“Exército topou lamber as botas do Capitão; a bomba Pazuello explodiu dentro do Puma”, dizem jornalistas nas redes

03/06/2021  Por REDAÇÃO URBS MAGNA
“Exército topou lamber as botas do Capitão; a bomba Pazuello explodiu dentro do Puma”, dizem jornalistas nas redes

Leia outros comentários após a indignação generalizada com a decisão do Exército em não punir o general Eduardo Pazuello por participação em ato político ao lado de Bolsonaro


O jornalista Igor Natusch, do Jornal do Comércio, postou: “Exército arregou. Não punirá Pazuello. Decidiu mesmo que topa lamber as botas do capitão. Que não reste dúvida, se é que um dia houve: os militares são o governo Bolsonaro. Estão irmanados com todo o horror e tragédia, são cúmplices e atores diretos da desgraça. Liberou geral. Deram salvo conduto para qualquer fardado subir no palanque. Desmoralizaram a própria autoridade diante da tropa, abriram caminho para o bundalelê dentro da caserna. A política entrou no quartel de vez. Que colham os frutos da covardia. E rastejem”.

Octavio Guedes, da Globo News, disse: “A bomba Pazuello explodiu dentro do Puma. Desta vez no colo do Alto Comando”.

Kennedy Alencar, do UOL: “No ano eleitoral de 2018, a imprensa normalizou os tuítes do então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, pressionando o STF a manter Lula na prisão. O golpismo foi visto como “alerta”. Chocaram o ovo da serpente. É preciso ir além do choro agora no caso de Pazuello”.

Breno Altman, do Ópera Mundi: “A absolvição do general Eduardo Pazuello, pelo comando do Exército revela o óbvio: o generalato se alinha a Bolsonaro e constitui a coluna vertebral do governo neofascista. O resto é conversa para boi dormir, à esquerda ou à direita, papo de gente desinformada ou ajoelhada”.

Fernando de Barros e Silva, da Revista Piauí : “O comando do Exército se dobrou à delinquência do presidente da República e decidiu não punir Pazuello. A esculhambação institucional do país escalou um degrau importante hoje. A lógica miliciana se infiltra nas Forças Armadas. O mesmo ocorre nas PMs. Está tudo escancarado”.

Tai Nalon, do Aos Fatos: “Atenção à decisão do Exército. Foi depois do depoimento de Pazuello na CPI que a ala extremista das redes conseguiu promover mais engajamento. Insulares, é verdade, mas os discursos estão progressivamente mais radicalizados e com objetivo claro: 2022“.

Thomas Traumann, da Veja: “O comandante do Exército, general Paulo Sergio, passou a mão na cabeça do general Pazuello pelo medo de perder a própria cabeça. Em março, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os comandantes das FFAA porque duvidava da lealdade ao seu projeto de poderO general Paulo Sergio sabia de antemão que qualquer ato seu contra Pazuello teria como consequência a sua demissão. Sabendo da pressão, dois ex-presidentes do Superior Tribunal Militar deram declarações pela punição. O comandante tomou a decisão sabendo das consequênciasAntes do Exército, Bolsonaro já havia feitos intervenções no comando da Procuradoria Geral da República, Polícia Federal, Receita Federal e ajudado a eleger um militante seu na presidência da Câmara. É notória a boa relação de Bolsonaro nas Polícias MilitaresSe Pazuello saiu de um comício sem ao menos uma reprimenda, quem vai segurar um general a mover suas tropas caso Bolsonaro não seja reeleito em 2022? Ninguém. E este risco deve ser levado em conta a partir de hoje”.

Guilherme Amado, do Metrópoles: “Pazuello sem punição. Exército liberou a anarquia. Os generais mais uma vez humilhados”.

Mônica Bergamo, da Folha: “Conclusão: os generais ficaram com medo de Bolsonaro”.

Natalia Viana, do Agência Pública: “Vamos lá. Bolsonaro emparedou o Exército. Se o comandante Paulo Sérgio punisse Pazuello, o presidente poderia anular a punição. Restaria ao comandante renunciarAssim, estaria aberto caminho para o general que Bolsonaro queria à frente da Força, o bolsonarista Marco Antônio Freire Gomes. O nome voltaria à mesa numa nova troca de comando. Bolsonaro fez tudo de caso pensado, óbvio. E com certeza não vai parar por aí. Virão mais humilhações ao comandante. Aguardem”.

Fabio Pannunzio: “Bolsonaro dobrou a bravura e a hierarquia no Exército Brasileiro. Transformou a Força num amontoado de Pazuellos. Os generais do alto-comando são todos Pazuello“.