sábado, 31 de outubro de 2015

POLÍTICA - O inferno astral de Lula.

O inferno astral de Lula no dia em que chega aos 70

  
lula1 O inferno astral de Lula no dia em que chega aos 70
Os velhos companheiros chegaram a planejar uma festa para comemorar seus 70 anos num tradicional restaurante de frango com polenta de São Bernardo do Campo, onde tudo começou, mas o próprio aniversariante mandou cancelar, já na semana passada, por achar que não havia clima para comemorações.
De fato, não há, e o pior ainda estava por acontecer nesta segunda-feira, véspera do aniversário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Logo às 6 da manhã, a Polícia Federal fez uma operação de busca e apreensão nos escritórios do seu filho caçula, Luís Cláudio. Antes do dia acabar, o ex-ministro Gilberto Carvalho, que foi seu fiel chefe de gabinete nos oito anos de governo, teve que prestar depoimento na Polícia Federal. Ambos são investigados na Operação Zelotes.
Dias antes, o próprio Lula passou pelo constrangimento de prestar declarações na Procuradoria da República por conta de investigações da Operação Lava Jato. Amigos e parentes do ex-presidente são denunciados por delatores nas duas operações.  O cerco está se fechando.
Para completar, levantamento Ibope sobre os possíveis candidatos à sucessão presidencial em 2018 mostrou que Lula tem o maior índice de rejeição, com 55%, ao mesmo tempo em que lidera com folga a pesquisa espontânea de intenção de votos, com 23% (ver análise no post anterior).
No dia em que chega aos 70 anos, Lula enfrenta o maior inferno astral da sua vida, cercado por todos os lados, na guerra política sem fim desencadeada durante a última campanha eleitoral. Do céu ao inferno, passaram-se poucos anos, desde que ele deixou o poder, no auge da popularidade, elegendo a sua sucessora.
É muito difícil para mim, vocês podem imaginar, escrever este texto sobre um velho amigo, que conheci ainda na época das greves dos metalúrgicos do ABC, no final dos anos 1970, e acompanhei na sua longa trajetória até o Palácio do Planalto. Não consigo ter o distanciamento necessário que se exige de um repórter. Estou muito triste com tudo isso que está acontecendo, mas na vida a gente colhe o que plantou, de bom ou de ruim, de acordo com as escolhas que fazemos. De nada adianta colocar a culpa nos outros.
"Você tem falado com o Lula?", costumam me perguntar amigos comuns. Não, não nos falamos desde a véspera da eleição do ano passado. Circunstâncias da vida foram aos poucos nos afastando, sem que eu saiba explicar os motivos. Acho que nem teríamos agora muito o que dizer um ao outro. Dizer o quê?
Se eu fosse ele, a esta altura do campeonato, já teria me dedicado mais a preservar a saúde, zelar pela biografia e cuidar da família, mas sei que Lula não pensa assim. Sempre foi um campeão de sobrevivência e, certamente, pelo que conheço dele, vai continuar lutando, enquanto tiver fôrças, para defender seu legado contra tudo e contra todos.
Parabéns, Lula, pelos "setentinha", como disse o velho Chico. Ainda chego lá...
Vida que segue.

Reunião Diretório Nacional 29/10/2015


Clima de guerra criado pela oposição prejudica o país


POLÍTICA - Zelotes andou na direção do Lula.


