quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Altamiro Borges: A vitória de Lula sobre Moro

Altamiro Borges: A vitória de Lula sobre Moro: Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior : A Operação Lava Jato, anunciou O Globo, está em seus momentos finais. É “consenso no ga...

Altamiro Borges: Eleições 2018: A nuvem, o jabuti

Altamiro Borges: Eleições 2018: A nuvem, o jabuti: Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil : O STF não concluiu ontem o julgamento que ainda pode transformar o candidato Jair Bolsonaro em r...

Altamiro Borges: Vivemos na ditadura dos bancos, diz Harvey

Altamiro Borges: Vivemos na ditadura dos bancos, diz Harvey: Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia : “O papel dos bancos mudou. Adam Smith pensava que os bancos existiam para se...

terça-feira, 28 de agosto de 2018

DIRCEU: AGONIA DA ABRIL SIMBOLIZA A HIPOCRISIA DA IMPRENSA BRASILEIRA

Bob Fernandes/Mídia estrangeira relata xenofobia no Brasil... E o ódio, ...

POLÍTICA - Mauricinho mór da Globo mostrou toda sua prepotência e foi detonado nas redes sociais.

Entrevista de Ciro Gomes vira debate com William Bonner no Jornal Nacional

Entrevista de Ciro Gomes vira debate com William Bonner no Jornal Nacional

Era para ser a primeira entrevista da série com os presidenciáveis no Jornal Nacional, na noite de segunda-feira, mas virou um debate entre Ciro Gomes e William Bonner.
Como nos debates entre candidatos, Bonner tinha um roteiro de perguntas para fustigar o concorrente como se ele também fosse um presidenciável.
Na verdade, não eram perguntas, mas interpelações, em que o ancora nem esperava as respostas, e já cortava aquele que deveria ser o entrevistado.
Se fosse um debate entre candidatos, Bonner seria advertido pelo moderador, mas Renata Vasconcelos não fez este papel.
Ao contrário, os dois apresentadores se alternavam para não deixar Ciro respirar.
Falaram mais do que o candidato, mas Ciro não caiu na arapuca armada pela produção do programa.
Manteve-se sereno, afirmativo e sorridente o tempo todo.
Em outros tempos, pelo que conheço dele, teria partido para cima de Bonner no tapa e o chamado para brigar na rua.
Tentaram jogar Ciro contra Carlos Lupi, o presidente do seu partido, Kátia Abreu, a sua vice e, claro, o ex-presidente Lula.
Ciro defendeu Lupi e Kátia, e desmontou os dois apresentadores ao falar de Lula, sem que o conseguissem interromper:
“Lula não é satanás como a imprensa pensa, e não é um santo como parte do PT acha. Eu conheço Lula há 30 anos, tive a honra de trabalhar com ele, e ele fez muita coisa boa para o Brasil. Eu faço essa menção: Lula foi um bom presidente pro Brasil e o povo sabe disso. Não devemos comemorar o fato de o maior líder político do Brasil estar preso”.
Como o substituto de Lula, Fernando Haddad, não foi convidado, certamente esta foi a primeira e última vez que alguém defendeu Lula no Jornal Nacional.
Ciro ficou no ar por longos 27 minutos, uma enormidade de tempo para quem só vai ter 38 segundos no programa eleitoral do PDT, e aproveitou para apresentar sua plataforma de governo, quando o deixavam falar.
Defendeu a renegociação das dívidas dos mais de 60 milhões de brasileiros inadimplentes no Serviço de Proteção ao Crédito, com o projeto já batizado de “Nome Limpo”, a reindustrialização do país e explicou didaticamente como pretende fazer o Brasil voltar a crescer.
Com certeza, Ciro somou pontos ao final do debate com os jornalistas globais e sua participação foi comemorada nas redes sociais como se tivesse acabado de ganhar por 7 a 1.
“Arrogante, prepotente e mal educado” foram algumas das expressões usadas pelos internautas ao comentar a acusação de William Bonner de que o presidente do PDT é réu num processo sobre improbidade administrativa.
Foi aí que surgiu a maior polêmica quando Ciro defendeu Carlos Lupi com a veemência habitual:
“Lupi tem a minha confiança cega, absolutamente cega, é um homem de bem. Réu, com certeza, ele não é”.
Bonner esperou a entrevista acabar para voltar ao assunto depois do intervalo, declamando o número do processo aberto para investigar Lupi, por ter voado de carona no avião de uma organização que mantinha convênio com o Ministério do Trabalho, quando ele era ministro.
Não tem jeito: a última palavra sempre tem que ser a da Globo, como já tinha acontecido no final da entrevista com Jair Bolsonaro, semana passada, na Globo News.
E nesta terça-feira é o dia de Bolsonaro debater na bancada do Jornal Nacional.
Resta saber como se comportarão os jornalistas quando chegar a vez de entrevistar os candidatos apoiados pela emissora (Geraldo Alckmin e Marina Silva, pela ordem).
Vida que segue.

