Sardenberg, Leitão e o “terremoto mundial”
Por Altamiro Borges
Durante vários meses, os principais urubólogos da mídia difundiram a mentira de que a economia capitalista estava em plena recuperação e de que somente o Brasil rumava para o precipício – por culpa, única e exclusiva, da presidenta Dilma Rousseff. Esta versão cumpria dois objetivos: desgastar politicamente o governo “lulopetista” e forçá-lo a adotar o receituário neoliberal de juros elevados, austeridade fiscal e libertinagem cambial. Agora, porém, não dá mais para manter esta fraude. A economia capitalista está desmoronando e alguns especialistas até já falam em “terremoto mundial”. Qual será a desculpa que Carlos Alberto Sardenberg, Miriam Leitão, Alexandre Schwartsman e tantos outros urubólogos vão dar aos seus ingênuos leitores e telespectadores?
Segundo matéria do Jornal do Brasil deste sábado (13), “a grave crise que atinge os bancos europeus acendeu o sinal de alerta no mundo: para onde vai a economia do planeta? Diversos fatores, interligados, vêm se acumulando em 2016 para minar a confiança dos investidores e a segurança do mercado internacional. A desaceleração econômica da China, país que é o maior consumidor de commodities no mundo, agrava a queda do preço do petróleo, já refém de um mercado saturado, e ecoa do outro lado do planeta, nos Estados Unidos e na Europa, principalmente. No Velho Continente, onde os grandes bancos colecionam ativos de petróleo, o sistema financeiro vive seu momento mais delicado desde a crise de 2008”.
No início da semana passada, os principais bancos europeus registraram baixas superiores a 5%, afundando as bolsas de seus países. “As ações do Deutsche Bank, maior banco comercial alemão, sofreram a maior desvalorização de sua história, -9,5%, e seguiram despencando pela semana, o que torna mesmo a maior economia do continente um alvo de incertezas. Na terça (9) e na quinta-feira (11), as ações bancárias voltaram a afundar, confirmando a tendência negativa para o setor... As ações do sistema financeiro, não só na Europa, mas em todo o mundo, despencam desde o início de 2016. Na Itália, por exemplo, os bancos já caíram 31% até aqui, na Grécia, 60%. O Japão, adotando o juro negativo (-0,1%) desde o fim de janeiro, registrou queda de 36% de suas ações”.
Diante deste cenário tenebroso, o presidente do banco central dos EUA, o Fed, e o governo alemão vieram a público na semana passada para tentar acalmar os ânimos. A tendência, porém, é que a situação econômica se deteriore ainda mais nos próximos meses – atingindo tanto as potencias capitalistas como os chamados países em desenvolvimento. “Se nos Estados Unidos e na Europa – que possuem sólida estrutura nos setores de saúde, educação, saneamento e segurança – uma crise como a que se anuncia alarma autoridades e estremece a relação da população com seus governos, uma crise destas proporções num país sem este grau de desenvolvimento tem um potencial muito mais grave”, observa o Jornal do Brasil, bem mais honesto dos que os urubólogos da mídia.
Em tempo: A Folha tucana parece que agora está assustada com a crise econômica mundial – que antes ela escondia. Em editorial publicado nesta sexta-feira (12), intitulado “Desconfiança global”, o jornal da famiglia Frias finalmente confessa: “Os sinais de desaceleração, que até agora estavam localizados em países emergentes afetados por excesso de dívidas e pela queda nos preços de matérias-primas, começam a surgir também nos EUA e na Europa”. Na prática, a “desconfiança” deveria ser dos leitores com as análises partidarizadas e tendenciosas do veículo ligado ao capital rentista e à oposição irresponsável do Brasil.
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Durante vários meses, os principais urubólogos da mídia difundiram a mentira de que a economia capitalista estava em plena recuperação e de que somente o Brasil rumava para o precipício – por culpa, única e exclusiva, da presidenta Dilma Rousseff. Esta versão cumpria dois objetivos: desgastar politicamente o governo “lulopetista” e forçá-lo a adotar o receituário neoliberal de juros elevados, austeridade fiscal e libertinagem cambial. Agora, porém, não dá mais para manter esta fraude. A economia capitalista está desmoronando e alguns especialistas até já falam em “terremoto mundial”. Qual será a desculpa que Carlos Alberto Sardenberg, Miriam Leitão, Alexandre Schwartsman e tantos outros urubólogos vão dar aos seus ingênuos leitores e telespectadores?
Segundo matéria do Jornal do Brasil deste sábado (13), “a grave crise que atinge os bancos europeus acendeu o sinal de alerta no mundo: para onde vai a economia do planeta? Diversos fatores, interligados, vêm se acumulando em 2016 para minar a confiança dos investidores e a segurança do mercado internacional. A desaceleração econômica da China, país que é o maior consumidor de commodities no mundo, agrava a queda do preço do petróleo, já refém de um mercado saturado, e ecoa do outro lado do planeta, nos Estados Unidos e na Europa, principalmente. No Velho Continente, onde os grandes bancos colecionam ativos de petróleo, o sistema financeiro vive seu momento mais delicado desde a crise de 2008”.
No início da semana passada, os principais bancos europeus registraram baixas superiores a 5%, afundando as bolsas de seus países. “As ações do Deutsche Bank, maior banco comercial alemão, sofreram a maior desvalorização de sua história, -9,5%, e seguiram despencando pela semana, o que torna mesmo a maior economia do continente um alvo de incertezas. Na terça (9) e na quinta-feira (11), as ações bancárias voltaram a afundar, confirmando a tendência negativa para o setor... As ações do sistema financeiro, não só na Europa, mas em todo o mundo, despencam desde o início de 2016. Na Itália, por exemplo, os bancos já caíram 31% até aqui, na Grécia, 60%. O Japão, adotando o juro negativo (-0,1%) desde o fim de janeiro, registrou queda de 36% de suas ações”.
Diante deste cenário tenebroso, o presidente do banco central dos EUA, o Fed, e o governo alemão vieram a público na semana passada para tentar acalmar os ânimos. A tendência, porém, é que a situação econômica se deteriore ainda mais nos próximos meses – atingindo tanto as potencias capitalistas como os chamados países em desenvolvimento. “Se nos Estados Unidos e na Europa – que possuem sólida estrutura nos setores de saúde, educação, saneamento e segurança – uma crise como a que se anuncia alarma autoridades e estremece a relação da população com seus governos, uma crise destas proporções num país sem este grau de desenvolvimento tem um potencial muito mais grave”, observa o Jornal do Brasil, bem mais honesto dos que os urubólogos da mídia.
Em tempo: A Folha tucana parece que agora está assustada com a crise econômica mundial – que antes ela escondia. Em editorial publicado nesta sexta-feira (12), intitulado “Desconfiança global”, o jornal da famiglia Frias finalmente confessa: “Os sinais de desaceleração, que até agora estavam localizados em países emergentes afetados por excesso de dívidas e pela queda nos preços de matérias-primas, começam a surgir também nos EUA e na Europa”. Na prática, a “desconfiança” deveria ser dos leitores com as análises partidarizadas e tendenciosas do veículo ligado ao capital rentista e à oposição irresponsável do Brasil.
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