quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Espaço Literário Marcel Proust

 Espaço Literário Marcel Proust. <crussoj@uol.com.br>

Qui, 06/01/2022 17:42
A imortal Frida Khalo nasceu em tempos de revoltas camponesas contra a fome e o latifúndio. Já sua juventude e maturidade coincidiriam com a grande crise norte-americana de 1929, o que ensejou o retorno do México à democracia sob a liderança de Cárdenas, assim como aos anos de ouro da Cidade do México.
Tempo de liberdade e descobertas, em que a criatividade e a fama de artistas como Diego Rivera, Frida Khalo, Orosco, Siqueiros e Tina Modotti percorriam todo o mundo! Ao mesmo tempo, uma pungente indústria cinematográfica criava figuras que se tornaram legendárias, tais quais Cantinflas, Dolores del Rio e Maria Félix.A magnífica Ciudad de Mexico, a “Paris das Américas” nos anos 1950, estava muito longe de ser a megalópole poluída, cercada por gangues envolvidas com o narcotráfico, mergulhada na pobreza e na violência dos dias de hoje.O dia 2 de junho de 1954 era frio e úmido. Frida, consumida pela pneumonia que a conduziria à morte, em uma cadeira de rodas empurrada pelo marido, Diego Rivera, fizera questão de participar da enorme manifestação organizada no México contra o golpe dado no presidente eleito democraticamente na Guatemala, Arbenz, conduzido pela CIA americana.Durante quatro horas, Khalo juntou-se aos gritos da multidão “fuera gringos asesinos!”, erguendo as mãos com anéis faiscantes. Na esquerda, um cartaz com uma pomba da paz, na direita o punho erguido.Exatamente dois meses após, um médico argentino, especialista em doenças alérgicas e que era voluntário na Guatemala democrática, cruzava fugitivo com sua companheira a fronteira mexicana. Seu nome: Ernesto Guevara. Coincidentemente, a época dourada mexicana principiava seu final.Convidamos à leitura de nosso ensaio em:www.proust.com.br/blog
Carlos Russo Jr.Espaço Literário Marcel Proust.

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