sexta-feira, 1 de novembro de 2019

POLÍTICA - História muito mal contada.

 A Rede Globo está colhendo o que plantou, está provando do seu veneno e está arriscada a ser devorada pela serpente fascista que ajudou a criar.
Só espero que o capitão não mande matar jornalista como fez o príncipe saudita que Bolsonaro o considerou como um irmão,  na sua recente visita à Arábia Saudita, uma das ditaduras amigas dos Estados Unidos, e que por ser amiga, não é chamada de ditadura.
 A Globo, com sua militância e facciosismo vergonhoso contra o PT, (só nos últimos 5 anos foram mais de 200 horas de Jornal Nacional, detonando o PT e principalmente o Lula), facilitou o enfraquecimento das instituições democráticas (alguma novidade?), ao fazer vista grossa às arbitrariedades e ilegalidades praticadas pela lava jato, agora confirmadas pelas revelações do Intercept e nesse momento, baixa a crista para as sinistras forças da extrema-direita que ajudou a sair das trevas na sua obsessão contra as forças populares, como sempre fez ao longo da sua história, para atuar na claridade do planalto central brasileiro.
Ajudou a chocar o ovo da serpente fascista e agora não adianta reclamar.
Está arriscada a ser devorada por ela.
Bolsonaro deve muito sua eleição à Globo, na medida em que a dobradinha Moro/Globo, com os ilegais vazamentos seletivos que começaram desde o início da lava jato, levaram grande parte da população brasileira que segue a Globo,  a acreditar que o Lula é o  chefão da quadrilha e que todos os males do país devem ser creditados ao PT.
Esse pessoal parece ignorar ou foi levado a ignorar que Lula mora no mesmo apartamento desde os tempos de líder sindical.
 Que apesar de ter sua vida pessoal e de sua família revirada de cabeça para baixo nesses últimos anos, não foi encontrado nenhum sinal exterior de riqueza, nenhuma conta no exterior, nenhuma mala com dinheiro, nenhum cheque, enfim, nenhuma prova concreta, ao contrário dos Aécios Neves da vida, para quem o que não faltam são provas e estão todos soltos rindo dos petistas.
Foi condenado com base em "fato indeterminado" e em "convicções", por causa de um apartamento merreca no Guarujá que nunca foi dele e no qual nunca dormiu pelo menos uma noite.
Foi condenado com base em delações, onde os delatores sabiam que bastava envolver o nome do Lula, que teriam suas penas reduzidas e iam para casa, levando ainda algum "troco".
O mauricinho Dallagnol, por exemplo,  disse que não tinha provas, mas "convicções". 
Tudo para tirar o Lula das eleições, que todas as pesquisas apontavam, que ganharia no primeiro turno.
Tornaram o Lula um preso político, não admitem que a Constituição seja cumprida e ele solto, e o pior, se borram de medo que o ex presidente possa voltar para os braços do povo, que o adora,  e volte a percorrer o país que ele conhece como ninguém, com suas famosas caravanas, onde as demandas populares são ouvidas.
Não foi por acaso que Lula deixou o governo com quase 90% de aprovação.
 Voltando ao caso Marielle, o público que segue a pauta da Globo,  não sabe o que está rolando à vera nos subterrâneos dos altos escalões com relação à morte de Marielle.
 A Globo fez o jogo de alguma ala dos podres poderes e recebeu  como troco a ameaça de cassação de sua licença por parte do eterno candidato a ditador.
 Foi uma chantagem, uma ameaça explícita sem qualquer pudor do Bolsonaro.
A concessão da Globo termina em 2022 e não seria surpresa se ela seguisse o caminho do Hugo Chaves, que esperou o fim da concessão da TV que apoiou o golpe frustado contra ele, e simplesmente não renovou a concessão ao seu final.
 Feito uma cadela espancada, a outrora poderosa emissora carioca enfiou o rabo entre as pernas, covardemente.
Só falta pedir desculpas, assim como o fez com relação ao seu apoio à ditadura militar que durou 21 anos.
 E os fâmulos da família Marinho vocalizaram uma defesa bisonha e vexatória.
 Tudo que está rolando por aí não é notícia, é jogo de interesses encobertos.
 O rolo já botou na dança o STF, a Procuradoria Geral da República, o Ministério da Justiça, a PF, a família Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, as promotoras do caso, uma delas bolsonarista de carteirinha, o diabo a quatro.
De repente, mais do que de repente, o Dr. Moro virou advogado do capitão e o novo procurar geral da república, engavetador mór, como nos tempos do ínclito FHC.
Aliás, será que a promotora bolsominion que tirou fotos com o deputado que partiu a placa com o nome da Marielle, vai se julgar incapaz de continuar no caso?
Duvido!
Rapidinho culparam o porteiro, coitado, que agora está ferrado.

 Em seu vídeo exaltado, Bolsonaro contou ter sabido (há mais de 20 dias!) do depoimento do porteiro pelo próprio governador fluminense, pretenso candidato a presidente em 2022 e interessado em destruir sua (dele, Bolsonaro) imagem pública.
 É briga de cachorro grande.
 E, como se diz, tudo pode acontecer, inclusive nada.
  Nesse imbróglio todo, não me sai da cabeça a situação do porteiro do condomínio de luxo na Barra da Tijuca, até o momento mantido no anonimato (algo muito perigoso, nessas situações em que os milicianos amigos do clã bolsonaro estão envolvidos).
 É inimaginável a pressão que esse cidadão está sofrendo, conhecendo-se o poder de intimidação e a truculência de muitos dos atores desse drama político.
 Na briga do rochedo com o mar, ele está no papel do marisco anônimo, pobre e lascado.
Vai perder o emprego e ainda foi ameaçado de ser enquadrado na famigerada Lei de Segurança Nacional, dos tempos da ditadura.
Por falar em ditadura, o filhinho do capitão está com saudades do famigerado AI -5, o golpe dentro do golpe.
Deveria ser cassado por isso. Será que não basta o papai viver elogiando as ditaduras e os ditadores?
Agora mesmo o Bolsonaro foi prestigiar a ditadura saudita e elogiar o príncipe que mandou executar um jornalista opositor em plena Turquia.
Para terminar, essa história do porteiro está muito mal contada. 
A troco de quê, ele iria mentir, arriscando a ser desmascarado e, no mínimo, perder seu emprego?

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