior, feita no ano passado, a ANVISA já havia constatado que 40% do tomate e do morango que consumimos carregam mais substâncias venenosas do que o recomendável. Desde 2001, a Agência proibiu cinco substâncias e restringiu outras quatro, utilizadas na fabricação de mais de 80 produtos.
Vejam o absurdo, leitores: com a decisão, a ANVISA está simplesmente proibida de suspender ou restringir a venda de agrotóxicos que contenham nove substâncias perigosas, a maioria já condenada na Europa, Estados Unidos, Índia e China devido aos danos que causam à saúde! Houve bom senso da parte do juiz que concede uma liminar dessas?
Como declarou a toxilogista Rosany Bochner, da Fiocruz, à FSP de hoje, "o Brasil está virando um grande depósito de porcarias. Os agrotóxicos que as empresas não conseguem vender lá fora, que têm indicativo de problemas, são empurrados para a gente". A decisão da Justiça Federal não só está na contramão, como revela algo pior - o atraso e o descaso que ainda permeiam alguns setores em nosso país.
Fonte: Blog do Zé Dirceu.
Carlos Augusto de Araujo Dória, 82 anos, economista, nacionalista, socialista, lulista, budista, gaitista, blogueiro, espírita, membro da Igreja Messiânica, tricolor, anistiado político, ex-empregado da Petrobras. Um defensor da justiça social, da preservação do meio ambiente, da Petrobras e das causas nacionalistas.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
AGROTÓXICOS - No Brasil vale tudo
Atraso e descaso na questão dos agrotóxicos
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