Zelotes andou na direção de Lula após troca de juízes, e PT ajudou nisso



Jornal GGN - Há alguns meses, o procurador da República Frederico Paiva, que conduz a força-tarefa da Operação Zelotes no Ministério Público Federal, ocupou páginas de jornais reclamando da conduta de um juíz que não despachava na mesma velocidade que Sergio Moro na Lava Jato.
Quando a Zelotes ainda estava no encalço de poderosos grupos econômicos e consultorias que teriam se beneficiado de um esquema de pagamento de propina em troca de abatimento de dívidas bilionárias com a Receita Federal, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, negou pedidos de prisão temporária, não autorizou operações busca e apreensão, suspendeu interceptações telefônicas, tornou parte dos autos sigilosos e, assim, segundo o MPF, atrapalhou acordos de delação premiada e afastou o interesse da mídia.
Duas representações contra o magistrado foram protocoladas na Corregedoria do Tribunal Regional Federal e no Conselho Nacional de Justiça. Somente após as reclamações, houve troca de juízes e a Zelotes começou a dar os primeiros passos, para posteriormente mudar de rumo, ampliando o leque de investigações a ponto de atingir a família do ex-presidente Lula.
Ironicamente, quem ajudou o MPF a reclamar da atuação cautelosa do juíz Ricardo Leite foi o próprio PT, com a ação encaminhada pelo deputado federal Paulo Pimenta ao CNJ. À época, Pimenta acreditava que a Zelotes sofria com uma espécie de "operação abafa", pois os jornais não demonstravam interesse em denunciar a corrupção de grupos como RBS (Rede Globo), Santander, Bradesco, Itaú, Banco Safra, Opportunity, entre outros. E a conduta independente do juíz também não agradava aqueles que esperavam da Zelotes efeitos tão radicais quanto os da Lava Jato.
Relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Zelotes, Pimenta teve sua representação acolhida pela ministra Nancy Andrighi, da Corregedora Nacional de Justiça, que intimou Ricardo Leite. Em agosto, o PT anunciou a substituição pela juíza Marianne Bezerra Borré. Àquela época, o MPF ainda ensaiava a entrega de denúncias contra grandes corporações financeiras.
No mês seguinte, em setembro, o foco da investigação sofreu uma reviravolta. O caso voltou para a 10ª Vara Criminal e a juíza Célia Regina Ody Bernardes assumiu os trabalhos, materializando o anseio do MPF por medidas que destravassem a Zelotes.
Célia Bernardes foi quem, inspirada em Sergio Moro, incorporou a juíza linha-dura e autorizou a busca e apreensão na LFT Marketing Esportivo e na TouchDown, empresas de Luis Cláudio Lula da Silva, a pedido dos procuradores José Alfredo de Paula Silva e Raquel Branquinho. A juíza integra a Associação dos Juízes pela Democracia, entidade considerada "garantista" e muito criticada por movimentos à direita do espectro ideológico. 
Segundo a defesa de Luis Cláudio, a juíza aceitou a "mera opinião" do MPF para autorizar uma ação que deveria ocorrer em casos extremos. Os procuradores suspeitam que a empresa do filho de Lula recebeu recursos de uma consultoria que supostamente teria negociado a compra de medidas provisórias para beneficiar companhias do setor automotivo. Os advogados tentam anular a decisão da juíza e, consequentemente, os efeitos da busca e apreensão.

POlÍTICA - FHC, sem medo do ridículo.


                                

FHC, sem medo do ridículo


Na grande crise de 2003, a imprensa foi atrás de todos os ex-presidentes. Três deles se comportaram como ex-presidentes, chamando a opinião pública à razão. Foram eles José Sarney, Itamar Franco e Fernando Collor de Mello. Independentemente de história e linha de pensamento, comportaram-se com a responsabilidade que se exige de um ex-presidente. O único carbonário foi FHC, pequeno, mesquinho.
Não parou por aí. Sua vida pós-presidência tem sido um exercício permanente de mesquinharia, agora, aproveitando-se de uma releitura oportunista da mídia sobre seu governo – meramente devido à necessidade de se criar um contraponto ao governo Lula.
FHC tem colaborado, de forma pertinaz, para destruir sua reputação perante os observadores isentos da história. Fala pelos cotovelos, sem observar nenhuma regra mínima de conduta que se espera de um ex.
Sua última obra prima é esse primor de lógica política:
  • Se Dilma não conseguir as reformas, também não conseguirá governar.
  • A saída que tem, então, é se oferecer para o altar de sacrifícios: se o Congresso der as reformas, ela ofereceria, em troca, seu cargo de presidente, renunciando.
  • Com esse gesto de desprendimento, ela recuperaria sua força política, diz esse gênio da análise política.
E de que serviria recuperar, sendo ex-presidente? Provavelmente para poder participar do chá das 5 na Academia Brasileira de Letras.
Não é fácil para aliados forçar interpretações sobre a era FHC. Ele poderia facilitar a vida dos amigos e aliados não se expondo tanto assim ao ridículo.
Do Estadão
 
