“Venceremos pela negligência criminosa do pior governo da história”, diz Rafael Correa
06/02/2021Caso o favoritismo de Andrés Arauz, aliado do ex-presidente do Equador, seja confirmado na eleição presidencial no domingo, a esquerda ganhará mais força na América Latina

Eleição no Equador neste domingo tem como favorita a chapa Andrés Arauz e Carlos Rabascall, sob o slogan ‘Binômio da União pela Esperança’, do movimento liderado pelo ex-presidente Rafael Correa.
Com chances reais de vitória já no primeiro turno, apesar do alto número de indecisos, e caso isso se confirme, a esquerda na América Latina será fortalecida por um novo governo que será orquestrado pela batuta do ex-presidente equatoriano, que também foi perseguido como Lula aqui no Brasil.
Na Argentina, aconteceu no final de 2019, com a ex-presidente, e atual vice-presidente, Cristina Kirchner, garantindo a vitória de Alberto Ferández. Na Bolívia, o MAS (Movimento ao Socialismo), do ex-presidente Evo Morales, também golpeado, recuperou a cadeira no Palácio Quemado – sede do governo, com a eleição de Luis Arce.
Andrés Arauz, candidato presidencial do Equador pela UNES (União pela Esperança), promete governar com o povo e para o povo, especialmente em favor dos mais atingidos pela crise econômica nacional causada pela pandemia.
Parte da proposta da UNES, uma força progressista composta por dezenas de organizações sociais e políticas, incluindo Revolución Ciudadana, liderada pelo ex-presidente Rafael Correa, reside na reativação das finanças do Estado, impulsionando a criação de empregos e melhorando a educação e o atendimento à saúde.

Para isso, Arauz, 36 anos, economista de profissão, pede um Estado com uma única prioridade: o bem-estar das famílias equatorianas.
O presidente esperançoso, que poderia se tornar o chefe de Estado mais jovem da história do Equador, já ocupou cargos governamentais na administração de Correa, conhecida como a ‘Década Ganada’, por suas conquistas políticas, sociais e econômicas.
De 2015 a 2017 ocupou o cargo de Ministro do Conhecimento e do Talento Humano, e durante esse último ano serviu um breve período à frente da pasta de Cultura e Patrimônio.
Como pesquisador, participou de grupos de trabalho do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, do Banco Central do Equador e das entidades da Universidade de Michigan: Gerald Ford School of Public Policy e Institute for Social Research.
Junto com o comunicador Carlos Rabascall, Arauz aposta em um programa governamental que propõe fontes de trabalho decente, acesso à seguridade social, investimento em obras como pontes, estradas, hospitais e escolas, planos de educação de qualidade em todos os níveis, incluindo o ensino superior, universal e gratuito.
‘Minha proposta é ir adiante, acrescentando, multiplicando (…) Minha proposta é reconstruir o Equador que todos nós merecemos’, disse ele na apresentação oficial de sua campanha eleitoral.
Para isso, o plano se concentra em garantir justiça democrática, participativa e deliberativa, produtiva e econômica, intergeracional, plurinacional e intercultural, para a vida e sua reprodução, transição ecológica e energética, igualitária para as mulheres e grupos excluídos, digital e nova economia, cognitiva, justa e imparcial.
Em resumo, a oferta aos cidadãos é trabalho, futuro e dignidade, a partir da construção coletiva em uma nação marcada por uma grave crise econômica e sanitária, pelo impacto do Covid-19, exacerbada pelo que considera más decisões do executivo liderado por Lenín Moreno.
Numerosos grupos de mulheres, estudantes, operárias, camponesas e indígenas apoiam o chamado Binômio de la Esperanza, Arauz-Rabascall.
Assista a trecho do discurso de Rafael Correa nas redes sociais, quando afirma que o Equador hoje vive o pior governo de sua história, que tem como um dos motivos a negligência na administração da crise de saúde devido ao cronavírus:
Nenhum comentário:
Postar um comentário