A entrevista de Ciro ao Jornal Nacional

Álvaro Dias reclama da TV Globo

Assessor de Ciro massacra Míriam

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

DE REPENTE O POVO NO METRO DO RIO GRITA LULA, LULA!

'Lula deve ser solto porque sua prisão é injusta', diz Gilberto Gil - Portal Vermelho

'Lula deve ser solto porque sua prisão é injusta', diz Gilberto Gil - Portal Vermelho: Em entrevista à Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (27), o cantor e compositor Gilberto Gil afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem o direito de ser candidato e que sua prisão é injusta. Ex-ministro da Cultura de Lula, Gil diz que sente muito pesar pelo que o ex-presidente está passando.

"A Globo sempre viveu de mentiras, mas não vai mais conseguir esconder a...

Giro das 11h: Barroso já defendeu tratados e não pode punir Lula

INQUÉRITO DA UFSC MOSTRA FASCISMO DO MPF

Fórum Onze e Meia | Por que Amoedo e Marina podem tirar Alckmin do 2° turno

PETROBRÁS - Vítima de fake news.

Petrobrás é a maior vítima de fake news da História do Brasil

Foto Tania Rêgo/Agência Brasil

Petrobrás é a maior vítima de fake news da História do Brasil

por Felipe Coutinho e Gilberto Bercovici*

Qual personalidade ou instituição brasileira foi a mais perseguida por meio de mentiras e falácias na história moderna do país?

Certamente houve muita injúria contra Getúlio, Prestes, Jango, JK e Brizola.

Mas quando comparamos a difamação contra à Petrobrás, com seus quase 65 anos de existência, é possível concluir que foi ainda maior, ponderando sua duração e intensidade.

A Petrobrás é um fenômeno, sua história e resultados demonstram a capacidade de realização do povo brasileiro.

Por revelar a nossa capacidade ela é tão admirada e protegida pela maioria dos brasileiros que são imunes às reiteradas falácias e mentiras propaladas pelos porta vozes do interesse antinacional.

Segundo Barbosa Lima Sobrinho: “A Petrobrás, desde a sua criação, foi mais que uma empresa pública. Surgiu como emblema da nacionalidade, a sigla mística que podia abranger e reunir o maior número possível de brasileiros fiéis à sua pátria. Petrobrás era um símbolo que, por si só,

despertava emoções, como se a sua missão fosse a de acender estrelas, para iluminar o céu do futuro do Brasil”.

Pesquisa recente apontou que 70% dos brasileiros são contra a privatização da Petrobrás e 78% são contra o capital estrangeiro na estatal.

Recebeu pedras desde sua criação

Para registrar o contexto histórico basta apresentar trechos dos editoriais publicados em outubro de 1953 no jornal O Estado de S. Paulo.

Comentando o discurso do presidente Getúlio Vargas na cerimônia em que sancionou a Lei Nº 2004, a editoria criticou duramente a criação da Petrobrás e afirmou que o Brasil enfrentaria sérias dificuldades econômicas e não resolveria o problema da falta de petróleo.

A atitude do Executivo e do Legislativo federais em relação ao problema do petróleo denuncia absoluta irresponsabilidade em face dos interesses nacionais. Quanto à urgente necessidade de tudo se fazer com o objetivo de prospectar e explorar as riquezas petrolíferas que o nosso subsolo porventura encerre, a “solução” encontrada foi a da “Petrobrás”, que onerará excessivamente os contribuintes, a ponto de prejudicar a economia nacional, sem nos trazer a menor esperança de resultados positivos. A “Petrobrás” significará um considerável desperdício de dinheiro e de tempo, atestando nossa incapacidade de resolver um dos mais urgentes problemas econômicos nacionais. Além disso, a aprovação e sanção do projeto de lei que cria essa empresa explicam-se menos pela ignorância do que pela sujeição do Executivo e do Legislativo à demagogia e a argumentos eleiçoeiros. Mais de uma vez tivemos o ensejo de registrar e condenar a corresponsabilidade da União Democrática Nacional nessa questão.