 
Tucano avalia que, se propusesse mudanças eleitorais e na Previdência, petista recuperaria força política; caso contrário, restará 'empurrar o tempo com a barriga'
 
Porto Alegre - Em entrevista na manhã desta sexta-feira, 30, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que a presidente Dilma Rousseff teria como melhor alternativa para a crise política propor um pacto pelo qual aceitaria renunciar ao mandato mediante a aprovação de reformas que dificilmente o Congresso e os partidos aceitariam fazer por conta própria, como melhorar os sistemas partidário-eleitoral e o previdenciário. "Ou ela assume e chama o País às falas, apresenta um caminho crível para o País e recupera a força para poder governar, ou então ela pelo menos deixa uma marca forte: 'Eu saio se vocês aprovarem tal e tal coisa", afirmou o ex-presidente tucano, em entrevista à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS.
 
"Como a presidente está em uma situação tão delicada, tão difícil, de tão baixa popularidade e, ao mesmo tempo, com tanta dificuldade de aprovar qualquer coisa no Congresso, o que seria com grandeza? 'Olha aqui, vocês querem que eu saia? Eu saio, mas vocês primeiro me deem tais e tais reformas, para criar um clima mais positivo'", afirmou FHC. Para o tucano, as prioridades dessa agenda deveriam ser as regras das disputas eleitorais e o sistema público de pagamento de pensões e aposentadorias. "Muda a reforma eleitoral, porque esse sistema está fracassado. Mexe a Previdência, porque se não vai falir. Exige umas tantas coisas que sejam anseios nacionais e (diz:) 'Se fizerem isso, eu caio fora'. Um gesto e, se fizer isso, nem cai fora, porque ganha (força política)."
 
Há pelo menos dois meses, FHC tem defendido publicamente a renúncia como um "gesto de grandeza" para Dilma. Logo após as manifestações contra o governo e o PT de 16 de agosto, : "Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza ­ renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional ­, assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava Jato. Até que algum líder com força moral diga, como o fez Ulysses Guimarães, com a Constituição na mão, ao Collor: você pensa que é presidente, mas já não é mais".
 
Na entrevista desta sexta­feira, motivada pelo , em que relata o dia a dia no Palácio do Planalto, FHC se mostrou cético em relação à situação de Dilma. "Do jeito que está, ela pode até ficar (até o fim do mandato), mas vai empurrar o tempo com o barriga sem conseguir resultados satisfatórios", avaliou. Por isso, segundo o tucano, a renúncia seria o "menos custoso" ao País.
 
"Impeachment é um processo longo. É um debate que paralisa o País. Uma decisão do Tribunal (Superior) Eleitoral que anule a eleição provoca também uma grande confusão, eleição de novo", afirmou FHC, seguindo caminho diferente do defendido pela maioria do PSDB, que encampa um pedido de afastamento da presidente e contesta a campanha à reeleição de Dilma no TSE. "Tudo isso é muito fácil de falar, mas quem conhece o processo histórico sabe que tem um custo para o país muito elevado." Ao comparar na semana passada as dificuldades de seu governo com o PT na oposição às enfrentadas por Dilma, FHC disse ao Estado que os tucanos não deveriam agir como os petistas fizeram no passado.

POLÍTICA - O valor de uma foto.





Uma foto como esta vale mais do que várias páginas escritas. Esta foto, mais o despacho da 'juíza' - uma cópia descarada daquilo que sérgio moro tem usado para prender preventivamente e por tempo indeterminado, coagindo investigados a se tornarem dedos-duros - demonstra de forma cabal, a trama MP-policial-midiático-judiciária para atingir alvos políticos (governo federal, presidente da república, PT e seus líderes, esquerda em geral), por meio de operações com a fachada de combate à corrupção e sonegação fiscal. Qualquer tentativa de explicação por parte de célia bernardes é como a daquela mulher que, flagrada pelo marido com outro na cama, tenta dar explicações do tipo "não é isso que você está pensando, ele só estava tirando umas dúvidas sobre como praticar exercícios físicos em casa" ou como  aquele homem flagrado com manchas de batom na cueca, querendo se explicar para a esposa.
Comentário do João Maria Fernandes de Souza.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

EUA - O cara ficou preso 14 anos sem acusações e os americanos querem dar lição de moral.


