quinta-feira, 7 de setembro de 2017

POLÍTICA - Mais um traíra na área.


Mais um traíra na área. Esse, coitado, não vai mais conseguir se olhar no espelho. Merece mais pena do que nojo.

Ainda sob impacto dessa enorme trairagem, escrevo as linhas abaixo.

O cara era amigo íntimo do Lula. Deve sua carreira política a ele e agora comete essa traição inominável. Usou uma biografia pessoal, construída pela amizade e confiança do Lula, para atingí-lo.
Não estou discutindo aqui se falou ou não a verdade.
O pior é que o cara se ofereceu para fazer esse depoimento de maneira voluntária e servil, mesmo sabendo que dava munição a um processo que objetiva punir Lula a qualquer preço.
Fez isso, como ele mesmo declarou, para ver se consegue o benefício da delação premiada, que até agora não foi aceita. Sabia que a senha para conseguir isso, era envolver o Lula.
Tudo bem que, segundo seus amigos, Palocci estava desesperado com sua situação na Guantánamo de Curitiba. Já está preso a mais de dois anos e sua família o estava pressionando.
Já havia mudado seus depoimentos várias vezes, e a saída era fazer o que todo mundo estava fazendo para não morrer na cadeia e conseguir a liberdade: delatar o Lula.
Este, já havia duvidado que poderia ser delatado por quem a ele tudo deve, mesmo sabendo que o cara trai até a própria mãe para deixar a cadeia.
Como escreveu o blogueiro Fernando Morais, o depoimento desse traíra, lembra os "arrependidos" ou "desbundados", da luta contra a ditadura militar, de triste memória. Gente que em troca da redução da pena, ou até mesmo da libertação imediata, aceitava ir à televisão entregar antigos companheiros, fazer "um mea culpa" política e abjurar suas antigas convicções.
Um leitor, Zenaida Machado, fez uma ponderação com a qual concordo plenamente.
"Não concordo com a comparação. Os "arrependidos" dos tempos da ditadura foram barbaramente torturados, eram jovens, em sua maioria secundaristas, muito de origem humilde.
Viveram os cárceres do terrorismo de Estado.
Como diz outro leitor, Murilo Silveira, "a facilidade com que Palocci fez sua declaração, sem mesmo esperar as perguntas do juiz, como um boquirroto, adiantando respostas... sem nenhuma resistência, sem um tremor".
Como a história demonstra, todo movimento popular tem seu traidor. Seja Hubert Mattos, traidor da Revolução Cubana, ou Éden Pastora, da Revolução Sandinista, ou Mário Firmenich, dos Motoneros argentinos. Temos também o nosso Cabo Anselmo, de triste memória, que entregou a própria esposa que estava grávida, e que foi infiltrado pelos militares.
O nosso correto para o que o Palocci fez chama-se capitulação. O traíra percebeu que é impossível resistir à "República de Curitiba" e desistiu de se defender e se entregou.
Palocci sabia que bastava dizer o que o "justiceiro" de Curitiba queria ouvir, para que sua delação premiada seja aceita. O que aconteceu foi um ensaio da delação.
O depoimento do ex ministro, fala antes de tudo, dele mesmo: um traidor. Traidor. Traidor, como diz o articulista Ion de Andrade, porque, além de atingir o ex Presidente Lula, a quem tudo deve, para tentar se salvar, como outros conseguiram, não ponderou que antes de atingir Lula, atingiu um projeto popular encarado por este.
Nestes tempos sombrios de Golpe de Estado 2.0, Palocci é a reencarnação de outro traidor, Silvério dos Reis.
A lava jato conseguiu com esse depoimento, a "bala de prata" que faltava para completar o golpe, que só fecha com a condenação e a exclusão do Lula das próximas eleições presidenciais.
Deu armas ao TRF4, para a condenação final de que já havia sido condenado pela mídia.
Com isso, irá vencer as últimas resistências éticas-processuais que ainda poderiam existir em alguns juízes desse Tribunal, consolidando uma unanimidade condenatória.
Viva o Zé Dirceu, que não delatou ninguém, e que sempre disse que delatar é "dedurismo".
Dirceu já havia dito que Palocci virou um "cachorro". Na ditadura militar, "cachorro" eram os militantes que se tornavam colaboradores da repressão, que levaram inúmeros companheiros à prisão e à morte.
Aos petistas como eu, resta responder a difícil pergunta colocada pelo blogueiro Ricardo Kotcho:´´
É o fim de linha para Lula e o PT?
Eu respondo não. Mais do que falar em nome de partido e de personagens do mesmo, temos que olhar o projeto de governo que eles representam.
É isso é que querem destruir para implementar o neoliberalismo do famoso Estado Mínimo", derrotado quatro vezes nas urnas.
Quem quiser saber quem é o Pallocci, vou colocar uma matéria a seguir, como também a Dilma dizendo porque o Palocci falta com a verdade no que diz respeito a concessão do Aeroporto do Galeão.
“Palocci falta com a verdade”, afirma Dilma