Mentiras e falácias atuais

Quem pensa que a Petrobrás está quebrada, que a produção do pré-sal é lenta, que o pré-sal é um mico e não tem valor ou que a exportação de petróleo por multinacionais pode desenvolver o Brasil, está sendo enganado. É vítima da ignorância promovida pelos empresários da comunicação, políticos e executivos à serviço das multinacionais do petróleo e dos bancos.

FAKE #1 – O mito da Petrobrás quebrada

A Petrobrás é a maior e mais importante empresa do país. Embora tenha sido vítima de corrupção sempre esteve muito longe do risco de falência. A estatal é uma grande geradora de caixa. Entre 2012 e 2017, a geração se manteve estável entre 25 e US$ 27 bilhões por ano. Também

neste período manteve enormes reservas em caixa, entre 13,5 e US$ 25 bilhões, superiores as multinacionais estrangeiras.

A capacidade de honrar compromissos de curto prazo sempre foi evidenciada pelo índice de liquidez corrente superior a 1,5.

A dívida da Petrobrás é proporcional às reservas em desenvolvimento do pré-sal e aos investimentos de mais de US$ 250 bilhões, de 2009 a 2014, sendo perfeitamente administrável pela companhia que cresce, tanto na produção, quanto na geração operacional de caixa.

FAKE #2 – O “prejuízo” pelos subsídios ao consumidor entre 2011 e 2014

Não é verdade que a Petrobrás teve prejuízos enquanto adotou preços de combustíveis abaixo do internacional, entre 2011 e 2014, época em que o preço do petróleo se manteve elevado.

Neste período de altos preços do petróleo, os resultados das atividades de refino foram compensados pelos ótimos resultados das atividades de exploração e produção.

No período de 2015 a 2016, com os preços do petróleo mais baixos, os resultados de exploração e produção foram compensados pelos ótimos resultados do refino.

O fato é que o preço de venda dos derivados sempre foi acima dos custos de produção. Assim, a Petrobrás, como empresa integrada e verticalizada, sempre apresentou lucros operacionais em linha com as maiores empresas de petróleo do mundo.

O gráfico abaixo mostra os lucros brutos da Petrobrás no período de 2008 a 2017. Ao contrário do mencionado pelo Diretor-Geral da ANP, entre 2011 a 2014, a Companhia não teve prejuízos.

Os resultados operacionais apresentados foram estáveis ao longo dos últimos anos justamente para garantir a lucratividade da Companhia, mas sem prejudicar os consumidores brasileiros.

FAKE #3 – Os “maus investimentos” e a corrupção superestimados

Os detratores da Petrobrás super dimensionam os prejuízos causados pelos corruptores e corruptos que lesaram a companhia, com o objetivo de justificar a privatização dos seus ativos e do petróleo.

O mito da Petrobrás quebrada foi o pilar ideológico do plano lançado em setembro de 2016, Plano de Negócios e Gestão (PNG 2017/21), que tem como principal objetivo reduzir a alavancagem, antecipadamente, a 2,5 no final de 2018.

O indicador escolhido é obtido pela divisão da “divida liquida” pelo “EBTIDA ajustado” e no plano anterior seria atingido em 2020.

Assim o plano pretende justificar a privatização de US$ 35 bilhões em ativos entre 2016 e 2018.

O mito da Petrobrás quebrada é alimentado pela lenda do endividamento ameaçador.

O endividamento teria sido motivado pela corrupção e por maus investimentos.

Agora ele estaria a ponto de quebrar a Petrobrás e a única alternativa seria privatizar os ativos da estatal a toque de caixa.

Esta falácia é revelada pela estimativa do impacto da corrupção e dos investimentos em ativos ditos improdutivos no endividamento da Petrobrás.

Em síntese, concluímos que do total da dívida existente no final de 2014 (US$ 136,04 bilhões), 4,5% corresponde aos investimentos ditos “improdutivos” e 3,6% corresponde aos efeitos da corrupção.

Ressaltamos que os dois efeitos não podem ser somados porque existem efeitos redundantes pelo impacto da corrupção na “improdutividade” dos ativos.

Assim pôde ser revelada a lenda da origem perversa do endividamento que alimenta o mito da Petrobrás quebrada e suporta ideologicamente o objetivo da privatização fatiada da estatal que é disfarçada pela meta da redução da alavancagem.

FAKE #4 – A incapacidade de investir e de exercer o direito de operação única no pré-sal

A construção da ignorância sobre a Petrobrás, maior vítima histórica das mentiras e falácias (fake news) da História moderna do Brasil serve para convencer a opinião pública que a estatal não é capaz de exercer o direito de ser a operadora única no pré-sal e investir no desenvolvimento da sua produção.

