quinta-feira, 22 de março de 2018

POLÍTICA - As viúvas do anti-petismo.

Já  escrevi várias vezes que no dia que o Lula sair da cena política, preso ou morto, vários jornalistas, que há anos seguem o "samba de uma nota só", vão ficar desempregados.

São aqueles que têm como pauta, só o combate ao PT e o Lula. 

Atuam de maneira xucra e raivosa, sendo lídimos representantes da direita radical, que só sabe xingar, agredir, disseminar o ódio e repetir chavões, como "Vai prá Cuba", petralha, e outros.

Alguns se destacam, como o Diogo Mainardi. Este caluniou tanta gente aqui no nosso pais, que fugiu para a Itália para não ser preso. Temos também o Merdal Pereira, porta-voz dos Marinhos,  a Eliane Catanhede, a Joyce, que foi demitida da Veja e agora da Jovem Pan, o Augusto Nunes, que dado seu partidarismo e agressividade na TV Cultura, parece que vai ser afastado desse programa a pedido dos ouvintes.

Poderia falar também do Reinaldo Azevedo, o tio Rei, criador do termo petralha. 

Porém, este desde que saiu daquele esgoto chamado Veja e foi para a Band, foi a acometido de um surto de justiça e lucidez, que ganhou meu apoio incondicional assim como de muitos petistas.

Ele sempre diz que continua não gostando do PT e nem da esquerda, mas que não pode fingir  que  não está  vendo como o Dr.Moro inventou um "novo direito" ao arrepio da nossa Constituição.

Porém, tem o outro lado da moeda: a medida que foi denunciando as arbitrariedades da lava jato e outras manipulações da direita, caiu em desgraça junto aos seus antigos leitores da Veja, que passaram a atacá-lo ferozmente, transformando-o em um novo petralha.

 Quem diria!

A dúvida que paira agora, é para quem as referidas viúvas vão dirigir seu ódio. Um ódio irracional, um ódio de classe.

Amigo meu que frequenta a missa dos domingos numa igreja perto da minha casa, relatou o seguinte episódio: o padre, um jesuíta de mais de 80 anos, começou no sermão, a nomear várias pessoas públicas que ao longo da história, pensaram mais na coletividade do que em si próprio.

Mencionou Ghandi, Mandela, Luther King, entre outros. Porém, quando citou o nome da Marielle, que acabou de ser executada, dois senhores, no fundo da igreja, começaram a chamar o padre de F.D.P. interrompendo o sermão. 

Certamente não sabem que o Papa ligou para a família da Marielle e falou com a mãe e com a filha dela.

 Pô, que Papa comunista!

Muitos aqui no Brasil pensam assim.

Os dois senhores, certamente "pessoas de bem", de "reputação ilibada", que não comemoram a morte de pessoas que pensam diferente, que não sonegam impostos, que não falam em metralhar favela e, que tratam bem seus empregados, são exemplos do ódio que a mídia golpista e anti-petista disseminou no país.

Essa mídia passou a ideia de que foi o PT que inventou a corrupção e pode vir a provar do próprio veneno.

Sobre essas viúvas que mencionei acima, vou publicar trecho de  um artigo do Gustavo Conde, postado no blog do Luis Nassif.
Conde chama de "viúvas do ódio residual".

"Eu venho falando há algum tempo: Lula aplicou uma sinuca de bico nos seus perseguidores, uma sinuca que nem é só mérito dele: é uma sinuca conjuntural. Pensemos: se Lula estivesse amargando rejeição popular, talvez nem se quisesse mais sua prisão.
Mas Lula bomba na preferência do eleitor. Esse é um de seus crimes: ele fica mais forte à medida em que o atacam e perseguem. 
O pulo do gato desta situação esdrúxula é que a retirada de Lula da cena política via prisão é furiosamente fadada ao fracasso. A imprensa brasileira agoniza em falta de credibilidade. Lula preso arrastaria todo um processo de indignação que levaria a reboque imprensa, TV Globo e partidos políticos.
Creiam: Lula é um elemento de equilíbrio na cena política há 40 anos. Sua subtração pura e simples joga todo o sistema no caos.
Isso posto, teremos ainda as viúvas do ódio residual. O que irão fazer os retroalimentadores de ódio diante de uma cena política social sem Lula? Vão canalizar esse ódio para algum outro lugar. E calculem a força dessa energia acumulada - em muitos, há décadas.
E por isso que nem Lula nem este missivista teme a prisão. A prisão de Lula é perigosa para todo o país. É essa potencialidade que pressiona e assusta ministros do STF. É essa potencialidade que atende pelo nome de 'verdade' que, por sua vez, empurra nossos agentes a se contorcerem
O jogo não está terminado. Mais uma vez, repito: ele sequer começou." para não serem completamente consumidos pela história. É dessa potencialidade e de outras singularidades de bastidor que Pertence assombra um tribunal com sua mera presença.

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