“Palocci falta com a verdade”, afirma Dilma
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A respeito das declarações prestadas pelo ex-ministro Antonio Palocci em depoimento à Justiça Federal na quarta-feira, 6 de setembro, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff es…

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A respeito das declarações prestadas pelo ex-ministro Antonio Palocci em depoimento à Justiça Federal na quarta-feira, 6 de setembro, a Assessoria de Imprensa da presidenta eleita Dilma Rousseff esclarece:
1. O senhor Antonio Palocci falta com a verdade quando aponta o envolvimento de Dilma Rousseff em supostas reuniões de governo para tratar de facilidades à empresa Odebrecht, seja durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou no primeiro governo dela. Tais encontros ou tratativas relatadas pelo ex-ministro jamais ocorreram. Relatos de repasses de propinas também são uma mentira.


2. Todo o conteúdo das supostas conversas descritas pelo senhor Antonio Palocci com a participação da então ministra Dilma Rousseff – e mesmo quando ela assumiu a Presidência – é uma ficção. Esta é uma estratégia adotada pelo delator em busca de benefícios da delação premiada.
3. O episódio em que cita um inacreditável benefício à Odebrecht pelo governo Dilma Rousseff, durante o processo de concessões de aeroportos, mostra que o senhor Antonio Palocci mente.
4. O ex-ministro declarou perante a Justiça Federal que a decisão do governo Dilma de não permitir que um consórcio ou empresa ganhasse mais de um aeroporto foi criada pela presidenta eleita para beneficiar diretamente a Odebrecht. Isso é uma mentira!
5. Tal decisão foi tomada pelo governo para gerar concorrência entre as empresas concessionárias de aeroportos. Buscou-se evitar que, caso uma empresa tivesse a concessão de dois aeroportos, priorizasse um em detrimento do outro. O governo Dilma buscava atrair mais empresas para participar do sistema aeroportuário, garantindo que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), como órgão regulador, tivesse mais parâmetros para atuar. Mais concorrência, menos concentração.
6. Eis um fato que desmascara as mentiras do senhor Antonio Palocci. A empresa Odebrecht, que ganhou a disputa junto com o grupo Changi, pagou R$ 19,018 bilhões pela outorga do Galeão. Sem dúvida, é a maior outorga paga por aeroportos no Brasil, o que afasta a acusação de beneficiamento indevido declarada por Palocci.
7. O quadro abaixo demonstra que a Odebrecht foi responsável pela maior outorga paga ao Governo para o direito de explorar apenas um dos seis aeroportos cujas concessões foram feitas pelo governo Dilma:
_CONCESSÕES DE AEROPORTOS NO GOVERNO DILMA
São Gonçalo do Amarante, Natal (RN)
Grupo vencedor: Consórcio InfrAmerica – Infravix (50%) + Corporación America (50%)
Estimativa de investimentos: R$ 650 milhões
Outorga: R$ 170 milhões

Guarulhos
Grupo vencedor: Invepar (90%) + ACSA (10%)
Estimativa de investimentos: R$ 4,6 bilhões
Outorga: R$ 16,213 bilhões

Viracopos
Grupo vencedor: Consórcio Aeroportos Brasil – Triunfo (45%) + UTC (45%) + Egis (10%)
Estimativa de investimentos: R$ 8,7 bilhões
Outorga: R$ 3,821 bilhões