Apesar do crescimento da produção no pré-sal ter ocorrido em tempo recorde, em comparação com o Golfo dos EUA, o Mar do Norte e a própria Bacia de Campos.

A produção no pré-sal já representa cerca de 55% da produção nacional.

FAKE #5 – A necessidade de privatizar ativos, alienar acumulações de petróleo e ceder direitos no pré-sal, como na cessão onerosa, para reduzir alavancagem no curto prazo

Desde 2016 foi demonstrado que a Petrobrás não precisa vender ativos para reduzir seu nível de endividamento.

Ao contrário, na medida em que vende ativos ela reduz sua capacidade de pagamento da dívida no médio prazo e desestrutura sua cadeia produtiva, em prejuízo à geração futura de caixa, além de assumir riscos empresariais desnecessários.

A avaliação mostra o equívoco dessa escolha política e empresarial de alienação de ativos, e revela que ela é desnecessária.

A alternativa proposta preserva a integridade corporativa e sua capacidade de investir na medida do desenvolvimento nacional e em suporte a ele.

Enquanto garante a sustentação financeira, tanto pela redução da dívida, quanto pela preservação da geração de caixa a médio prazo.

O verdadeiro objetivo da atual gestão é a privatização, por partes, dos ativos rentáveis da Petrobrás.

A escolha do indicador de alavancagem, da meta de 2,5 e do prazo de 2018 são arbitrários.

São as consequências da meta de privatização e não o contrário.

Trata-se de uma falácia, de inversão de causa e efeito, que é repetida muitas vezes.

FAKE #6 – A política de preços que teria beneficiado a estatal desde 2016

A política de preços altos e vinculados à variação do preço do petróleo e do câmbio, inaugurada por Parente em 2016, prejudicou tanto a Petrobrás, quanto o consumidor brasileiro.

O diesel caro da estatal encalhou nas refinarias, assim ela perdeu mercado e receita de vendas com a ocupação de até 30% do mercado brasileiro pela cadeia de importação que é multinacional e estrangeira.

Sem conseguir escoar a produção de diesel, as refinarias da Petrobrás precisaram limitar a carga de petróleo e se tornaram ociosas, em até 30%.

Ganharam os refinadores dos EUA, os operadores de logística “traders” estrangeiros e as distribuidoras concorrentes da Petrobrás que operaram, lucrativamente e com baixo risco, na importação de diesel.

Assim como, os produtores de etanol que tomaram o mercado da gasolina cara.

Após a greve dos caminhoneiros, com preços mais baixos para os combustíveis e elevação dos riscos aos importadores, a Petrobrás retomou o mercado doméstico de combustíveis, propiciando custos menores para a população e aumento da lucratividade para Companhia.

O lucro operacional do segmento de refino aumentou de US$ 3,8 Bi no 1T18, para US$ 7,2 Bi no 2T18, um aumento acima de 90% na lucratividade, através de preços menores na refinaria e recuperação do mercado.

Diante da menor competição com produtos importados, o fator de utilização do parque de refino da Petrobrás no Brasil atingiu 81% no segundo trimestre deste ano, o que representa um avanço de 9 pontos porcentuais na comparação com os primeiros três meses do ano e de três

pontos em relação a igual período de 2017.

Por outro lado, o aumento da carga processada nas refinarias reduziu a exportação de petróleo cru.

FAKE #7 – O “monopólio” do refino

Desde a promulgação da Lei nº 9.478/1997, a Petrobrás não é mais a executora única do monopólio da União nas atividades de refino no Brasil.

Existem outras refinarias operando no País, que podem ampliar sua capacidade, e qualquer outra empresa estatal ou privada pode exercer atividades de refino, de acordo com seu apetite de assumir riscos de investimento, assim como a Petrobrás fez, com objetivo de atender ao

crescimento do mercado brasileiro de derivados, desde que autorizada pela União.

Obrigar a Petrobrás a se desfazer de seus ativos em favor de empresas privadas representa uma ação contra a natureza de uma companhia integrada de petróleo, característica dessa indústria que objetiva a mitigação dos riscos da volatilidade do preço do petróleo e do câmbio, por exemplo.

Mas, acima de tudo, é uma agressão à Petrobrás que assumiu riscos ao realizar investimentos de longa maturação, como as refinarias.

Entregar refinarias ao setor privado irá enfraquecer a Petrobrás, em um movimento na contramão da indústria, em um contexto onde as empresas nacionais de petróleo (NOCs) estão se fortalecendo em todo o mundo, inclusive através da expansão da capacidade de refino, a exemplo

dos países da Ásia (China, Índia, Indonésia, Malásia), da Rússia (Rosneft e Gazprom) e do Oriente Médio.

