“Estamos diante de uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta que manda no país há muito tempo”
28/08/2021
O senador e vice-presidente da CPI da Pandemia disse que sua tarefa é civilizatória e histórica. Ele espera que os trabalhos sejam concluídos em setembro, com a produção de um relatório que aponte crimes de responsabilidade, comum e de lesa-humanidade
Em entrevista ao El País, o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Covid, afirmou que “nunca se cometeram tanto crimes como nos últimos anos de Bolsonaro” e acrescentou que está diante de uma tarefa civilizatória histórica. Ele espera que a Comissão no Senado conclua os trabalhos em setembro, com a produção de um relatório que aponte crimes de responsabilidade, comum e de lesa-humanidade. O senador afirmou ao jornal que o país está “diante de uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta que manda no país há muito tempo”
Randolfe reafirmou, na entrevista, que “a eleição de 2014 abriu uma caixa de Pandora e até agora a gente não botou todos os demônios de volta nela … Nós estamos resistindo, nós estamos na luta contra os demônios agora. Vai ser uma tarefa civilizatória histórica, no ano que vem ou ainda este ano, ao final da CPI, tentar começar a colocar os demônios de volta.
“O estrago que eles deixaram aqui vai custar décadas para nós recuperarmos … O cenário ideal seria o impeachment [de Bolsonaro], o afastamento e a responsabilização dos culpados por tudo isso. Nós estamos diante do pior tipo de aliança que a história do Brasil poderia produzir” afirmou o senador”.
“É uma aliança de facínoras com fisiologismo corrupto do baixo clero do Parlamento. A presença na CPI do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros, junto aos esquemas que estão governando é o retrato disso. É uma aliança de facínoras milicianos com uma elite política corrupta que manda no país há muito tempo”, disse.
Randolfe Rodrigues detonou o parlamentar: “Ricardo Barros é o representante da arrogância de uma parte da elite brasileira, da arrogância de uma elite que não saiu da Casa Grande, da arrogância de uma elite que acha que está acima da lei, que está acima de tudo e que é superior”
“Esse pessoal chegou ao núcleo central de poder, que eles nunca tinham tido na história brasileira. Nunca esse tipo de gente tinha chegado ao Governo da República como chegou com Jair Bolsonaro“.
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