Esqueçam de tentar convencer a classe média. Quando a professora Marilena Chauí disse a famosa frase "A classe média brasileira é uma aberração", talvez muitos não a tenham compreendido em sua amplitude ou então retiraram apenas a parte mais conveniente, deixando de fora aquela que nos obriga a olhar no próprio espelho.
Dentre as frações da classe média nacional, destacam-se duas que preponderam na sociedade e predominam no debate público:
1- Os nazi-fascistas, racistas, violentos, perversos, doentes, egoístas, apologistas da tortura, psicopatas, loucos, verdadeiras bestas feras que deveriam estar enjauladas mas andam soltas por aí e tem em Jair Bolsonaro a sua imagem e semelhança mais bem acabada.
2- A massa crítica, relativamente politizada, relativamente diplomada, relativamente viajada, relativamente branca, relativamente progressista/ liberal, relativamente pedante, e relativamente chata que adora relativizar absolutamente tudo tentando aparentar uma profundidade intelectual que não tem.
Para alguns, pode ser espantoso o que eu vou falar, mas tenho a mais absoluta certeza que se fizer uma reflexão honesta em seu entorno social, fatalmente, chegará à seguinte conclusão:
Da massa crítica da classe média que responde ideologicamente pelo campo da esquerda, é onde estão presentes majoritariamente aqueles que a gente vive se esgoelando, bota aí desde 2013, pra tentar convencer a ser um pouquinho um menos distraído, um pouquinho menos preguiçoso, um pouquinho menos ligado na Globo, um pouquinho menos influenciado por influenciadores falsamente politizados, um pouquinho menos descolado da realidade da massa pobre trabalhadora, um pouquinho menos bobo-alegre e mais focado no que realmente interessa; por fim, um pouquinho menos golpista!
Agora, faça uma reflexão honesta e diga pra si mesmo o que você conseguiu nesses últimos dez anos, tentando convencer essas pessoas, para além de muita dor de cabeça, decepção, sensação de distanciamento ideológico, muitas vezes até social. Quem está na luta contra esse GOLPE ASQUEROSO, inevitavelmente viveu isso aí. Nadou, nadou, nadou e terminou diante do último abraço coletivo do Boulos no sofá da Paula Lavigne.
Não tem pra onde fugir. Essas pessoas nunca vão mudar, estamos falando de algo estrutural, profundo demais, vale a pena ler Jessé e Chauí pra entender que a aberração da classe média vai além da loucura desenjaulada dos bolosminions e se esparrama também pela praia bacanérrima dos ensolarados.
Por isso eu reforço aqui o que muitos companheiros e companheiros tem dito: esqueçamos de vez essa gente! Não precisam virar inimigos, a não ser que hajam lá como a "cavadora de buraco do GNT", mas fora isso, é melhor deixar pra lá. Danem-se o que questionam, o que não lhes agrada, a 'revolução' que juram que vão fazer, se vão votar ou não em Lula. se vai ser nesse ou naquele turno a depender disso ou daquilo...Danem-se todos e todas!!! A gente está com Lula porque estivemos com a Dilma e estamos juntos desde a covardia que fizeram com Dirceu e Genuíno e acabou. Não tem caô, vamos juntos até o fim.
Enquanto a gente perde tempo com essa meia dúzia de gatos pingados, que faz muito barulho nas redes sociais mas pra nossa sorte é absolutamente desprezível do ponto de vista estatístico, a gente deixa de ir atrás do que interessa que é o voto do povão nas ruas. Como eu tenho dito desde o ano passado, o povo trabalhador nas ruas cada vez mais está com Lula; mas quem bate perna por aí sabe muito bem que muitos ainda tendem para o outro lado.
Aproveito o espaço para conclamar: deixemos a classe média de lado, e vamos ganhar o voto que realmente interessa agora, nas ruas, o tempo todo. Se a gente quer ver mermo Lula presidente do Brasil no primeiro turno, o vira-voto tem começar é já!#VamosJuntos 
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