Esse tipo de política proposta pelo DiretorGeral da ANP representa uma ação contra a lógica econômica da indústria de óleo & gás e contra o povo brasileiro.

O mercado brasileiro do refino é aberto e competitivo, faz parte da bacia do Atlântico, como demonstra a recente invasão do mercado pelo diesel produzido nos EUA, resultado dos preços altos de Parente na Petrobrás.

É descabida a exigência de preços internacionais como condição para investimentos no refino.

Ainda mais estranho é o desejo de impedir à ação do Estado Brasileiro no setor.

FAKE #8 – A Petrobrás é uma empresa como outra qualquer

A Petrobrás teve sua criação autorizada pela Lei nº 2.004, de 03 de outubro de 1953, como uma sociedade de economia mista.

No debate recente sobre a Petrobrás, muito se tem dito e escrito sem que se preste atenção no significado concreto da natureza jurídica da Petrobrás como uma sociedade de economia mista.

A sociedade de economia mista é uma espécie de empresa estatal.

De início, basta recordarmos que, segundo o artigo 5º, III do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, a sociedade de economia mista é uma entidade integrante da Administração Pública Indireta, dotada de personalidade jurídica de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, como um instrumento de ação do Estado.

Apesar de sua personalidade de direito privado, a sociedade de economia mista, como qualquer empresa estatal, está submetida a regras especiais decorrentes de sua natureza de integrante da Administração Pública.

Estas regras especiais decorrem de sua criação autorizada por lei, cujo texto excepciona a legislação societária, comercial e civil aplicável às empresas privadas.

Na criação da sociedade de economia mista, autorizada pela via legislativa, o Estado age como Poder Público, não como acionista.

A sua constituição só pode se dar sob a forma de sociedade anônima, devendo o controle acionário majoritário pertencer ao Estado, em qualquer de suas esferas governamentais, pois ela foi criada deliberadamente como um instrumento da ação estatal.

Sob a Constituição de 1988, toda empresa estatal está submetida às regras gerais da Administração Pública (artigo 37 da Constituição), ao controle do Congresso Nacional (artigo 49, X, no caso das empresas estatais pertencentes à União) e do Tribunal de Contas da União (artigo 71, II, III e IV da Constituição, no caso das estatais da esfera federal).

Além disto, o orçamento de investimentos das estatais federais deve estar previsto no orçamento-geral da União (artigo 165, §5º da Constituição de 1988).

As empresas estatais, como a Petrobrás, estão subordinadas às finalidades do Estado, como o desenvolvimento (artigo 3º, II da Constituição).

Neste sentido, é correta a afirmação de que o interesse público é o fundamento, o limite e o critério da iniciativa econômica pública.

A legitimação constitucional, no caso brasileiro, desta iniciativa econômica pública, da qual a sociedade de economia mista Petrobrás constitui um exemplo, se dá pelo cumprimento dos requisitos constitucionais e legais fixados para a sua atuação.

A criação de uma empresa estatal, como uma sociedade de economia mista ou uma empresa pública, já é um ato de política econômica.

Os objetivos das empresas estatais estão fixados por lei, não podendo furtar-se a estes objetivos.

Devem cumpri-los, sob pena de desvio de finalidade. Para isto foram criadas e são mantidas pelo Poder Público.

A sociedade de economia mista é um instrumento de atuação do Estado, devendo estar acima, portanto, dos interesses privados. A Lei das S.A. (Lei nº 6.404, de 17 de dezembro de 1976), se aplica às sociedades de economia mista, desde que seja preservado o interesse público que justifica

sua criação e atuação (artigo 235).

O seu artigo 238 também determina que a finalidade da sociedade de economia mista é atender ao interesse público, que motivou sua criação. A sociedade de economia mista está vinculada aos fins da lei que autoriza a sua instituição, que determina o seu objeto social e destina uma parcela do patrimônio público para aquele fim.

Não pode, portanto, a sociedade de economia mista, por sua própria vontade, utilizar o patrimônio público para atender finalidade diversa da prevista em lei, conforme expressa o artigo 237 da Lei das S.A.

FAKE #9 – A Petrobrás pode alienar ativos como uma empresa privada qualquer

As empresas estatais, sejam sociedades de economia mista ou empresas públicas, são entidades integrantes da Administração Pública Indireta, apesar de dotadas de personalidade jurídica de direito privado.

