segunda-feira, 10 de junho de 2019

POLÍTICA - Imprensa internacional repercute o "Morogate".


Imprensa internacional repercute que Moro e Dallagnol agiram com fins eleitoreiros

Imprensa internacional repercute que Sergio Moro e Deltan Dallagnol agiram com objetivo eleitoreiro. Conversas vazadas ganham destaque nos principais jornais do mundo

A imprensa internacional repercute a manipulação da Lava-Jato com fins eleitoreiros para incriminar um grupo político em específico no Brasil. As conversas foram vazadas em três reportagens publicadas pelo The Intercept.
O francês Le Monde pergunta: “e se o grande escândalo de corrupção da história do Brasil tivesse sido manipulado?”. O periódico também destaca as revelações de conspiração para impedir que Lula chegasse à presidência.
“Brasil: juízes teriam conspirado para impedir volta de Lula”, diz o jornal francês Libération.Logo cedo, o Le Point, também da França, publicava: “Brasil, Lava Jato, investigação para impedir o retorno de Lula ao poder”.
“Reviravolta no caso Lula”, publicou o suíço Tribune de Genève. “Os responsáveis da operação Lava-Jato conspiraram para impedir o retorno do ex-presidente de esquerda Lula ao poder no ano passado”, escreveu o jornal.
O jornal suíço destaca ainda que “outras mensagens revelam também que os procuradores tinham ‘sérias dúvidas sobre as provas suficientes para a culpabilidade de Lula’ no caso de obtenção de um triplex como propina”.
O periódico observa que a condenação impediu Lula, “favorito das intenções de voto na época, de se candidatar às eleições presidenciais outubro passado” e que ele “não parou de clamar sua inocência e de se dizer vítima de uma conspiração política destinada à impedi-lo de se candidatar a um terceiro mandato, depois de 2003 e 2010”.
Ainda na Suíça, o Le Temps fala em “reviravolta no Caso Lula” em sua manchete, com um texto que conta como “autoridades das investigações anti corrupção da Lava Jato manobraram para impedir o retorno do ex-presidente Lula ao poder no ano passado, em reportagem baseada em vazamentos potencialmente explosivos”.
La Vanguardia, de Barcelona, diz em sua página principal que “procuradores brasileiros não tinham provas contra Lula”, no que descreveu como “conspiração para impedir a volta do PT ao poder”.
A publicação repercutiu que, “em plena campanha eleitoral, os procuradores da mega investigação que haviam conseguido seu objetivo de prender Lula se sentiam preocupados”. Destacou: “Ando muito preocupado com uma possível volta do PT mas rezei muito para que Deus ilumine nossa população e que um milagre nós salve’, disse um procurador”.
“Investigação jornalística põe em dúvida a imparcialidade da operação Lava Jato”, publicou o El País. O jornal espanhol diz que uma “extensa reportagem” do The Intercept “indica que o juiz mantinha conversas privadas com o procurador durante a investigação que mandou Lula à prisão”, o que o El País explica ser “algo proibido pela Constituição e pelo Código Penal brasileiro”.
“Moro combinou estratégias com Ministério Público contra Lula”, afirma o Diário de Notícias, de Portugal, em sua página principal. O periódico de Portugal chama a atenção para o fato de que “numa das trocas, o ex-juiz discorda até da tentativa do MPF de adiar um depoimento de Lula”.
Outro meio que colocou o escândalo em destaque em sua página principal foi o portal russo RT. O periódico relata as “discussões internas e atitudes altamente controversas, politizadas e legalmente duvidosas da equipe de trabalho de Lava Jato”.
No México, o La Jornada publicou que “os promotores brasileiros ligados à Operação Lava Jato, liderados Deltan Dallagnoll, falaram abertamente sobre seu desejo de evitar que o Partido dos Trabajadores (PT) ganhasse a eleição presidencial de 2018”.
O jornal argentino Página/12 chamou o caso de “Brasilgate”. “Se, até agora, Moro e Dallagnol puderam manter o segredo sobre como armaram o complô judicial, ele começa a rachar com os dados revelados pelo Intercept. (…) Os materiais contêm pistas de que os fiscais da força-tarefa falavam abertamente de seu objetivo de frear um triunfo do PT nas eleições de outubro de 2018”, afirma o periódico.

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