sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Para sua reflexão: (II).

Operei um câncer em 2010. Sei que já estou no 

lucro e bem 

vivo até hoje.


Às vezes, pessoas que não me encontram há

 muito 

tempo, perguntam se estou bem. Aí me toco, e 

vejo que estão se referindo ao meu câncer, que às 

vezes até esqueço que tenho.

Percebo o medo que as pessoas têm de até 

mencionar o nome dessa doença.

Sempre digo que estou bem e estou mesmo.

 Devo a isso, primeiro, não ficar pensando

na doença e, segundo, o fato de ser espírita e 

budista, o que me leva a aceitar, sem revolta, esse

desafio em minha vida. Tinha que passar por isso.

Lendo a carta a seguir, vejo que sigo muito das 

constatações apresentadas pela jovem que passou

para

o outro plano com apenas 27 anos. Isto me ajudou 

e tem me ajudado muito a conviver com a doença.

Pelas estatísticas médicas, superar os primeiros 

cinco anos já foi uma vitória, mas ainda tenho 

mais

três anos para vencer, quando completarei dez 

anos de vitória sobre o câncer e 80 anos de vida. 

Olhando para trás, me surpreendo que já se 

passaram quase sete anos da minha operação.

Passando esse período, é maior a possibilidade de 

morrer de morte morrida e não do câncer.

Se olharmos em volta e não só para o nosso 

próprio umbigo, vamos perceber que muita gente 

vive situações pior que a nossa, aceitando sua 

situação com coragem e esperança, que para nós 

parece impossível. 

Espero que esta postagem ajude muitas pessoas a 

refletirem sobre a maneira como encaram a vida e 

como podem fazer para melhorar sua visão de 

mundo.

Vamos a bela carta:





Holly Butcher - foto: Divulgação/Facebook
Holly Butcher

Você já pensou qual legado irá deixar para as pessoas nessa vida? Todos nós temos objetivos e metas, que no futuro não serviram apenas para nossas conquistas, mas também como uma herança para o mundo. Durante sua luta contra o câncer, a australiana Holly Butcher, 27 anos, escreveu uma carta de adeus que, também, serve como verdadeira uma lição de vida.
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Na quinta-feira (4), os familiares anunciaram através de um post no Facebook o falecimento da jovem australiana. Na mesma postagem, eles também publicaram a carta deixada por ela com os seus conselhos de vida.
No início da carta, Holly começa falando um pouco sobre o processo de aceitação da morte:"É uma coisa estranha perceber e aceitar a sua morte aos 26 anos de idade. Isso é apenas algumas dessas coisas que você ignora. Os dias vão passando e você apenas espera que eles continuem vindo. Até que o inesperado aconteça. Eu sempre me imaginei envelhecendo e ficando com rugas ? muito provavelmente causadas por minha linda família (cheia de crianças). Eu planejava construir isso com o amor da minha vida".
"Esta é uma coisa da vida; é frágil, preciosa e imprevisível. E cada dia é um presente, não um direito dado. Eu tenho 27 anos agora. Não quero ir. Eu amo a minha vida. Estou feliz.. Devo isso aos meus entes queridos. Mas o controle está fora das minhas mãos", revelou.
Em seguida, a australiana decidiu dar alguns conselhos. "Só quero que as pessoas parem de se preocupar tanto com as coisas pequenas e as tensões insignificantes na vida e tentem lembrar-se que todos nós temos o mesmo destino depois disso tudo. Então, faça o que puder para que seu tempo seja incrível, sem besteiras. Nesses momentos que você estiver lamentando por coisas ridículas, apenas pense que alguém está realmente enfrentando um problema. Seja grato pelo seu pequeno problema. Não faz mal reconhecer que algo é irritante, mas tente não continuar a carregar isso e afetar negativamente o dia de outras pessoas", comentou.
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Além disso, Holly aconselhou as pessoas a olharem para os pequenos detalhes do dia a dia: "Veja como o céu é azul e como as árvores são verdes; é tão lindo. Pense como você é sortudo por poder fazer isso: respirar. É tudo tão insignificante quando se olha para a vida como um todo. Estou vendo meu corpo desaparecendo diante dos meus olhos e não há nada que eu possa fazer. E tudo o que desejo agora é que eu pudesse ter mais um aniversário ou natal com a minha família, ou apenas mais um dia com o meu parceiro e o meu cão".
Outra questão levantada por Holly foi sobre solidariedade e desapego com os bens materiais. "Dê, dê, dê. É verdade que você ganha mais felicidade fazendo coisas para outros do que para si mesmo. Gostaria de ter feito mais isso. Compre algo para seu amigo em vez de outro vestido. Leve-os para uma refeição, ou melhor ainda, prepara-lhes uma refeição. Dê para eles uma planta, uma massagem ou uma vela e diga quanto os ama. Use seu dinheiro em experiências. Ou ao menos não perca experiências porque gastou todo o dinheiro com coisas materiais", afirmou.
Holly terminou a carta aconselhando as pessoas a realizarem boas ações. "Comece doando sangue. Doações de sangue (mais bolsas que eu poderia contar) me ajudaram a me manter viva por mais um ano. Um ano que eu serei eternamente grata, que eu passei aqui na terra com minha família, amigos e cachorro. Um ano em que eu tive alguns dos melhores momentos da minha vida", completou.

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