Brasília
Grupo vencedor: Consórcio InfrAmerica – Infravix (50%) + Corporación America (50%)
Estimativa de Investimentos: R$ 2,8 bilhões
Outorga: R$ 4,501 bilhões

Galeão
Grupo vencedor: Odebrecht (60%) + CHANGI (40%)
Estimativa de investimentos: R$ 5,65 bilhões
Outorga: R$ 19,018 bilhões

Confins
Grupo vencedor: CCR (75%) + Munich/Zurich (25%)
Estimativa de investimentos: R$ 3,5 bilhões
Outorga: R$ 1,1 bilhão_

8. Eis os fatos. A ficção criada pelo senhor Antonio Palocci não se sustenta. A Odebrecht pagou 300% a mais pelo direito de explorar o aeroporto do Galeão. Nenhuma empresa desembolsou tanto. Que benefício ela obteria do governo Dilma Rousseff pagando a mais? Qual a lógica que sustenta o relato absurdo do ex-ministro?
9. A lógica que move o senhor Antonio Palocci é a mesma que acomete outros delatores presos por longos períodos. A colaboração implorada é o esforço de sobrevivência e a busca por liberdade. Isso não significa que se amparem em fatos e na verdade. É um recurso desesperado para se livrar da prisão. Em outros períodos da história do Brasil, os métodos de confissão eram mais cruéis, mas não menos invasivos e implacáveis.