Toda e qualquer empresa estatal está submetida a regras especiais decorrentes de sua natureza de integrante da Administração Pública. A alienação de bens e ativos de entes da Administração Pública tem por regra, advinda do próprio texto constitucional de 1988, a exigência de licitação.

A licitação é uma imposição constitucional expressa, conforma determinam os artigos 37, XXI e 173, §1º, III da Constituição de 1988.

A legalidade, a isonomia e a impessoalidade são os princípios estruturantes de qualquer licitação pública. Não apenas a Constituição, mas a legislação específica reitera estes princípios, como a Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, dentre outras. A impessoalidade determina, entre outros deveres, o de que a Administração Pública esteja proibida expressamente de discriminar quem quer que seja sem fundamento legal, ou seja, todos devem ser tratados igualmente perante a Administração.

Do mesmo modo, a legislação é explícita ao vedar qualquer tipo de preferência ou distinção sem fundamento no ordenamento jurídico, visando frustrar justamente o caráter competitivo do procedimento licitatório. Afinal, o fundamento da ideia de licitação é o da competição, sem privilégios entre os concorrentes, como possibilidade de acesso de todos e quaisquer agentes econômico capacitados ao certame. No sistema constitucional brasileiro, a licitação, portanto, é a regra e a dispensa de licitação é a exceção.

Empresas e investidores, nacionais ou estrangeiros, que adquiriram, depois do golpe de 2016, recursos do povo brasileiro estão cometendo um crime. Os preços pagos são incompatíveis com o mercado e a situação institucional e política não é exatamente daquelas que inspiram confiança,

muito menos certeza.

O que está ocorrendo com ativos da Petrobrás e outros bens estatais estratégicos deve ser equiparado ao crime de receptação. Afinal, um bem público foi subtraído do patrimônio público de forma ilegal, pois a venda ocorreu sem licitação, e vendido a preço vil.

A empresa compradora obviamente sabe o que está adquirindo e a que preço.

Não há nenhum terceiro de boa-fé envolvido neste tipo de negócio.

Ou seja, todas as vendas de ativos da Petrobrás que foram realizadas nos últimos tempos sem licitação, são nulas.

FAKE #10 – A Petrobrás deve atender aos interesses dos seus acionistas minoritários

As empresas estatais passaram a atuar nas bolsas de valores, incentivadas pelo governo, especialmente após 1976, com a promulgação da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que reforma a legislação sobre mercado de capitais e cria a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e da

Lei nº 6.404/1976, a lei das sociedades anônimas.

Não por acaso, seus papéis respondem ainda pela maior parte das operações realizadas na bolsa, refletindo a ideia de uma gestão “empresarial” que busca maximizar o lucro na empresa estatal.No entanto, o objetivo essencial das sociedades de economia mista, como a Petrobrás, não é a obtenção de lucro, mas a implementação de políticas públicas.

O que legitima a ação do Estado como empresário (a iniciativa econômica pública do artigo 173 da Constituição de 1988) é a produção de bens e serviços que não podem ser obtidos de forma eficiente e justa no regime da exploração econômica privada. Não há nenhum sentido em o Estado procurar receitas por meio da exploração direta da atividade econômica.

A esfera de atuação das sociedades de economia mista é a dos objetivos da política econômica, de estruturação de finalidades maiores, cuja instituição e funcionamento ultrapassam a racionalidade de um único ator individual (como a própria sociedade ou seus acionistas). A empresa estatal em geral, e a sociedade de economia mista em particular, não tem apenas finalidades microeconômicas, ou seja, estritamente “empresariais”, mas tem essencialmente objetivos macroeconômicos a atingir, como instrumento da atuação econômica do Estado.

Conclusão

Um dos mitos mais presentes no imaginário brasileiro é o mito do Brasil como o país que tem um “encontro marcado com o futuro”. Porém, para as elites brasileiras, o futuro só poderia ser a cópia do estilo de vida dos países desenvolvidos, cujo usufruto teria que ser limitado a estas elites,

para que não perdessem sua posição de hegemonia oligárquica no sistema.

A construção da Nação, assim, nunca foi um projeto das elites, nem a integração da população. O seu objetivo limita-se à sua integração subordinada ao mercado internacional.O Brasil, em seu processo de formação econômica, sempre oscilou entre duas grandes tendências e a exploração do pré-sal poderia conduzir o país tanto em uma, como em outra direção.

Uma é a constituição de um sistema econômico nacional, autônomo, com os centros de decisão econômica internalizados e baseado na expansão do mercado interno, em um processo de desenvolvimento vinculado a reformas estruturais. Essa alternativa está sendo destruída pelo governo golpista instaurado em 2016.