APÓS QUASE 14 ANOS

Último britânico é solto da prisão de Guantánamo

Shaker Aamer, um saudita com residência no Reino Unido, passou quase 14 anos em Guantánamo, mesmo sem ter confirmadas as acusações contra ele

Último britânico é solto da prisão de Guantánamo
Aamer deixou a prisão em um avião fretado pelo governo britânico (Foto: Divulgação/Reprieve)
Nesta sexta-feira, 30, foi libertado o último preso britânico mantido em Guantánamo, Cuba, acusado de fazer parte do grupo fundamentalista Al Qaeda.
Shaker Aamer, de 46 anos, é um saudita com residência no Reino Unido, que tem mulher e filhos britânicos. Ele passou quase 14 anos na prisão, onde foi torturado por agentes americanos, mesmo sem nunca ter as acusações contra ele confirmadas. Seu caso se tornou célebre entre grupos de direitos humanos e membros do parlamento britânico. Especialmente após ele ter recebido, em 2007, uma ordem de libertação que foi ignorada.
O Congresso americano notificou no final de setembro que o Pentágono pretendia transferir Aamer para o Reuni Unido. Ele foi transportado para fora da prisão em um avião fretado pelo governo britânico na manhã desta sexta-feira.
Cori Crider, um advogado da organização de direitos humanos Reprieve, disse que Aamer está a caminho de casa. “Com certeza estamos muito felizes que Shaker está a caminho de volta para casa e para sua família aqui no Reino Unido. Muito tempo se passou. Agora, Shaker precisa de um médico e, em breve, poderá passar um tempo a sós com a família.”
Aamer foi capturado no Afeganistão em 2001 e levado para a prisão em Guantánamo em fevereiro de 2002. Ele era suspeito de ser um “aliado próximo a Osama bin Laden” que lutou na batalha de Tora Bora, de acordo com arquivos dos militares americanos que foram revelados pelo grupo anti-sigilo WikiLeaks. Aamer afirma que estava no Afeganistão trabalhando para entidades islâmicas de caridade quando foi preso. Antes do episódio, ele nunca foi acusado de um crime.
A última transferência de um residente britânico preso em Guantánamo para o Reino Unido ocorreu em fevereiro de 2009. Binyam Mohamed foi o primeiro detento a ser transferido de Guantánamo pelo presidente Barack Obama. Um total de 112 detentos permanecem na prisão, com 52 deles tendo liberação autorizada. O governo Obama tenta alcançar as metas do presidente americano para acelerar as transferências a fim de fechar a prisão de Guantánamo.

POLÍTICA - E o Zé banana fica só assistindo.


O filho de Lula no 'país da meganhagem'

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Tenho afirmado aqui que o Brasil virou o país da “meganhagem”.

A Polícia passou a servir para produzir espetáculos políticos.

A polícia ter ido
ao apartamento de Luis Cláudio Lula da Silva por volta das 23 horas da terça-feira, logo após ele ter chegado, com a mulher grávida, da festa de aniversário do pai é reveladora dos métodos que se empregam quando, em lugar de apurar, busca-se intimidar e humilhar.
Não é difícil acreditar que, até, os policiais estivessem de “campana” próximos ao Instituto Lula para segui-lo e intimá-lo assim que chegassem em casa.

Trata-se, é bom lembrar, de pessoa que não é acusada de nada, não está indiciada, tem endereço certo – aliás, apontado como suspeito por ter sido cedido por seu padrinho de batismo!

O tal depoimento seria hoje, quinta-feira, e havia obvio tempo hábil para que fosse feita, por exemplo, na manhã seguinte.

De novo, não é por ser apenas em relação ao filho do ex-presidente, é em relação a qualquer pessoa que não tem uma ordem de condução judicial, que apenas é intimada a prestar esclarecimentos.

É que quando se faz o que é desnecessário, é claro, está se fazendo algo com deliberada intenção em algo.

E, neste caso, o de provocar constrangimento.

