quinta-feira, 31 de março de 2022

Reinaldo: Bolsonaro, Braga Netto e o apito do cachorro

Por dentro da guerra, com José Arbex e Reginaldo Nasser

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quarta-feira, 30 de março de 2022

Outras Palavras: o pacto Bolsonaro-Adriano Pires

 Colômbia: o possível giro à esquerda. Petrobras: o pacto Bolsonaro-Adriano Pires. As ninhadas do rancor e do ódio. Rio: abrindo a torneira da água-mercadoria

Fake news do regime militar.

 


Filho de Jango impetra habeas corpus contra fake news do regime militar

Em 3 de abril de 1964, 11 integrantes de uma delegação chinesa que estava no Brasil foram presos, sob alegação de que agulhas de acupuntura eram artefatos homicidas e que pipas seriam mísseis direcionados ao assassinato de autoridades. Até hoje o processo sequer prescreveu pela Justiça Militar.

Quase quatro décadas passadas do término do período dos governos militares, ainda não foi encerrado aquele que significou o primeiro grande incidente diplomático da ditadura e que se tratou de uma fake news usada como evidência para justificar o golpe: a prisão, em 3 de abril de 1964, de 11 integrantes de uma delegação chinesa que estava no Brasil, sob alegação de que agulhas de acupuntura eram artefatos homicidas e que pipas seriam mísseis direcionados ao assassinato de autoridades.

Ciente desse fato a partir de informações da Comissão da Verdade, João Vicente Goulart, filho do ex-presidente Jango e que é pré-candidato ao Governo do Distrito Federal pelo PCdoB, impetrou habeas corpus para o pronto encerramento do feito, com a declaração da extinção da punibilidade e a devolução dos recursos retidos.

Na ocasião, foram apreendidos US$ 49.277, 189.022 cruzeiros, 2260 francos suíços,138 libras, 3 rublos e 3 kopekas, que eram destinados à compra de algodão e à realização de uma exposição China-Brasil já autorizada pelo Governo Brasileiro, dando origem ao processo n. 34.582/65.

Condenados em primeira instância, para resolver a questão diplomática, foi a delegação expulsa, sem que seu recurso jamais fosse julgado, estando engavetado até hoje. O dinheiro ainda está à disposição da Justiça e, a rigor, estão válidas as ordens de prisão.

Segundo Victor Neiva, advogado do caso, “é um absurdo que a Justiça Militar não tenha se dignado nem mesmo a pronunciar a prescrição, legitimando que até hoje se reafirme a fake news da suposta ameaça comunista para justificar o tenebroso período de arbítrio que o país viveu por 21 anos, permitindo que viúvas da ditadura ainda nos governem”.

Para João Vicente Goulart, a medida se mostra de extrema importância, uma vez que até hoje é tida pela China como uma questão de honra, sendo consideradas todas as vítimas chinesas do incidente heróis nacionais naquele país. Ainda segundo o autor o “presidente Jango foi quem abriu os laços de amizade, Brasil-China, em sua histórica viagem à China em 1961, quando deu-se a renúncia de Jânio Quadros”, e ainda conclui ressaltando que é “impressionante que, mesmo sendo hoje a China o nosso principal parceiro comercial, não nos dignamos a resolver nossas pendências e conflitos diplomáticos do passado”.

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"Mudar para manter igual"

 

 
Brasil de Fato
 
“Mudar para manter igual”
 
Quarta-feira, 30 de março de 2022
 
 
Sai um general, entra um economista na Presidência da Petrobras. O que isso significa?
Primeiro, vamos aos personagens. Durante os últimos 11 meses, o presidente da estatal foi o general da reserva Joaquim Silva e Luna, que ocupou o posto entre outros motivos para aproximar a Petrobras do núcleo do governo Bolsonaro, que é ligado às Forças Armadas.
Agora quem assume é um economista pró-mercado que presta consultoria para empresas e acredita que elas devem ter mais participação na economia nacional. Ah, e que já defendeu publicamente em entrevistas a privatização da Petrobras.
Adriano Pires é um defensor da política de paridade de preços adotada em 2016, depois do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A PPI é a tão falada paridade com o dólar, que fez com que os preços dos combustíveis ficassem mais suscetíveis a variações no câmbio e a crises externas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia. Aqui a gente explica melhor como isso acontece:
 
