terça-feira, 9 de março de 2021

O Moro tem que ser julgado. Fachin agiu para evitar que isso aconteça.

 


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Decisão de Fachin interrompe fluxo de mensagens entre defesa de Lula e Lewandowski que desmoralizam Lava Jato


08/03/2021 - 19h12

Da Redação

Uma consequência subsidiária da decisão tomada hoje pelo ministro Edson Fachin é a interrupção do fluxo de mensagens entre a defesa de Lula e o ministro relator do caso da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, Ricardo Lewandowski.

A perícia encomendada pela defesa estava enviando as mensagens capturadas pela Operação Spoofing a conta gotas, causando grande repercussão nas redes sociais e na mídia.

O relatório mais recente tinha 126 páginas.

A defesa de Lula terá o direito de questionar a decisão de Fachin que suspende todas as ações que questionam a imparcialidade de Moro.

A PGR também pode recorrer.

Neste caso, a decisão deveria ser julgada na Segunda Turma do STF, onde o ex-presidente Lula presumivelmente tem maioria de 3 a 2.

Ao tentar enterrar o julgamento da suspeição de Moro, Fachin desvia o foco de crimes e contravenções possivelmente cometidos pela Lava Jato, que tiveram consequências muito além da prisão e afastamento do ex-presidente Lula do processo eleitoral. 

Além de em tese garantir a impunidade de Moro e dos procuradores que atuaram na Lava Jato, Fachin preserva o Ministério Público Federal, cujos métodos vem sendo expostos pelo vazamento das mensagens.

Também adia consequências severas que poderiam advir da revelação detalhada das relações entre autoridades do Brasil, Suiça e Estados Unidos à margem da lei.

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