Grandes que tiveram desempenho de nanicos
SÃO PAULO - Os maiores partidos do Brasil tiveram um desempenho tão irregular nas diferentes capitais do País que, em sete delas, representantes do PT, do PSDB. do PMDB e do DEM saíram das urnas com votação digna de candidatos "nanicos", inferior a 5%.
No Rio Grande do Sul, o PSDB governa o Estado e ficou em primeiro lugar na eleição presidencial de 2006, mas o tucano Nelson Marchezan Jr. teve apenas 2,57% dos votos na capital gaúcha. "É uma realidade que somos um partido pequeno em Porto Alegre e temos pouco espaço para crescer", disse ele.
O DEM também não entusiasmou: Onyx Lorenzoni, em sua terceira tentativa de governar a cidade, conquistou a preferência de apenas 4,46% dos moradores - menos da metade do apoio recebido na eleição de 2004.
Assim como Porto Alegre, o Rio deixou dois representantes de grandes legendas com votação miúda: Alessandro Molon, do PT (4,97%), e Solange Amaral, do DEM (3,92%), com o agravante de que o primeiro é do partido do presidente da República e a segunda é correligionária do atual prefeito, Cesar Maia.
O PMDB, partido que mais elegeu prefeitos no primeiro turno, teve resultado pífio em Curitiba. Seu candidato, Carlos Moreira Júnior, mesmo com o apoio do governador Roberto Requião, ficou com 1,9% dos votos. Moreira Júnior, ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, atribuiu o fraco desempenho à desunião do partido - parte dos líderes debandou para o ninho tucano já no início da campanha, apoiando a reeleição de Beto Richa.
Em São Luís e Macapá, os peemedebistas também naufragaram: os deputados federais Gastão Vieira e Fátima Pelaes tiveram, respectivamente, 1,95% e 4,66%. O DEM ficou ainda abaixo do patamar dos 5% em Belo Horizonte e em São Luís. O PSDB, em Porto Velho.
Representante do DEM na capital mineira, Luiz Otávio Valadares - o Ziza, filho do ex-presidente do Atlético Luiz Otávio Valadares - está convicto de que a crise que o time mineiro atravessa foi determinante para seu desempenho. Ele teve apenas 1,51% dos votos válidos.
Para o prefeito do Rio, sua candidata ficou em sexto lugar porque o eleitorado queria mudanças. "Foi o natural e conhecido desgaste de material de um ciclo longo. Se (Margareth) Thatcher e (Tony) Blair (primeiros-ministros do Reino Unido) passaram por isso, imagine um prefeito de cidade latino-americana", disse Cesar Maia.
Fonte: Tribuna da Imprensa.
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