quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ECONOMIA - Os informes "apolíticos" da S&P.


15/09/2015 - Copyleft

Os informes 'apolíticos' da agência Standard & Poor's

Apesar da surpresa pelo fato da nova classificação ter sido divulgada na semana passada, e não no fim do ano, a agência afirmou que é 'apolítica'.


ANSA/Brasil
reprodução
A agência de classificação de risco Standard & Poor´s (S&P), que rebaixou a nota do Brasil na semana passada, assegurou nesta segunda-feira (14/9), que seus informes não têm conotação política ou partidária, e exigiu do governo da presidenta Dilma Rousseff mais cortes de gastos para enfrentar o atual momento econômico, ao mesmo tempo em que rechaçou a ideia de um impeachment contra a mandatária brasileira.

Apesar da surpresa que tiveram alguns analistas, pelo fato da nova classificação ter sido divulgada na semana passada, e não no fim do ano, ou no começo do ano posterior – como costuma acontecer –, Lisa Schineller, representante da agência, assegurou que os informes da S&P são técnicos e “apolíticos”.

Por outra parte, Schineller disse, em exposição realizada em São Paulo, que um eventual processo de impeachment contra Rousseff seria inconveniente, pois isso levaria o mercado e os investidores a terem mais incertezas com respeito ao Brasil, segundo sua avaliação.

Ainda assim, a porta-voz da agência lamentou que o governo de Dilma não tenha sido capaz de adotar “medidas claras” para corrigir o deficit fiscal de 0,5 % do Produto Interno Bruto, apresentado no Congresso há duas semanas.

Na semana passada, a S&P rebaixou a classificação da dívida soberana, o que levou o Brasil a perder seu grau de investimento e cair ao nível de especulação, fato que foi recebido com preocupação pelo mercado.

A especialista afirmou também que o Brasil enfrentará “três anos” de turbulências econômicas, que poderiam se agravar com a crise chinesa e um eventual aumento dosa dos juros nos Estados Unidos.

Tradução: Victor Farinelli

Nenhum comentário: