terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

POLÍTICA - Aécio Never e a lista de Furnas.



Aécio Neves é citado por Roberto Jefferson na ‘Lista de Furnas’


O Sr. Roberto Jefferson é o mesmo que delatou o chamado mensalão do PT.
Será que a justiça vai continuar agindo com dois pesos e duas medidas e que o pau só dá em Chico?


http://aposentadoinvocado1.blogspot.com.br/2016/02/aecio-neves-e-citado-por-roberto.html

Aécio Neves é citado por Roberto Jefferson na ‘Lista de Furnas’. No jornal Correio do Brasil.

Aécio Neves é citado por Roberto Jefferson na ‘Lista de Furnas’

A corrupção em Furnas, da qual faria parte o ex-candidato tucano à Presidência da República Aécio Neves, consta também das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Moura, na Operação Lava Jato

Por Redação – do Rio de Janeiro
Com a saúde débil, mas em pleno uso de suas faculdades mentais, o presidente de honra do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, voltou a denunciar nesta segunda-feira que, em supostas negociações com o então ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, foi negociado um pagamento mensal de R$ 1 milhão para o PTB nacional. Os recursos, segundo reafirmou, seriam provenientes do esquema de corrupção e desvios de recursos por meio de empresas contratadas por Furnas Centrais Elétricas, logo após a primeira vitória, nas urnas, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2002 e 2004.
Líder nacional do PSDB, o senador Aécio Neves foi, novamente, citado como beneficiário de um esquema de corrupção em Furnas
Líder nacional do PSDB, o senador Aécio Neves foi, novamente, citado como beneficiário de um esquema de corrupção em Furnas
A transferência daqueles recursos ao PTB, segundo Jefferson, selaria a desistência do partido na indicação para a diretoria de Engenharia de Furnas, em substituição a Dimas Toledo, indicado para o cargo no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, segundo Jefferson, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamava da aproximação de Dimas com o então governador de Minas gerais, Aécio Neves (PSDB).

Em recente entrevista a jornalistas, Jefferson reafirmou que Dirceu o havia informado que R$ 3 milhões, por mês, gerados a partir de contratos fraudulentos entre empreiteiras e a estatal eram repassados a partidos, líderes políticos e funcionários da estatal. Um acordo, na época, teria sido firmado para que o PTB recebesse R$ 1 milhão do esquema antes destinado ao PT.

— Eu disse ‘para mim está bom, sem briga, está fechado’. Dimas foi lá em casa, fechou esse acordo comigo — confessa o ex-deputado.

Aécio citado

Embora o escândalo tenha completado sua primeira década, a Polícia Civil do Rio ainda não apresentou qualquer conclusão ao Ministério Público do Estado. Inicialmente atribuição da Justiça Federal, a ação passou para a Justiça do Estado do Rio após a apresentação pelo Ministério Público Federal de denúncia contra 11 acusados, entre empresários, lobistas, dirigentes e funcionários da estatal vinculada ao sistema Eletrobrás.

O envio do processo ao Judiciário fluminense ocorreu em 26 de março de 2012, por determinação do juízo federal. Conhecido, então, como “lista de Furnas”, o escândalo que envolve políticos supostamente beneficiados com dinheiro desviado da estatal com sede no Rio foi para as gavetas do Judiciário. A corrupção em Furnas, da qual faria parte o ex-candidato tucano à Presidência da República Aécio Neves, consta também das delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Moura, na Operação Lava Jato. Ambos apontam o senador mineiro como beneficiário do dinheiro sujo. Aécio nega (só mesmo óleo de peroba na cara).

Os documentos do MPF foram enviados à Justiça Estadual e ao Ministério Público Estadual dois meses após a procuradora da República Andréa Bayão ter denunciado 11 pessoas à 2.ª Vara Federal Criminal do Rio, em 25 de janeiro de 2012, entre elas o ex-diretor Dimas Toledo, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e o lobista Nilton Monteiro. O juiz Roberto Dantes de Paula, da Justiça Federal no Rio, entendeu que a análise da denúncia competia à Justiça estadual, pelo fato de Furnas ser uma empresa de capital misto, e o processo foi transferido ao Fórum do Rio de Janeiro, onde permanece até o fechamento dessa reportagem, sem novidades.

A lista de Jefferson

O processo segue na Delegacia Fazendária do Rio desde 4 de outubro de 2012, mas o inquérito – com 26 caixas de documentos – ainda não foi remetido ao MPE. A delegada Renata Araújo disse a repórteres que aguarda um depoimento, provavelmente em março, para finalizar a investigação. O procurador-geral de Justiça no Estado, Marfan Martins Vieira, não respondeu à reportagem quanto à demora nas investigações.

O desvio de recursos públicos, conforme o MPF, ocorreu na contratação de empresas para realizar obras nas Usinas Termoelétricas de São Gonçalo e de Campos (RJ) e para prestar serviço de assessoria técnica à Furnas. Os valores desviados – R$ 54,9 milhões, segundo o MPF – seriam usados para abastecer campanhas eleitorais.

A Procuradoria-Geral da República, responsável pela denúncia de políticos com foro privilegiado, ainda não informou se a apuração iniciada pelo MPF no Rio teve continuidade. O Supremo Tribunal Federal não confirmou se há processo em tramitação neste caso.

Já o ex-deputado petebista, que consta como um dos investigados na ‘Lista de Furnas’, em sua entrevista, lembrou que Dirceu teria reclamado com ele pelo fato de não ter atuado na defesa de Dimas, razão pela qual chegaram a discutir quase às vias de fato. A briga gerou a Ação Penal 470, conhecido como o ‘escândalo do mensalão’. Dirceu, segundo Jefferson, teria tido sua vingança ao envolvê-lo no esquema de corrupção nos Correios, que eclodiu em maio de 2005, com a retaliação que se seguiu, na qual Jefferson apontou o líder petista de comandar o ‘mensalão’.


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