quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ARGENTINA - Fundos abutres.



Cortaram as asas dos fundos abutres, diz chefe de Gabinete argentino PDF Imprimir E-Mail
       
01 de septiembre de 2015, 15:41Buenos Aires, 1 set (Prensa Latina) Os abutres prederam poder de fogo, considerou hoje o chefe de Gabinete da presidência argentina, Aníbal Fernández, ao avaliar uma decisão da Corte de Apelações de Nova York contrária a esses fundos.
A resolução do tribunal nova-iorquino freou um ditame do juiz Thomas Griesa que pretendia embargar as reservas do Banco Central da Argentina no exterior a favor dos fundos abutre.

Esse veredicto é produto dos recursos propostos pelo Governo Nacional, que "não vai permitir que roubem o dinheiro dos argentinos", reafirmou hoje Fernández ao falar com a imprensa na Casa Rosada.

O servidor público reiterou que a "Argentina paga todo mundo" e criticou a postura de alguns líderes da oposição, como Mauricio Macri, que propuseram pagar esses grupos financeiros e se submeter assim às decisões de Griesa, o que é claramente negativo à soberania nacional.

"Se estes defensores de se ajoelhar tivessem prosperado", os fundos abutre "teriam levado riquezas que correspondem aos argentinos. Não se pode ser grosseiro a ponto de dizer que deveria pagar-se o que Griesa diz; isso teria destroçado o país sem nenhuma necessidade", explicou Fernández.

Desde o ano passado, o Executivo argentino resiste a uma investida dos fundos abutre, cujas demandas foram avaliadas por sucessivas decisões do juiz Griesa. Inclusive, propuseram embargar os bens de empresas estatais argentinas e do Banco Central.

Esses grupos representam cerca de 2% dos detentores de bônus da dívida argentina, enquanto 93% aceitou a reestruturação de 2005 e 2010. Ao redor de 5% está na expectativa do que acontecer no litígio.

Os fundos abutre, como NML Capital e Aurelius, não são credores da Argentina; compraram os bônus da dívida a preços muito baixos de terceiros quando estourou a crise financeira de 2008 e agora exigem de Buenos Aires quantias imensas, incluindo uma acumulação substancial de juros.

Os governos de Néstor Kirchner e Cristina Fernández, que não contraíram essas dívidas que se acumularam desde a última ditadura cívico-militar (1976-1983), procuraram renegociar a dívida, o que conseguiram em 2005 e 2010, e têm cumprido com os compromissos.

Os que propuseram se curvar perante os abutres "estavam rifando o que pertence aos argentinos, permitindo que os bonistas levassem o que não lhes correspondia", insistiu o chefe de ministros.

Além disso, destacou que "para levar adiante este tipo de negociações há que ter estatura de estadista e saber exatamente o que acontece, como faz o Estado argentino e a presidenta da Nação".

Aníbal Fernández, candidato a governador da província de Buenos Aires, qualificou de bem clara e firme, como corresponde aos estadistas responsáveis, as decisões da Presidenta, quem "assegura que não vai pagar e permitir que roubem dinheiro dos argentinos", enfatizou.

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