Campos provavelmente terá que olhar para 2018 ou 2022
A mais importante conclusão da nova pesquisa Datafolha
é algo que já se sabia antes dela: a dupla Eduardo Campos e Marina
Silva só faz sentido se ela for candidata à presidência e ele for
qualquer outra coisa.
Como
mostra a pesquisa, Dilma leva já no primeiro turno caso seus rivais
sejam Aécio e Campos. Falta um ano, é verdade. Mas as chances de que as
coisas mudem – com o trio Dilma, Aécio e Campos – são, definitivamente,
escassas.
Com
Marina no topo da chapa do PSB, como era amplamente sabido e o
Datafolha confirma, o cenário fica mais indefinido. Primeiro, pode haver
segundo turno. Depois, se realmente o houver, Marina iria para a grande
final com muito mais chances do que Serra em 2010.
É muito “se”, é verdade. Mas o tabuleiro político vai se montar, aos poucos, em cima disso mesmo, os “ses”.
A
ambição de Eduardo Campos de ser candidato a presidente em 2014
dificilmente resistirá a mais algumas pesquisas que apontem a mesma
coisa do último Datafolha. Ele provavelmente terá que olhar para mais
longe, 2018 ou mesmo 2022.
A
polarização está posta: Dilma e Marina. O PSDB despede-se, em 2014, do
papel de cabeça da oposição, qualquer que seja seu candidato. Aécio só
avançará com um milagre, e Serra nem com isso: quatro entre dez
eleitores o rejeitam, mostrou o Datafolha.
No
campo das incógnitas, a mais fascinante reside no PT. Dilma é favorita a
um segundo mandato, por ora. Aliás: amplamente favorita. Mas e se nos
movimentos das peças se consolidar a candidatura de Marina? E se, isso
acontecendo, as pesquisas apontarem equilíbrio entre Dilma e ela num
eventual segundo turno?
Bem,
aí o nome de Lula será cada vez mais murmurado. Repito: é muito “se”.
Mas os “ses” costumam influir cada vez mais nas decisões capitais à
medida que a distância para as eleições vai encurtando.
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