Barroso chama de “repetição mambembe dos EUA” tentativa de desacreditar eleições
Presidente do TSE, Barroso voltou a satirizar os gestos de Jair Bolsonaro de desacreditar o resultado das eleições 2022.

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luis Roberto Barroso, voltou a satirizar os gestos de Jair Bolsonaro -sem citá-lo diretamente- de desacreditar o resultado das eleições 2022.
Nesta quinta (17), Barroso disse que as tentativas de não respeitar o resultado das urnas seriam uma “repetição mambembe” do que fez Donald Trump, nos EUA, que estimulou a invasão ao Capitólio após não querer aceitar a sua derrota, em 2021.
Assim como Edson Fachin, que assumirá a Presidência do TSE a partir de amanhã e discursou contra tentativas do governo de não aceitar as eleições, as declarações de Barroso no seu último discurso na cadeira também foram nesse sentido.
“A primeira e a principal missão do TSE e da Justiça Eleitoral é organizar as eleições. Apesar de a atenção maior recair sobre o dia da votação, há uma imensa gama de preparativos que a antecedem”, introduziu.
Ele falou em “vocações autoritárias”: “Aqui no Tribunal Superior Eleitoral procuramos fazer a nossa parte na resistência aos ataques à democracia. Aliás, uma das estratégias das vocações autoritárias em diferentes partes do mundo é procurar desacreditar o processo eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que ‘se eu não ganhar houve fraude’.”
“Trata-se de repetição mambembe do que fez Donald Trump nos Estados Unidos, procurando deslegitimar a vitória inequívocado seu oponentee induzindo multidões a acreditar na mentira. Em reação às estratégias antidemocráticas, o TSE, para além dos pronunciamentos incisivos de seu presidente e outros ministros, tomou uma série de medidas concretas”, continuou.
Em seguida, falou da necessidade de combater as Fake News neste ano eleitoral. “O foco principal da nossa atuação foi não o controle de conteúdo, mas, sobretudo, dos comportamentos coordenados inautênticos, como o uso de perfis falsos ou duplicados, robôs e trolls, gente contratada para amplificar as notícias falsas.”
Ao concluir sua fala, o ministro falou em “tempos difíceis” e disse que “a resistência ao retrocesso do voto impresso” desviou outras pautas importantes, como a paridade de mulheres nos partidos políticos e distribuição do Fundo Eleitoral.
Descreveu, ainda, o momento atual como “momentos de desalento com as fraquezas humanas e com os desvios de rota”.

Nenhum comentário:
Postar um comentário