Havia “risco de fuga”? Indicio de crime em flagrante? Qual o perigo que representava um rapaz com sua mulher grávida para ser perturbado neste horário? Onde estavam os policiais, “campanando” um ato particular onde se encontrava a Presidente da República? Com que fim, já que havia endereço sabido e não era aquele?

Infelizmente, não há na Polícia Federal chefes com capacidade de convocar seus subordinados a explicarem porque de uma notificação feita nestas circunstâncias e não segundo os procedimentos de praxe.

E não há, no Ministério da Justiça quem chame a direção da Polícia Federal às falas.


Porque aquilo é uma instituição da República e não o playground da meganhagem para fazer a sua politicagem de cabecinhas de pitbull.

ECONOMIA - "Brasil precisa taxar os ricos".

Piketty a Levy: Brasil precisa taxar os ricos

ECONOMIA - Bancocracia.

Cada vez mais Bancocracia

ECONOMIA - O novo mundo pós-TPP.

             

                                  

SAÚDE - Vinho ou cerveja?


Vinho x cerveja: qual é o melhor para a saúde?

Taça de vinho e 'pint' de cerveja possuem quase o mesmo teor alcoólico
"Poucas bebidas (exceto, talvez, o chá e o café) dividem o mundo de maneira tão radical quanto a cerveja e o vinho. Gostos à parte, as duas apresentam diferença sutis na maneira como afetam o organismo e a saúde.

Da BBC

A BBC Future peneirou as evidências recolhidas por vários estudos científicos para tentar derrubar alguns dos mitos que cercam as duas bebidas. Sirva-se.

Qual embriaga mais rapidamente?

Uma pint de cerveja (665 ml) e uma taça média de vinho (175 ml) possuem praticamente o mesmo teor alcoólico. No entanto, a embriaguez ocorre quando esse álcool passa para a corrente sanguínea. E a velocidade com que isso acontece varia com cada bebida.

Mack Mitchell, da Faculdade de Medicina da Universidade do Texas, recentemente fez um experimento no qual pediu para um grupo de 15 homens ingerirem diferentes bebidas em dias distintos. Ele se certificou que o conteúdo alcoólico era compatível com o peso corporal de cada voluntário e monitorou para que a bebida fosse consumida no mesmo intervalo de 20 minutos.

Em um resultado pouco surpreendente, os destilados foram os que entraram na corrente sanguínea mais rapidamente. Em seguida, vem o vinho (que chega a um pico de saturação no sangue 54 minutos depois de ingerido), e a cerveja (que leva 62 minutos no mesmo processo). Em outras palavras, uma taça de vinho “sobe” mais rapidamente que uma pint de cerveja.

Conclusão: A cerveja é uma aposta mais certeira para se evitar vexames.

Qual engorda mais?


Bebidas alcoólicas são ricas em calorias e por isso podem contribuir para o ganho de peso

À primeira vista, a ideia da “barriga de cerveja” parece ser verdade. O próprio álcool já é rico em calorias, sem contar todos os açúcares que tornam essas bebidas tão saborosas.

Com 180 calorias, uma pint de cerveja tem 50% mais conteúdo energético do que uma taça pequena de vinho – o suficiente para ajudar a acumular uns quilinhos.

Mas para quem bebe moderadamente, as diferenças tendem a ser bem pequenas. Uma recente revisão de dezenas de estudos, realizada por especialistas do Instituto de Pesquisa de Ontário, no Canadá, concluiu que nem os apreciadores do vinho nem os da cerveja tendem a engordar a curto prazo.

Os autores notaram, no entanto, que a pesquisa mais longa durou apenas dez semanas. Ou seja, elas podem ter deixado de registrar uma pequena alteração de peso – até mesmo 1 quilo ganho nesse período pode significar um acúmulo radical de 25 quilos em um período de cinco anos.

Conclusão: As diferenças são pequenas, mas o vinho sai em ligeira vantagem ao engordar um pouco menos.

Qual dá a pior ressaca?
Cientistas ainda precisam compreender melhor as causas da ressaca
Apesar de seus esforços, cientistas ainda precisam entender melhor o mais incrível inimigo de quem bebe: a ressaca. Ainda não compreendemos totalmente as suas causas.

