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Quem está à beira do precipício, Globo?
Autor: Alex Prado
Em
mais um editorial eivado de rancor, baseado na falácia de parcos
números, o jornalão dos Marinho mais uma vez investe contra a Petrobrás,
como o faz desde o surgimento da companhia, há mais de sessenta anos.
Desta vez, O Globo decreta que a Petrobrás está à beira do precipício.
Faz
isto para criticar o que chama de “pauta política” na greve nacional dos
petroleiros. Ora, se O Globo tem o direito de publicar sua clara
posição que atende aos interesses financeiros internacionais, os
petroleiros também têm o direito de ir à greve para defender o desmonte
da empresa e a perda de direitos trabalhistas contidos na primeira
proposta de acordo coletivo apresentada pela Petrobrás.
Misturando
lé com cré, O Globo afirma que o modelo de concessão é “exitoso” e que a
Lei da Partilha do pré-sal é “irrealista” e que isto levou à estagnação
da produção da Petrobrás na faixa de 2,8 milhões de barris de
petróleo/dia. Esquece-se o jornalão que, só o pré-sal é responsável, em
apenas sete anos de desenvolvimento, por 1 milhão destes barris.
A pauta
que a categoria petroleira apresenta à sociedade visa o fortalecimento
da Petrobrás como empresa integrada de energia, garantindo a soberania
do Brasil e dos brasileiros sobre as riquezas do pré-sal e outras por
descobrir. Para isto, é preciso, sim, pôr fim aos desmandos do governo e
o combate sistemático à corrupção, mas blindando a empresa de ataques
constantes a sua capacidade operacional ou financeira.
Não,
Globo, a Petrobrás não está á beira do precipício. Vive um momento de
crise, fruto da corrupção apontada na Lava Jato, associado à manipulada
queda dos preços internacionais do petróleo. Mesmas dificuldades
enfrentadas pelas outras grandes petroleiras.
O que
está à beira do precipício é o jornalismo descompromissado com a verdade
e o contraditório. Propagador de mentiras e profeta do caos. Não basta
admitir um erro na primeira página para apagar a mentira da manchete do
mês anterior.

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