A outra consiste no modelo dependente ou associado, com preponderância das empresas multinacionais e do sistema financeiro internacional, dependente financeira e tecnologicamente e vinculado às oscilações externas da economia mundial.

Caso se confirme a tomada do pré-sal pelas multinacionais petroleiras e o esvaziamento da Petrobrás, estaremos com grandes riscos de sermos apenas mais um fornecedor de óleo cru e de matérias primas, sem qualquer perspectiva de desenvolvimento e de integração social.

Seremos apenas mais um Estado rentista, cuja oligarquia vive de parasitar as rendas obtidas com a venda de produtos primários e da superexploração da nossa mão-de-obra.

A destruição da Petrobrás e a entrega do pré-sal interessam a quem?

Ao povo brasileiro ou a uma minoria privilegiada que vive de rendas no mercado financeiro? A resposta a essa pergunta é mais do que óbvia e a defesa da Petrobrás e do controle estatal sobre os nossos recursos petrolíferos é fundamental para o futuro do país como Nação livre e

soberana.

*Respectivamente presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) e professor titular de Direito Econômico e Economia Política da Faculdade de Direito da USP.

Mais um Lulaço: Mercado Municipal de SP pela liberdade de Lula

domingo, 26 de agosto de 2018

POLÍTICA - Os descartáveis.

Os descartáveis

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Raquel Dodge marcou a data do enterro da Força Tarefa da Lava Jato: setembro de 2019.
Natural, a missão está cumprida: criar o fato que permite, mesmo contra a consciência jurídica brasileira e internacional, impedir Lula de disputar a eleição.
Pouco importa que o efeito colateral tenha sido o de arrebentar a economia do Brasil porque feita, como até mesmo registra o Estadão, em editorial, “à custa da destruição das instituições e da prosperidade nacional.”
Dallagnol e companhia não pararam, é verdade, de fazer o  papel – segundo ainda o Estadão – de “profetas de Curitiba”.
Mas a mídia já não os adula, tanto que mal se conhecem  as tais “Novas Medidas Contra a  Corrupção” que  andam apregoando como substitutas das tais “10 medidas contra a corrupção”, com as quais queriam validar provas obtidas ilicitamente e “prender até prova em contrário”.
Os novos Lacerda, com a Lanterna de Diógenes à mão – embora, ao contrário do grego, não morem em um barril vazio, mas gozem de gordo auxílio-moradia, diárias infindas e até comprem apartamentos do “Minha Casa, Minha Vida” para revender – seguem para a cesta de lixo, depois de “feito o serviço”, descartáveis que são.
Nem mesmo a esperança de um cargo de assessores do anunciado Ministro da Justiça de Álvaro Dias, Sérgio Moro, podem manter. Não haverá lugar para eles.

POLÍTICA - A farsa da lava jato.

Editorial do jornal golpista O Estadão sobre a prorrogação da lava jato.
Carlos Augusto de Araujo Doria

Para mim, a lava jato já cumpriu sua verdadeira missão, que era  tirar o Lula das eleições através  de uma condenação ridícula, na qual o triplex é "atribuído" ao ex-presidente. Não há mais necessidade de continuar. Os verdadeiros corruptos, Aécio, Alckmin e outros, para a lava jato, "não vêm" ao caso". Esses dois vão até disputar eleições, enquanto o Lula, líder absoluto, não poderá.