 
Bom, com o aumento no preço dos combustíveis que acompanhou a adoção da PPI, veio a insatisfação da população, que viu o preço de tudo aumentar (afinal, o transporte de mantimentos no Brasil é feito principalmente por caminhões). Enquanto isso, a Petrobras bateu recorde de lucro, o que agrada aos acionistas.
Adriano Pires não deve mexer nessa lógica, e é por isso que ele "chega para mudar e não alterar nada", como disse um dos entrevistados para a reportagem que você pode ler aqui. Na verdade, os entrevistados das nossas matérias disseram que ele está sendo colocado nesse posto para intermediar os interesses do mercado e as pretensões eleitorais de Jair Bolsonaro. Com a chegada de Pires, o presidente estaria ao mesmo tempo sinalizando para a sua base que não gosta do preço alto do combustível e mantendo o compromisso com a política que faz o preço subir. 
Assim os acionistas também agiriam pela reeleição de Bolsonaro, já que o ex-presidente Lula já disse que, se eleito, vai “abrasileirar” o preço dos combustíveis, o que poderia ser um risco ao lucro dos investidores.
E é por tudo isso que a Bolsa de São Paulo subiu, como você pode ler aqui. Esse aumento no valor das ações da Petrobras indica que os investidores acreditam que o próximo presidente vai seguir com o plano que prioriza o lucro da empresa e beneficia os acionistas. Ou seja, deve manter a política de preços que segue o dólar. 
Ah, e colaborou bastante também para o ânimo dos investidores a notícia de que Bolsonaro teria prometido a Adriano Pires agir pela privatização da Petrobras caso seja reeleito, que é algo que a entidade "mercado" adora. 
No que depender de Bolsonaro e Adriano Pires, ao que tudo indica, a próxima luta da população vai ter que ser uma reedição de uma lá dos anos 1950. O petróleo vai continuar sendo nosso?
 

A Petrobras é nossa? Engano.

 


A Petrobras é nossa? Engano

Publicado em 29/03/2022Escrito por  Luís NassifLido 490 vezes

luis nassifNa quadra atual de irracionalidade, toda a mídia tem apenas um enfoque: garantir a rentabilidade exorbitante de uma empresa,

cuja maioria do capital já é estrangeiro.

É comovente assistir comentaristas econômicos defendendo o pequeno investidor brasileiro que aplicou na Petrobras. Ele acreditou, pegou sua pequena poupança, aplicou em um fundo. E, agora, será expropriado, com analistas propondo um controle nos lucros extravagantes da empresa.

É relevante notar que há previsão legal, em qualquer sistema jurídico, de controlar ganhos inesperados de determinado setor, devido a fatores externos, extra-operacionais, em detrimento dos consumidores.

Recorre-se, então, à defesa do pequeno acionista.
Vamos a uma análise da composição acionária da Petrobras:

1. A União Federal tem 28,7% do capital da empresa.

2. O segundo grupo é dos investidores estrangeiros englobados pela Resolução 2.689. do Conselho Monetário Nacional, com 24,7%. A resolução permite ao investidor trazer dinheiro de fora e registrar como investimento direto no Banco Central. Desse total, estima-se que 9% seja de investidores brasileiros, e 15,7% de estrangeiros.

3. O terceiro grupo é dos ADRs, papéis negociados na Bolsa de Nova York, com 20,5%. . Somando os dois grupos, são 45,2% do capital total em mãos estrangeiras.

Em relação às ações ordinárias (as que permitem o controle da empresa), o quadro fica assim:

1. União Federal, com 50,3%.

2. ADR Nível 3, com 28%.

3. Estrangeiro, Resolução no 2.689, com 13,7%

Somando as duas contas, são 41,7% em mãos estrangeiras. Bastaria a União se desfazer de 0,4% de suas ações, para perder o controle sobre a empresa.

Todas as análises da mídia passam ao largo de temas relevantes em qualquer país racional: a questão da segurança energética, somando oferta e preço do combustível. Passa ao largo, também, do modelo de empresa petrolífera em países produtores, atuando de forma integrada par minimizar os impactos das cotações internacionais sobre a prospecção.

Finalmente, leva em consideração os impactos da empresa na cadeia produtiva e nas pesquisas tecnológicas do país.

Na quadra atual de irracionalidade, toda a mídia tem apenas um enfoque: garantir a rentabilidade exorbitante de uma empresa, cuja maioria do capital já é estrangeiro.

Fonte: Jornal GGN