A desidratação parece ser um fator importante (o álcool faz com que eliminemos mais líquidos do que ingerimos). Mas o problema também pode ser provocado por subprodutos da fermentação.

Chamadas de congêneres, essas moléculas orgânicas dão a cada uma das bebidas seu sabor e aroma únicos, mas também podem ser tóxicos para o organismo, resultando na sensação de cabeça latejando e nos enjoos que normalmente sucedem uma noite de excessos.

A crença geral é de que as bebidas mais escuras são as que contêm mais congêneres. Mas na realidade, as evidências disso ainda são duvidosas. Apesar de alguns destilados escuros, como o bourbon, produzirem uma ressaca mais intensa do que a vodca, por exemplo, os diferentes tipos de cerveja e de vinho não parecem atuar de maneira significativamente distinta, de acordo com pesquisa da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston.

Conclusão: Muito duvidoso para bater o martelo definitivamente.

Qual é melhor para a saúde?
Vinho tinto é a bebida mais rica em polifenóis, que trazem benefícios à saúde
Sempre ouvimos falar que uma taça de vinho por dia ajuda a “rejuvenescer” o corpo, reduzindo o risco de doenças cardíacas, pressão alta e diabetes. Esses benefícios viriam dos chamados polifenóis (encontrados principalmente no vinho tinto), que aliviam inflamações e combatem os radicais livres.

Já a cerveja nunca está muito presente nesses boletins de saúde. Mas um estudo da Universidade de Barcelona, na Espanha, indica que a bebida também contém uma dose razoável de polifenóis e parece oferecer certos benefícios, comparáveis aos do vinho branco (mas menos que o tinto).

Obviamente, nenhum deles dá sinal verde a excessos.

Conclusão: O vinho tinto ganha de longe, mas a cerveja pode ser melhor do que outras bebidas alcoólicas.

Veredicto final: Quando se trata de benefícios para a saúde, o vinho se mostra um melhor “remédio”. No entanto, fãs da cerveja podem ao menos dizer que sua bebida favorita tem uma história mais ilustre. Alguns antropólogos sugeriram recentemente que nosso apreço pela cerveja pode ter dado origem à atividade agrícola e, por isso, à própria civilização. Nada mal para se pensar da próxima vez que se sentar em um bar com amigos."

POLÍTICA - Uma Zelotes igual às outras.


Mais do mesmo: uma Zelotes igual às outras

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ninguém tem o direito de mostrar surpresa diante da aparição de um foco político anti-Lula e anti-Partido dos Trabalhadores na Operação Zelotes. A situação reproduz o destino político das grandes operações judiciais ocorridas no país na última década. Pode ser absurdo mas é verdade.

Queira-se ou não, a AP 470 teve o mensalão PSDB-MG como resultado final. Ninguém precisou fugir para a Itália, pois os réus sequer foram julgados. A Lava Jato, que envolve uma investigação necessária na maior empresa brasileira, carrega uma lógica binária e estranha. Quando uma empresa dá recursos financeiros para o PT, é porque participa de um esquema de corrupção. Quando a mesma empresa, com o mesmo CPF e os mesmos executivos, oferece recursos com a mesma origem para seus adversários, nada mais faz do que oferecer contribuições eleitorais legítimas.
É possível avaliar o que ocorre com a Zelotes a partir de um fato singelo. Desde 21 de outubro que o mais explosivo personagem surgido nas investigações da Zelotes encontra-se protegido, tornando-se incapaz de causar danos imediatos a aliados e amigos. Apanhado em companhia de um sobrinho em meio a uma trama que envolvia uma denúncia de pagamento de R$ 12 milhões de propina paga em quatro prestações pela RBS, principal grupo de comunicação do Sul do país, sócio da Globo, a acusação contra o ministro Augusto Nardes, do TCU, foi encaminhada ao Supremo Tribunal Federal.

Na mesma época, no edifício situado em outro vértice de Praça dos Três Poderes, o Congresso recebia o parecer do TCU, cujo relator foi o mesmo Augusto Nardes, que a oposição encara como principal matéria-prima para tentar alimentar um pedido de impeachment de Dilma Rousseff. Enquanto o STF não levar o caso adiante, e não for possível avaliar o grau de veracidade das denúncias, o segredo ajudará a preservar a credibilidade de um personagem essencial da fase atual da guerra política pelo mandato da presidente, impedindo que os brasileiros possam avaliar adequadamente um protagonista que tanto pode ser inocente até que se prove o contrário -- ou quem sabe um segundo Eduardo Cunha.