O Estado de S. Paulo critica a operação Lava Jato em editorial deste domingo, 26, afirmando que a operação, prorrogada até 2019 pela procuradora-geral da República até 2019, já foi longe demais; "Ninguém nega que exista corrupção no Brasil e todos querem estancar esse fenômeno. Mas isso não pode ser feito à custa da destruição das instituições e da prosperidade nacional", diz o jornal
26 DE AGOSTO DE 2018 ÀS 11:32 // INSCREVA-SE NA TV 247 Youtube
247 - O jornal O Estado de S. Paulo critica a operação Lava Jato em editorial deste domingo, 26, afirmando que a operação, prorrogada até 2019 pela procuradora-geral da República até 2019, já foi longe demais. 
"Pouco importa que vários dos processos encaminhados pela força-tarefa da Lava Jato contra políticos tenham sido arquivados por falta de provas, pois estavam pendurados apenas em depoimentos de delatores, insuficientes para condenar alguém à cadeia. Quem quer que ouse apontar os exageros da operação, que destroem carreiras políticas a torto e a direito, é desde logo tratado como apóstata", diz o jornal conservador, que chegou a apoiar fortemente a operação. 
"Ninguém nega que exista corrupção no Brasil e todos querem estancar esse fenômeno. Mas isso não pode ser feito à custa da destruição das instituições e da prosperidade nacional", diz o Estado de S. Paulo. 
Leia, abaixo, o editorial na íntegra:
Mais um ano de Lava Jato
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, prorrogou por mais um ano, até setembro de 2019, a força-tarefa da Lava Jato, concentrada em Curitiba. Com isso, a operação irá para seu quinto ano de existência, e nada impede que, ao término desse prazo, haja nova dilação, pois há muito tempo o objeto central das investigações deixou de ser a corrupção na Petrobrás e passou a ser a corrupção dos políticos em geral e dos empreiteiros em particular – e isso faz da Lava Jato uma operação infinita, pois tão certo quanto o raiar do dia é que o casamento de política com empreitada, por melhor que seja, pode produzir filhos espúrios.
A Lava Jato, é sempre bom frisar, tem uma excelente folha de serviços prestados à Nação, ao desvendar o gigantesco esquema de assalto à Petrobrás e ao colocar na cadeia seus principais implicados – inclusive políticos influentes e empresários poderosos, que até então raramente eram punidos por seus crimes. Tudo isso, é claro, mobilizou os cidadãos brasileiros, indignados com a corrupção desbragada revelada pela Lava Jato e, em igual medida, esperançosos de que, finalmente, havia chegado o momento de dar um basta em tudo isso.
Foi sob essa atmosfera que alguns dos principais protagonistas da Lava Jato, julgando-se capazes de depurar a política e expurgá-la dos corruptos, foram muito além do alvo inicial da operação e deflagraram uma ofensiva contra todos os políticos – que, dali em diante, passaram a ser suspeitos de corrupção ao menor vestígio de irregularidade, real ou imaginada.
Vazamentos de depoimentos de delatores à força-tarefa da Lava Jato contribuíram para emparedar os políticos que tivessem o azar de serem citados, mesmo de passagem e sem prova concreta de envolvimento em crimes. Quanto mais políticos eram desmoralizados por esse processo de destruição de reputações, mais a vanguarda da Lava Jato se convencia de que sua missão ia muito além do escândalo na Petrobrás, num processo de radicalização que ganhou aparência de cruzada religiosa.
Não à toa, algumas estrelas da Lava Jato passaram a se considerar autorizadas a ditar o comportamento político nacional, aparentemente partindo do princípio de que a corrupção é o estado natural do País e de sua população – dando ares de verdade à balela segundo a qual a "grande corrupção" começa com a "pequena corrupção" do dia a dia. De acordo com essa visão moralista de mundo, não há saída para o País senão proceder a uma "inquisição" que purifique os brasileiros no fogo redentor da Lava Jato.
Sabemos aonde isso leva – a terra arrasada. A ascensão de aventureiros populistas que se dizem "antissistema" é o primeiro resultado concreto dessa desmoralização da política e da transformação de cada brasileiro em cúmplice em potencial da corrupção – pecado do qual é preciso se penitenciar ajudando a destruir a política, alegada fonte primária de roubalheira.
Pouco importa que vários dos processos encaminhados pela força-tarefa da Lava Jato contra políticos tenham sido arquivados por falta de provas, pois estavam pendurados apenas em depoimentos de delatores, insuficientes para condenar alguém à cadeia. Quem quer que ouse apontar os exageros da operação, que destroem carreiras políticas a torto e a direito, é desde logo tratado como apóstata.
Enquanto isso, os apóstolos da luta contra a corrupção pretendem impor seu evangelho sobre a democracia. Para alguns desses pregadores, a democracia não é prevalência da média das opiniões, medida por critérios que privilegiam a liberdade e empregada com prudência, e sim a imposição da verdade revelada pelos profetas de Curitiba. Assim, se a luta contra a corrupção requerer o atropelo do Estado de Direito, que assim seja. Afinal, se até um intelectual como o ex-chanceler mexicano Jorge Castañeda já defendeu a candidatura presidencial de Lula da Silva porque, para ele, o que importa numa democracia não é o Estado de Direito, e sim a "vontade" dos eleitores do petista, não surpreende que procuradores da República, cuja função é zelar pelo Estado de Direito, imaginem-se dispensados de seguir o que está na lei se isso impedi-los de, como dizem, "sanear" o Brasil. Ninguém nega que exista corrupção no Brasil e todos querem estancar esse fenômeno. Mas isso não pode ser feito à custa da destruição das instituições e da prosperidade nacional.