ASSESSORIA DE IMPRENSA� DILMA ROUSSEFF
Palocci, o pulha, sempre traiu




Bananas.jpg
O Conversa Afiada publica artigo de seu Joaquim Xavier:
Antonio Palocci Filho é um traidor de carteirinha. Isto é sabido há muito tempo por bastante gente, mas sua história sempre restou submersa graças à astúcia em encobrir o caráter diminuto, parasita, de quem está por cima.
Sua vida política é o melhor testemunho. Nos idos da juventude, colou-se à corrente trotskista Liberdade e Luta quando esta era a sensação do movimento estudantil. Com essa vestimenta, tornou-se presidente do centro acadêmico mais importante da região, da faculdade de medicina da USP em Ribeirão Preto.
O surgimento do PT deu a Palocci a chance de estrear na “grande política”. A primeira coisa que fez foi romper com a corrente trotskista. A Libelu tinha princípios em excesso, defendia a luta de classes, a independência diante dos patrões. Era pura demais. O que foi um trunfo para Palocci durante certo tempo, no ambiente fervilhante da universidade, virou um fardo no horizonte do arrivista.
E lá se foi Palocci. Rompeu com a Libelu, tornou-se vereador e elegeu-se prefeito. Com algum poder nas mãos, começou a mostrar o que pretendia com a política. Uma de suas patranhas inaugurais foi armar uma concorrência fraudulenta de merenda escolar. Montou um edital tão restritivo que apenas uma empresa podia vencer: a que oferecesse molho de tomate com ervilhas. Não era a troco de nada, óbvio.
O inquérito andou a passo de tartaruga até ser arquivado muitos anos depois.
Detalhe: nesta época Palocci já era todo poderoso ministro da Fazenda. É fácil imaginar, no Judiciário brasileiro que todos conhecem, se alguém teria ânimo para peitá-lo em algo aparentemente tão pequeno. Mas o cheiro de ervilha com tomate nunca o abandonou.
Sua intuição em juntar o vermelho-tomate da rebeldia estudada com o verde-ervilha das notas graúdas de dólar já havia aparecido de novo com a infame Carta aos Brasileiros, da qual foi mentor e fiador.
Refresque-se a memória: a Carta surgiu como um compromisso público com os banqueiros e o grande capital apavorados com a vitória de Lula nas eleições que se aproximavam, em 2002. Era um atestado de rendição antecipada, que viria a aprisionar os governos seguintes dentro dos limites aceitáveis ao establishment.
É verdade que, mesmo assim, o Brasil conheceu nas épocas de Lula e mesmo de Dilma governos que jamais fizeram tanto pelo povo. Mas a capitulação cobrou a fatura no impeachment de 2016.
Neste intervalo, Palocci exibiu toda sua desenvoltura entre os tubarões da riqueza. Era o interlocutor preferido do pessoal de dinheiro gordo. Nenhum banqueiro ou grande empresário saia de semblante baixo de seu gabinete.
Destino diferente tiveram gente como o humilde caseiro Francenildo Costa. Testemunha de bacanais que Palocci promovia para agradar a si mesmo e a escória circulante em Brasília, Francenildo foi alvejado com a quebra do seu sigilo bancário. Uma vez provada a razão do caseiro, Palocci perdeu o posto, mas não a majestade e, principalmente, a gratidão eterna dos espoliadores da riqueza nacional.
Foi com base nisso que Palocci continuou recheando o próprio bolso. Seu patrimônio não parou de crescer fora do governo sob a fachada de uma empresa de consultoria. A falta de explicações sobre tamanho enriquecimento custou-lhe o cargo de chefe da Casa Civil de Dilma.
Mas Palocci nunca esteve nem aí. A esse respeito, é interessante procurar algum discurso público ou manifestação sinceramente enfática do personagem no poder em defesa dos interesses brasileiros ou do povo. Será tempo perdido.
Palocci sempre preferiu ambientes refrigerados, a sombra dos bastidores e a luz estroboscópica de festanças libidinosas – ante-sala de cofres muito bem provisionados.
Para quem conhece tudo isso, o depoimento de Palocci não traz nenhuma surpresa. A mentira e as negociatas sempre foram sua especialidade. Se Joesley larápio diz que é professor no ramo da roubalheira, Palocci se mostrou catedrático na matéria. Seu único compromisso é com ele mesmo, com as verdinhas e com o beneplácito dos poderosos e da grande mídia.
Esta última, é claro, não está em nem um pouco interessada em ressaltar as contradições flagrantes entre os dois depoimentos de Palocci.
Nós estamos.
Vamos a algumas.
Primeiro, Palocci declarou que nunca ouvira falar no tal italiano que a Odebrecht afirmava ser ele nas planilhas da empresa. Agora, afirma na cara dura que é ele mesmo – só faltou dar o depoimento no idioma daquele país.
Conta também que Lula e Emilio Odebrecht combinavam em detalhes o pagamento de propinas. Mas o próprio Emílio negou peremptoriamente em seus depoimentos ter discutido com Lula valores de bandalheiras ou coisa parecida.
Palocci terminou seu depoimento inicial ameaçando incriminar gente graúda das finanças nacionais com nomes, endereços e o que mais fosse. Tudo desapareceu da oitiva de agora. Nesse meio-tempo, Palocci trocou de advogados, negociou sem parar com procuradores e, com certeza, recebeu acenos bastante polpudos daqueles que prometia denunciar.
A prova decisiva de que se trata de uma armação muito bem calculada, como tudo o que Palocci sempre fez, é justamente a falta de prova. Mais uma vez, o país está diante de palavras, apenas palavras.
Enquanto o país assiste estarrecido a malas de dinheiro sujo empanturrando um apartamento de um cardeal do golpismo; a um “ladrão geral da república” organizando de própria voz a compra do silêncio de criminosos e de juízes; a um assessor graduado saltitando pelas ruas de São Paulo com uma valise incriminadora; a um senador tucano rasgando o verbo literalmente em monstruosidades comprovadas; enquanto acontece tudo isso, a boca de Palocci vomita somente uma narrativa sem uma mísera prova material.
Talvez por vergonha –mesmo os canalhas sempre guardam alguma dentro de si--, Palocci deu o testemunho fantástico (a alusão ao programa não é casual) de costas para o advogado de Lula.
Sua fala escorreu com a frieza dos traidores contumazes, tal qual um Joaquim Silvério dos Reis dos tempos atuais.
A semelhança acaba aí. Também nesse caso, a história se repete como farsa.
O traidor dos inconfidentes entregou fatos reais que mostraram o caminho para enforcar Tiradentes.
Palocci enredou-se numa trama de mentiras para salvar seu próprio pescoço.
Aceitou o jogo sujo das delações orquestradas a um preço que em breve virá a público.
Eis a verdade que nenhuma Globo vai contar.
Joaquim Xavier
Enviado do Outlook
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