Nascida de uma briga de quadrilhas de alto coturno que passaram a delatar-se mutuamente, por razões que ainda não foram esclarecidas, a Zelotes teve uma história tumultuada. Sua grandeza -- apurar um esquema de R$ 20 bilhões -- também era sua fraqueza. Investigava um esquema criminoso naquele ponto da sociedade brasileira em que as forças do Estado são pequenas e fracas demais, para enfrentar criminosos poderosos demais, com amigos demais, influentes demais, numa disparidade que é mais comum enxergar em áreas das grandes cidades brasileiras já dominadas pelo tráfico.

Avanços importantes foram feitos. Coordenador das investigações, o procurador Frederico Paiva examinou, pessoalmente, 74 julgamentos em andamento ou encerrados no Conselho Administrativo de Recursos Financeiros, CARF. Esse empenho tornou possível descrever o esquema, apontar e pagamentos milionários, explicar como os interesses podiam ser defendidos -- e recompensados.

Com base em escutas telefônicas feitas com autorização judicial, ainda foi possível encontrar provas de suborno e negociações milionárias envolvendo uma fatia eclética e bilionária do PIB: grandes bancos, grandes empreiteiras, grandes montadoras de automóveis, gigantes do agro negócio.

Não foi preciso esperar muito -- e aí a sociologia brasileira cumpre seu papel -- para que logo surgissem bloqueios e dificuldades, pois era um trabalho que chegava às origens do poder de Estado, ao berço, onde a democracia e o respeito à lei desaparecem e absolutamente tudo se torna dinheiro, num universo milionário e primitivo ao mesmo tempo.

Habituada a contar histórias de mocinho e bandido, onde os papéis já estão definidos com antecedência há pelo menos uma década, a imprensa tinha muita dificuldade e nenhum interesse real em retratar uma operação onde os vilões de sempre não estavam presentes -- até a terça-feira passada. A Zelotes falava das próprias empresas de comunicação mas também de seus amigos, de anunciantes, dos companheiros de festa e passeios de iate.

Assim, depois de uma operação de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Ceará, realizada em março, nada ou muito pouco pode ser feito. As escutas telefônicas não puderam ser renovadas. Vinte e seis pedidos de prisão temporária foram pedidos ao juiz Ricardo Leite, da 10a. Vara Criminal de Brasília. Todos foram negados. O juiz acabou afastado por decisão da Corregedoria Nacional de Justiça e isso foi comemorado por quem queria levar a investigação adiante.

O novo ativismo veio acompanhado de medidas que todos saudaram como positivas. Aquilo que Ricarddo Leite bloqueava a juiza Regina Célia Odyr Bernardes autorizava.

Os últimos dias mostraram que as investigações assumiram um caráter político, de foco bem definido. O juiz Sérgio Moro fez questão de proferir comentários elogiosos a Regina Célia.

Em ação em que pede a nulidade das ações contra as empresas de Luis Claudio Lula da Silva, seu cliente, o advogado Cristiano Zanin Martins argumenta que o filho de Lula não é mencionado uma única vez num extenso relatório da Polícia Federal sobre a Operação Zelotes.

O advogado sugere um viés político-partidário na postura de determinados integrantes do Ministério Público Federal engajados na força-tarefa da operação: das "4 manifestações produzidas pelo MPF no processo, 3 trataram das empresas de Luiz Cláudio." Conforme Zanin Martins, "ao contrário de outros investigados, cujas citações estão acompanhadas de descrições de supostas condutas ilícitas especificadas no tempo e no espaço, no caso de nosso cliente os pedidos formulados pelo MPF estão lastreados apenas na opinião pessoal" de dois procuradores que consideraram sem nenhum parâmetro, “muito suspeitos" os valores recebidos" por uma das empresas do filho de Luiz Inácio Lula da Silva.

