quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Tréplica de Anita Prestes

 

Tréplica de Anita L. Prestes ao comentário de Breno Altman

A historiadora Anita Leocadia Prestes comenta a resposta de Breno Altman ao seu artigo sobre os "renovadores" do PCB.

 Por Anita Leocadia Prestes

Agradeço a Breno Altman a “Resposta…” a meu artigo sobre os chamados “renovadores”, publicado recentemente no Blog da Editora Boitempo. Ele deve ter razão quando destaca possível engano meu quanto à composição da Comissão de Reorganização do PCB/SP formada em 1976. Certamente Breno Altman vivenciou esse período, enquanto eu me encontrava no exílio e extraí essas informações de alguns textos referidos ao final do meu artigo.

Considero, contudo, inaceitável a defesa feita por Breno Altman de uma organização partidária supostamente “comunista” baseada numa unidade sem princípios e sem uma estratégia política definida.

Devo destacar que os livros O PCB em São Paulo: documentos (1974-1981) e Há o que fazer: a esquerda na Nova República, por mim referidos no artigo, de autoria de alguns dos participantes dessa Comissão de Reorganização, incluindo textos publicados à época por essa instância partidária, evidenciam a proximidade de suas posições políticas com as defendidas pelos eurocomunistas e pelos “renovadores”, seus seguidores nacionais.

Rio de Janeiro, 01/12/2021

***

Anita Leocadia Benario Prestes, nascida em 27 de novembro de 1936 na prisão de mulheres da rua Barminstrasse, em Berlim, na Alemanha Nazista, é uma historiadora brasileira, filha dos militantes comunistas Olga Benario Prestes e Luiz Carlos Prestes. É doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada de UFRJ e presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes. Autora da ambiciosa biografia política Luiz Carlos Prestes: um comunista brasileiro (Boitempo, 2015), do livro Olga Benario Prestes: uma comunista nos arquivos da Gestapo (Boitempo, 2017) e de Viver é tomar partido: memórias (Boitempo, 2019), em que narra sua extraordinária trajetória de vida, militância e pensamento. Assina também o artigo “Luiz Carlos Prestes e a luta pela democratização da vida nacional após a anistia de 1979” publicado no livro Ditadura: o que resta da transição? (Boitempo, 2014), organizado por Milton Pinheiro.

Nenhum comentário: