sexta-feira, 22 de abril de 2022

O canalha ficou "em cima do muro".

 

Moro fica em cima do muro após Bolsonaro perdoar crimes de Silveira

 Atualizado em 21 de abril de 2022 às 23:25
Moro fala sobre ato de Bolsonaro e confroto entre STF mas fica em cima do muro
Presidente Jair Bolsonaro e ex-ministro Sergio Moro
Foto: Reprodução

O ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil) reagiu à divulgação feita nesta quinta-feira (21) de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) assinou documento que concede graça ao deputado federal Daniel Silveira (PTB). O ex-ministro critica ato de Bolsonaro, porém afirma que STF abriu caminho para corrupção. A declaração foi feita através de perfil no Twitter.

Moro diz que o país pode perder com essa instabilidade e que a lei deve ser para todos, mas também faz criticas ao Supremo.

“O confronto entre o Presidente e o STF é preocupante. Quem perde é o país pela instabilidade. Mas não há como ignorar graves erros de parte a parte: seja em ameaças ao STF de um lado ou em julgados que abriram caminho para a impunidade da corrupção. A lei deve valer para todos”, escreveu.

Assinatura de decreto por Bolsonaro é inconstitucional segundo advogados

O ato de Bolsonaro tem ganhado grande repercussão entre apoiadores e opositores, sem contar com a possibilidade de novo pedido de impeachment, por conta de, segundo advogados, a assinatura do documento que perdoa os crimes cometidos pelo deputado Daniel Silveira (PTB) é inconstitucional.

Segundo Pedro Serrano, Bolsonaro agiu como uma espécie de fuhër. “Bolsonaro fundamenta sua decisão numa interpretação do que deve ser o direito à livre expressão. E nesse sentido ele está usando do indulto para querer se reivindicar o guardião da Constituição, aquele que tem a interpretação final da Constituição, mas é o Supremo que tem esse papel. Só houve um sistema na história moderna em que o Chefe do Executivo era o intérprete final da Constituição quando o führer era o guardião da Constituição. O que ele quer é ser o führer nesse sentido. Ter o poder de interpretar de forma final a Constituição”.

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