"Não tenho nada a esconder", escreveu Gilberto Carvalho, ministro entre 2003 e 2015, chamado para depor na terça-feira e que achou necessário divulgar uma nota depois disso. Após oito anos de ministério no governo Lula, quatro no governo Dilma, Gilberto Carvalho escreve: "me orgulho de não ter acumulado bens. Não tenho medo de ser investigado e considero dever da Polícia Federal, da Receita Federal e de qualquer órgão de controle realizar a investigação que julgar necessária. Faz parte do ônus e dos deveres inerentes da vida pública." O ministro acrescenta: "O que não vale e não pode é de maneira fantasiosa e leviana fazer interpretações ridículas de material apreendido com pessoas suspeitas e transformá-las em acusação, sem prova alguma, contra pessoas honradas e dar publicidade a tais interpretações como se verdades fossem."

Luiz Claudio e Gilberto Carvalho entraram na investigação em função de um caso que nada tem a ver com a apuração -- a denúncia de que uma medida provisória que beneficiou grandes montadoras de automóveis foi produto de uma negociata entre as empresas e o governo Lula. É uma tese que está longe de ter sido demonstrada -- seja pelo enredo, seja pelos dois personagens acusados.

A referida MP teve apoio do conjunto das forças políticas do Congresso, com destaque especial para políticos do DEM e do PSDB. Seu padrinho ideológico era o próprio Antônio Carlos Magalhães, cacique e raposa da Bahia e também várias correntes do pensamento desenvolvimentista. Isso porque estimulava investimentos industriais fora dos polos tradicionais, contribuindo para reduzir as desigualdades regionais. Um de seus relatores foi o deputado José Carlos Aleluia, do PFL/DEM. Atual prefeito de Manaus, o então senador Artur Virgílio, tucano histórico, chegou a dizer na tribuna que se orgulhava da medida e alardeou suas responsabilidades de modo particularmente enfático. A MP foi aprovada em 2009, num momento em que o governo Lula percorria o país inteiro para reativar a economia, ameaçada pelo colapso de 2008. Salvo melhores explicações, que até agora não vieram, a presença de uma empresa de Luís Claudio numa articulação desse tipo é até uma impossibilidade administrativa. Naquele momento, Luís Claudio era auxiliar de Wanderley Luxemburgo no Palmeiras e a empresa sequer havia sido fundada, o que só ocorreu anos depois. Na condição de Secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho era o responsável pela agenda pessoal de Lula. Sua hipotética participação em conversas suspeitas -- que ele desmente com veemência -- é uma impossibilidade geográfica. Encontrava-se em viagem pela Itália no momento em que o encontro teria ocorrido.

Mesmo assim, vamos supor, por hipótese, que haja um fundo de verdade na versão de que uma MP que era consenso no Congresso e no governo foi comprada. Neste caso, há uma coincidência entre fatos que não têm conexão: um escritório acusado de pagar propinas no CARF teria se mobilizado para fazer uma negociata paralela. Seguindo o princípio de que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, base do desmembramento da Lava Jato resolvida pelo STF, seria mais razoável abrir outro inquérito, que teria condições adequadas de investigar um outro crime. Ajudar a esclarecer em vez de confundir.

Ontem, em ofício dirigido diretamente à presidente Dilma Rousseff, a juíza Regina Celia Ody Bernardes solicitou "todos os documentos produzidos (estudos, pareceres, notas técnicas etc), inclusive registro de reuniões" que possam prestar novos esclarecimentos sobre as medidas provisórias. Segundo escreveu o repórter Rubem Valente, na Folha, "a intenção é encontrar indícios, na documentação, da atividade de lobistas que aparecem, em mensagens eletrônicas interceptadas e anotações apreendidas com ordem judicial, combinando ações e valores. As duas medidas provisórias sob investigação, segundo os ofícios da juíza, são a 471, de 2009, assinada pelo então presidente Lula, e a 627, de 2013, assinada pela presidente Dilma Rousseff. Ambas foram depois convertidas em lei."

O pedido para investigar Dilma, diretamente, partiu do Ministério Público. Como magistrada, Regina Celia Odyr Bernardes tinha o direito de aceitar ou rejeitar a solicitação.

A julgar pelos últimos acontecimentos, não é difícil imaginar o que teremos por aí.